2.4 - HIDROCARBONETOS HALOGENADOS - Os
hidrocarbonetos halogenados são compostos resultantes de reações químicas de substituição
entre hidrocarbonetos altamente inflamáveis, preferencialmente o metano (CH4)
ou o etano (C2H6), e os elementos químicos da família dos Halogênios, como
geralmente: o cloro (Cl), o bromo (Br), o flúor (F) e o iodo (I). Apresenta
como resultado uma nova família química denominada de Hidrocarbonetos
Halogenados, mais conhecida como halon, abreviatura da denominação inglesa de
“Halogenated Hydrocarbon”, a qual possui excelentes qualidades extintoras de
incêndios. Porém nem todo halon é agente extintor, existindo a necessidade de investigação
da capacidade extintora do halon criado. Pelo que foi exposto acima, percebe-se
que, para chegar a um halon ideal como agente extintor, é necessário saber
equilibrar e distinguir as propriedades de cada elemento da família dos halogênios.
É importante salientar que os compostos que apresentam iodo não são utilizados
em virtude de suas características tóxicas e de instabilidade. Os halons,
devido às características de suas ligações moleculares covalentes, não possuem tendência
a se ionizar ou a tornar-se eletricamente condutivos, portanto, são
recomendados para uso em incêndios elétricos, visto sua baixa condutividade
elétrica.
2.4.1 – Nomenclatura - É representada
por um número composto normalmente por quatro dígitos. Cada dígito representa
um elemento da fórmula química do halon. Os halons com três dígitos, são os que
não possuem em sua composição química o elemento bromo e os com cinco dígitos
são os que possuem em sua composição química o elemento iodo. Segue abaixo duas
tabelas, onde a primeira mostra a representação do número de halons, e a segunda
exemplos de nomes químicos com suas respectivas fórmulas e números.
2.4.2- Mecanismo de Extinção do Fogo - O mecanismo
pelo qual o halon extingui o fogo não é completamente conhecido, contudo, acredita-se
que se trata de uma inibição físico-química da reação de combustão, ou seja,
atribuí-se as qualidades de um agente “quebra cadeia”, pois atua interrompendo
a reação em cadeia do processo de combustão (extinção química).
2.4.3- Risco às Pessoas - No ambiente em
que for usado na forma de uma descarga para extinção de incêndio, o halon, como
regra geral, pode criar um risco às pessoas presentes, devido ao próprio gás e
aos produtos de sua decomposição, resultantes de seu contato com o fogo e
superfícies aquecidas. A exposição ao gás é, geralmente, de menor consequência
que a exposição aos produtos de sua decomposição, devendo ambos serem
evitados.Como regra geral, as pessoas não devem permanecer nos locais em que
houver descarga de halon em concentrações acima de 7%, e nos locais em que a
concentração for abaixo de 7% não devem permanecer por mais de quatro a cinco
minutos. Dentro dos primeiros trintas segundos de exposição, mesmo que as
concentrações inaladas sejam de 10 a 15%, os efeitos notados são pequenos,
embora, a estes níveis e neste tempo, o corpo humano já pode absorver
suficiente quantidade de gás para iniciar o ataque e produzir vertigens,
diminuição na coordenação motora e redução da acuidade mental. Em altas
concentrações o ataque é imediato e os sintomas podem ocorrer dentro de alguns
segundos. O indivíduo pode ser rapidamente incapacitado por estes altos níveis
de concentração, os quais não devem superar a 15% nos locais onde houver
qualquer possibilidade de exposição. Os efeitos conseqüentes de uma exposição
ao halon podem persistir por algum tempo, mas a recuperação deverá ser rápida e
completa. Este agente não se acumula no corpo humano mesmo com repetidas
exposições. As vítimas dos vapores do gás devem ser imediatamente removidas
para locais de ar fresco.
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