BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO
É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente.
Durante o serviço o bombeiro está exposto à riscos de contato com sangue ou secreção contaminada, de inalação de partículas de risco biológico e de exposição à doenças transmitidas por contato.
Durante o serviço, o risco biológico maior é o de contato com sangue do paciente durante imobilização e o transporte, já nos hospitais, o risco maior é o de contrair doenças por inalação ou por contato.
EXPOSIÇÃO COM SANGUE
A exposição ao sangue durante um atendimento pode ocorrer de três formas:
1. Ocorre por perfuração de pele intacta (agulhas ou outros objetos cortantes);
2. Contato com mucosas (boca, olhos);
3. Contato com pele não intacta (dermatite, lesão traumática não cicatrizada).
São fontes de infecção além do sangue:
- Secreções vaginais;
- Sêmen;
- Líquor;
- Líquido sinovial e pericárdico;
- Líquido pleural e ascítico;
- Líquido aminiótico.
CONDUTAS PARA PREVENÇÃO
1º Lavar as mãos antes e após cada atendimento;
2º Usar luvas descartáveis;
3º Usar máscara facial;
4º Usar óculos de proteção;
5º Usar joelheira;
6º Usar capacete;
7º Vacinar-se contra hepatite B e tétano;
8º Manter o cartão de vacinas em dia;
9º Manter a manga da farda desdobrada;
10º Ter cuidado ao manipular objetos metálicos (agulhas e macas);
11º Uma vez que a seringa com agulha escape das mãos, nunca tentar pega-las no ar, somente quando repousar ao chão, resgate-a com cuidado.
CONDUTA EM CASO DE ACIDENTE COM MATERIAL
BIOLÓGICO
Tratar o local de exposição
1º Pele:
Lavar com água e sabão.
2º Mucosa boca:
Lavar com água ou soro fisiológico.
3º Mucosa do olho:
Lavar com soro fisiológico.
4º Não espremer o local ou usar desinfetantes como o álcool ou o hipoclorito. Não se provou benéfico, podendo ser teoricamente prejudicial.
Como Relatar e Documentar (Relatório em Livro de Ocorrência)
1º Informar ao Superior o ocorrido;
2º Confeccionar Relatório em Livro ou Formulário (2 vias) com:
Local, data e hora;
Onde e como foi o ocorrido;
Providenciar duas testemunhas no local;
Anotar o local do corpo lesionado e seu estado;
Descrever qual tipo de material que causou a acidente;
Qual foi o grau de exposição;
Hora do acionamento e da chegada do apoio externo (190-192-193);
Placa da VTR, Nome e patentes da guarnição do apoio externo;
Horário de saída da VTR, providências que foram tomadas;
Qual Unidade Hospitalar o paciente foi encaminhado para o atendimento emergencial e Telefone.
Encerra relatório com assinatura e ciência do superior Local;
Assinatura do Bombeiro.
EXPOSIÇÃO POR INALAÇÃO DE PARTÍCULAS OU POR
CONTATO
A exposição a doenças infecciosas desta natureza ocorre comumente durante transporte de doentes entre hospitais. Habitualmente se há médico regulador ele na regulação da ocorrência define o grau de risco e as condutas que serão tomadas referente aos EPIs para prevenção.
Para doenças com risco de transmissão por contato utilizar as luvas de procedimento e descartá-las logo após o contato com paciente para não contaminar outras superfícies. Em caso de doenças de transmissão pelo ar e contato (por exemplo, herpes zoster em HIV positivo) utilizar a máscara N95, proceder à renovação do ar no local.
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