Doação de medula
óssea
A doação de medula óssea é um gesto que não causa riscos ao doador e que pode salvar vidas de pessoas que não possuem outra esperança.
Uma das formas de doação consiste na punção direta da
medula óssea
A doação de medula óssea ainda é uma ação pouco realizada
no nosso país, principalmente porque muitas pessoas acreditam que o processo
seja doloroso e coloque em risco a vida do doador. Entretanto, isso não é
verdade.
A medula óssea é a responsável pela produção dos elementos
figurados do sangue, sendo, portanto, essencial para a nossa sobrevivência.
Infelizmente, algumas vezes, ela sofre danos que impedem a produção adequada de
células sanguíneas, fazendo com que o paciente necessite de um transplante.
Dentre as principais indicações para a realização do
procedimento, destacam-se as leucemias, linfomas, aplasia medular, mieloma
múltiplo e anemia de Fanconi.
O procedimento para o transplante baseia-se na retirada de
algumas células da medula óssea de um doador e sua posterior injeção no doente.
Na maioria dos casos, o paciente doente encontra um doador no seu grupo
familiar, sendo geralmente um dos irmãos. Pais e mães não podem ser doadores,
pois o material genético do filho é composto por uma porção herdada do pai e
outra da mãe.
Há casos também em que o paciente não encontra doadores em
sua família, uma vez que a possibilidade de um irmão ser compatível é de 25% e
de outro parente é de 7% a 10%. Nesses casos, o paciente deve recorrer aos
registros de doadores voluntários, que possuem probabilidade também pequena,
porém não nula. Estima-se que a probabilidade é de uma em cem mil.
Para ser um doador, é importante que a pessoa procure o
hemocentro de sua região, preencha um cadastro e doe um pouco de sangue, em
torno de 5 a 10 ml, para que sejam realizados alguns testes importantes de
análise de compatibilidade. Feito isso, o resultado obtido nos exames é
inserido em um banco de dados chamado de REDOME
(Registro dos Doadores de Medula).
Quando os médicos não encontram doadores compatíveis na
família, eles acessam o REDOME a fim
de localizar alguém compatível. Achado um doador, a pessoa é contatada e é
feita uma bateria de exames para comprovar que aquela pessoa está clinicamente
bem e pode realizar o procedimento.
Se estiver tudo correto com o doador, ele poderá fazer a
doação, que é realizada de duas maneiras: coleta das células da medula óssea ou
filtração de células localizadas no sangue. A retirada da medula óssea
diretamente do osso é feita na região da bacia, sendo usadas uma seringa e
agulha especial. Todo o procedimento é feito com uso de anestesia e dura cerca
de 40 min.
Quando a metodologia aplicada é a filtração, o doador
recebe um medicamento que estimula as células-mãe a multiplicarem-se por cinco
dias. As células-mãe então saem da medula e migram para as veias, onde são
filtradas. O processo, que dura em média quatro horas, é feito por uma máquina
(aférese) semelhante àquela utilizada para a realização de diálise.
Os dois procedimentos não causam riscos ao paciente e
geram pouco desconforto. Sendo assim, não existem motivos para não ser um
doador. Quanto maior a quantidade de registros no REDOME, maiores as chances de
encontrar uma pessoa compatível.
Atenção: Para que você seja um doador de
medula, basta ter entre 18 e 55 anos. A doação não causa nenhum risco para o
doador e, em pouco tempo, a medula regenera-se.
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