XII - Aplicabilidade do método de ELISA no estudo do
envenenamento por animais peçonhentos
Métodos imunoenzimáticos para a detecção de veneno e
antiveneno estão sendo desenvolvidos para auxiliar o estudo do envenenamento
por animais peçonhentos. Estes testes, contudo, ainda não estão disponíveis
para uso de rotina, sendo atualmente empregados em estudos piloto.
A técnica utilizada com maior freqüência é a do ensaio
imunoenzimático de fase sólida (ELISA), em razão de sua sensibilidade,
reprodutibilidade, facilidade de execução e custo não muito elevado.
Os ELISAs têm sido atualmente empregados para:
1. Detecção de veneno
Esta técnica tem sido utilizada na detecção de veneno
em sangue, urina e outros fluidos corporais de pacientes recentemente picados.
Como principal método imunodiagnóstico, permite a caracterização do gênero do
animal envolvido no acidente, como nos casos de envenenamento botrópico e
laquético que apresentam quadros clínicos semelhantes.
Além disso, esta técnica pode ser ainda empregada na
quantificação e determinação da cinética do veneno circulante, possibilitando a
sua correlação com a gravidade do envenenamento.
Alguns destes testes estão em
fase de padronização e têm sido utilizados para o diagnóstico diferencial dos
acidentes por Bothrops atrox e Lachesis
muta na região Norte do país, e para a detecção de veneno em
pacientes picados por Tityus serrulatus e por Crotalus
durissus.
2. Detecção de soro heterólogo
A disponibilidade de ELISAs para a detecção de veneno e
de antiveneno (IgG de cavalo contra veneno botrópico, laquético, crotálico e
escorpiônico) tem possibilitado a avaliação da eficácia das doses de antiveneno
necessárias para neutralizar o veneno circulante em pacientes de diferentes
tipos de envenenamento com o objetivo de fornecer subsídio para racionalizar a
terapêutica com antivenenos específicos.
Fonte: FUNASA.
Bombeiroswaldo...
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