5.5 Testes de aprovação
5.5.1 Aspectos gerais
a) Um teste de fumaça não é satisfatório
para se determinar
o correto funcionamento de uma instalação de pressurização, visto
que não se pode garantir que todas as condições climáticas adversas possam estar
presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode, às
vezes, revelar trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por
defeitos na construção;
b) O teste de aprovação da
pressurização deve consistir de:
1) Medição do diferencial de pressão
entre a escada e os espaços não pressurizados adjacentes com todas as PCF
fechadas;
2) Medição da velocidade do ar que sai
de um conjunto representativo (de acordo com estipulado no cálculo) de PCF
abertas que, quando fechadas, separam o espaço pressurizado dos recintos
ocupados do edifício;
c) O teste deve ser feito quando o
edifício estiver concluído, com os sistemas de condicionamento de ar e de
pressurização balanceados e todo o sistema pronto e funcionando, com cada
componente operando satisfatoriamente e sendo controlado pelo sistema de
acionamento no seu modo correto de operação em emergência. As medições
efetuadas em campo devem seguir as recomendações da AMCA 203, pela literatura
Field Performance Measurement of Fan System;
d) Nos sistemas com dois estágios são
exigidas medições apenas com o segundo estágio operando (estágio de
emergência);
e) O sistema de detecção deve ser
submetido aos testes, de acordo com a IT nº 19 - Sistemas de detecção e alarme
de incêndio) e também considerando as interferências da pressurização, quando o
sistema for de dois estágios.
5.5.2 Medição dos diferenciais de pressão
a) A medição dos diferenciais de
pressão, entre os espaços pressurizados e os espaços não pressurizados adjacentes,
deve ser feita com o auxílio de um manômetro de líquido ajustável ou outro instrumento
sensível e adequadamente calibrado;
b) Um local conveniente para medir o
diferencial de pressão é por meio de uma PCF fechada. Pequenas sondas são
colocadas de cada lado da PCF, sendo que uma das sondas passa através de uma
fresta da PCF, ou por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são ligadas ao
manômetro por meio de tubos flexíveis. É importante que o tubo que passa
através da
fresta da PCF, efetivamente, atravesse-a e penetre suficientemente
no espaço, para que a extremidade livre fique em uma região de ar parado.
Sugere-se que essa sonda tenha uma dobra em L (de pelo menos 50 mm de comprimento), para
que depois da inserção através da fresta, a sonda possa ser girada em ângulo
reto em relação à fresta. Este processo introduz a extremidade livre em uma
região de ar parado;
c) É importante que a inserção da sonda
não modifique as características de escape da PCF, por exemplo, afastando a
superfície da PCF do rebaixo no batente. A posição da sonda de medição deve ser
escolhida de acordo com esses critérios.
5.5.3 Correção de divergências no nível de pressurização obtido
a) Se houver qualquer divergência
séria, entre os valores medidos e os níveis de pressurização especificados, os
motivos dessa divergência devem ser detectados e corrigidos. Há três razões
principais que explicam a não obtenção do nível de pressurização projetado:
1) vazão de ar insuficiente;
2) áreas de vazamento para fora do
espaço pressurizado, excessivas;
3) áreas de escape do ar para fora do
edifício, insuficientes;
b) Deve ser medida a vazão de ar dos
ventiladores e a vazão de ar através de todas as grelhas de insuflamento, a fim
de se detectar os níveis de escape e o suprimento total de ar que chega à
escada. Para a avaliação do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos
previstos no MANUAL SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da
Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association
(HVAC). Essas medições devem ser efetuadas com as PCF da escada fechadas;
c) Caso a vazão de ar que entra na
escada esteja de acordo com a prevista em projeto, devem ser verificadas as
frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial à folga na sua parte
inferior. Se qualquer PCF tiver folgas inaceitavelmente grandes, estas devem ser
reduzidas. Devem ser localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais não
previstas, que devem ser vedadas;
d) Caso a vazão de ar não atinja o
nível previsto, o escape de ar a partir dos espaços não pressurizados deve ser
examinado para se ter certeza que está em conformidade com o projeto e as
necessidades desta IT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os
valores recomendados. Como alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada
de ar até o nível desejado de pressurização a ser atingido, mesmo diante de
escapes adicionais ou de condições insuficientes. O nível de pressurização
medido não deve ser menor que 90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.
5.5.4 Medição da velocidade média do ar através de uma PCF aberta
a) Essa medida deve ser tomada com um
anemômetro de fio quente ou outro instrumento com resolução e exatidão
adequados e devidamente calibrado;
b) A velocidade média através da PCF
aberta deve ser obtida por meio da média aritmética de pelo menos doze medições
em pontos uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias condições
estáveis de vento e com o edifício vazio;
c) O número de PCF abertas durante a
realização das medições deve seguir o estabelecido no Anexo B desta IT.
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