Muitas outras medidas foram adotadas pelo
governo norte-americano contra Cuba depois de oficialmente decretado o
bloqueio, entre as quais se destacam:
• Em março de 1962, estabeleceu-se a
proibição da entrada nos EUA de qualquer produto elaborado total ou
parcialmente com produtos de origem cubana, mesmo que fabricado em um terceiro
país.
• Em julho de 1963 foi aprovado o
regulamento para o controle dos ativos cubanos que proibia todas as transações
relacionadas com Cuba, afetando as operações monetárias e congelando todos os
valores que fossem possuídos por um cidadão de nacionalidade cubana ou pelo estado
cubano nos EUA; ficava proibida também a viagem de cidadãos americanos a Cuba.
• Em maio de 1964 o Departamento de
Comércio dos Estados Unidos implantou oficialmente a restrição total de
embarques de alimentos e medicinas com destino a Cuba, apesar de, na prática,
já tinham deixado de serem feitas anteriormente.
• Nas regulamentações Federais dos
Estados Unidos, é estabelecida uma série de disposições sobre o bloqueio a Cuba
com o objetivo de dar aplicabilidade extraterritorial às leis desse país, o que
evidencia que as ações do governo norte-americano contra Cuba não se restringem
a um contexto bilateral, nem se trata de uma política exageradamente
injustificada de embargo, como insistem em denominá-lo, mas sim de bloqueio, em
aberta violação da soberania de outros países, como se pode comprovar nas
seguintes restrições que são expostas a seguir:
Os Estados
Unidos proíbem as empresas de outros países de exportarem para Cuba produtos
com componentes ou materiais dos Estados Unidos;
Os Estados
Unidos proíbem os cidadãos de outros países de re-exportarem para Cuba
mercadorias originárias dos Estados Unidos;
Fica
proibida a re-exportação de dados técnicos, na forma tangível ou intangível
para o desenho, a produção ou manufatura;
Os Estados
Unidos declaram estender o “embargo” a entidades estabelecidas em outros países
e sob as leis dos mesmos, no caso da entidade ser de propriedade ou controlada por
pessoas ou corporações dos Estados Unidos, mesmo que os interesses dos Estados
Unidos seja superior a 50%;
Os Estados
Unidos proíbem que Bancos de outros países de manterem contas em dólares para Cuba
ou cidadãos cubanos e as empresas de outros países de usarem a moeda dos
Estados Unidos em seus negócios com contas em Cuba;
O embargo
proíbe a importação, por um terceiro país, de mercadorias com partes ou
componentes de origem cubana. O anterior é aplicável a produtos de origem cubana,
mesmo que já não seja fornecido por Cuba ou fora do tempo de propriedade do
produto pelo nacional do terceiro país;
Os Estados
Unidos mantêm uma lista negra de centenas de empresas de outros países denominadas “cidadãos
especialmente designados” de Cuba, com as quais estão proibidas de realizarem
qualquer transação comercial ou financeira as empresas dos Estados Unidos ou
seus cidadãos;
Por lei
dos Estados Unidos aos representantes do governo em instituições
financeiras internacionais, fica-lhes ordenado opor-se à outorga de créditos ou
concessão financeira à Cuba.
Na guerra econômica contra Cuba, os
Estados Unidos aplicam também a “lei contra o comércio com o inimigo”, em
virtude da qual, e violando os direitos constitucionais de seus cidadãos, o
norte-americano que viajar para Cuba sem uma licença especial do Departamento
de Estado pode ser penalizado com uma multa de 250 mil dólares ou com 10 anos
de prisão, ou a sofrer ambas penalidades.
Em 1992 o governo e o congresso
norte-americanos aprovam a Lei Toricelli.
Em 1996 o presidente dos Estados Unidos
firma a Lei Helms Burton.
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