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24 novembro 2018
19 novembro 2018
17 novembro 2018
Comissões - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
COLETÂNEA
DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
MANUAL
DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
COMISSÃO
Comandante
do Corpo de Bombeiros
Cel
PM Antonio dos Santos Antonio
Subcomandante
do Corpo de Bombeiros
Cel
PM Manoel Antônio da Silva Araújo
Chefe
do Departamento de Operações
Ten
Cel PM Marcos Monteiro de Farias
Ten
Cel Res PM Silvio Bento da Silva
Ten
Cel PM Marcos Monteiro de Farias
Maj
PM Omar Lima Leal
Cap
PM José Luiz Ferreira Borges
1º
Ten PM Marco Antonio Basso
Comissão
de elaboração do Manual
Maj
PM Adilson José Gutierrez
Cap
PM Antonio Valdir Gonçalves Filho
1º
Ten PM Miguel Ângelo de Campos
1º
Ten PM Eduardo Rangel Marcondes
1º
Ten PM Alan Muniz de Andrade
2º
Ten PM Roberto dos Anjos Queiroz
1º
Sgt PM João Carlos Sandin Poli
3º
Sgt PM José Arnaldo Lemes de Souza
Cb
PM Ghoren Vedovelli
Sd
PM Allan Batista
Comissão
de Revisão de Português
1º
Ten PM Fauzi Salim Katibe
1°
Sgt PM Nelson Nascimento Filho
2º
Sgt PM Davi Cândido Borja e Silva
Cb
PM Fábio Roberto Bueno
Cb
PM Carlos Alberto Oliveira
Sd
PM Vitanei Jesus dos Santos
Prefácio - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
PREFÁCIO
No
início do século XXI, adentrando por um novo milênio, o Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado de São Paulo vem confirmar sua vocação de bem servir,
por meio da busca incessante do conhecimento e das técnicas mais modernas e
atualizadas empregadas nos serviços de bombeiros nos vários países do mundo.
As
atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma diversificada
gama de variáveis, tanto no que diz respeito à natureza singular de cada uma
das ocorrências que desafiam diariamente a habilidade e competência dos nossos
profissionais, como relativamente aos avanços dos equipamentos e materiais
especializados empregados nos atendimentos.
Nosso
Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a preocupação
com um dos elementos básicos e fundamentais para a existência dos serviços,
qual seja: o homem preparado, instruído e treinado.
Objetivando
consolidar os conhecimentos técnicos de bombeiros, reunindo, dessa forma, um
espectro bastante amplo de informações que se encontravam esparsas, o Comando
do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operações, a tarefa de
gerenciar o desenvolvimento e a elaboração dos novos Manuais Técnicos de
Bombeiros.
Assim,
todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram pesquisados e
desenvolvidos. Mais de 400 Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros,
distribuídos e organizados em comissões, trabalharam na elaboração dos novos
Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuição dentro das
respectivas especialidades, o que resultou em 48 títulos, todos ricos em
informações e com excelente qualidade de sistematização das matérias abordadas.
Na
verdade, os Manuais Técnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na
continuação de outro exaustivo mister que foi a elaboração e compilação das
Normas do Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforço no
sentido de evitar a perpetuação da transmissão da cultura operacional apenas
pela forma verbal, registrando e consolidando esse conhecimento em compêndios
atualizados, de fácil acesso e consulta, de forma a permitir e facilitar a
padronização e aperfeiçoamento dos procedimentos.
O
Corpo de Bombeiros continua a escrever brilhantes linhas no livro de sua história.
Desta feita fica consignado mais uma vez o espírito de profissionalismo e
dedicação à causa pública, manifesto no valor dos que de forma abnegada
desenvolveram e contribuíram para a concretização de mais essa realização de
nossa Organização.
Os
novos Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB são ferramentas importantíssimas que
vêm juntar-se ao acervo de cada um dos Policiais Militares que servem no Corpo
de Bombeiros.
Estudados
e aplicados aos treinamentos, poderão proporcionar inestimável ganho de qualidade
nos serviços prestados à população, permitindo o emprego das melhores técnicas,
com menor risco para vítimas e para os próprios Bombeiros, alcançando a excelência em todas as
atividades desenvolvidas e o cumprimento da nossa missão de proteção à vida, ao
meio ambiente e ao patrimônio.
Parabéns
ao Corpo de Bombeiros e a todos os seus integrantes pelos seus novos Manuais
Técnicos e, porque não dizer, à população de São Paulo, que poderá continuar
contando com seus Bombeiros cada vez mais especializados e preparados.
Coronel
PM ANTONIO DOS SANTOS ANTONIO
Comandante
do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
Introdução - Conceitos de Incêndio Florestal - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Introdução
Diante
da problemática dos inúmeros incêndios florestais no Estado de São Paulo,
registrados nos últimos anos, este manual tem por objetivo orientar as equipes
de combate a incêndio na ação efetiva de combate, estabelecer e propor medidas
preventivas para reduzir esse tipo de ocorrência, por meio das ações
operacionais e educativas.
Conceitos de Incêndio Florestal:
Para
os fins deste Manual, entende-se como Incêndio Florestal, toda destruição total
ou parcial da vegetação, em áreas florestais, ocasionada pelo fogo, sem o
controle do homem ou qualquer que seja sua origem.
A importância da Proteção Contra Incêndios Florestais - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
A importância da Proteção
Contra Incêndios Florestais é bastante clara ao relacionarmos os prejuízos causados por esses
incêndios, tais como:
1)
rebaixamento de lençol freático;
2)
redução da umidade do ar;
3)
redução da média pluviométrica;
4)
redução ou extinção de cursos d’água;
5)
aumento da temperatura média;
6)
aumento da erosão do solo;
7)
alterações da fauna, com extinção de algumas espécies e emigração de outras;
8)
diminuição da taxa de oxigênio na atmosfera;
9)
destruição de micro organismos do solo tornando-o estéril e impróprio para
qualquer cultivo;
10)
destruição de reservas madeireiras;
11)
eventuais perdas de moradias, instalações, plantações, etc;
12)
aumento na poluição ambiental;
13)
problemas na saúde pública;
14)
acidentes diversos.
Causas dos incêndios florestais - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Causas dos incêndios
florestais, podemos classificar as causas dos incêndios florestais, sobre dois
aspectos distintos:
1) Quanto a natureza da causa, o incêndio florestal pode ser de:
a)
natureza química - são os incêndios que têm origem em uma reação química
qualquer;
b)
natureza física - são os incêndios que têm origem por meio de um efeito físico
qualquer;
c)
natureza biológica - são os incêndios que têm origem em reações provocadas por
bactérias, fermentações, etc.
2) Quanto à natureza do agente, o incêndio florestal pode ser:
a) agente humano -
são os incêndios cuja origem foi provocada pelo ser humano, de forma dolosa ou acidentalmente.
Ex.: ponta de cigarro acesa;
b) agente natural -
são os incêndios cuja origem foi provocada pelos elementos da natureza, sem interferência
da vontade ou erro humano.
Tipos de vegetação - Campo / campo limpo - Campo sujo / campo cerrado - Cerrado - Cerradão - Floresta / natural / artificial - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Tipos de vegetação:
Existem vários tipos de
vegetação, bem como diferentes combinações entre si, conforme segue:
1) campo ou campo limpo - é
a forma ou apenas um andar de cobertura vegetal, onde raramente ocorrem formas
arbustivas ou arbóreas;
2) campo sujo ou campo
cerrado - é a formação de Campos Limpos, entremeados de arbustos
esparsos e raras formas arbóreas, onde a área de vegetação rasteira é sempre
dominante;
3) cerrado - é
constituído por dois níveis, o primeiro de vegetação rasteira e o segundo de
arbustos e formas arbóreas que raramente ultrapassam 06 (seis) metros de
altura;
4) cerradão - é
constituído por três níveis, sendo os dois primeiros iguais aos dois do Cerrado
e um terceiro formado de árvores que podem atingir de 18 a 20 metros de altura;
5) floresta - é
constituída por árvores de grande porte em uma área relativamente extensa e, dependendo
de sua origem, podemos ter:
a) floresta natural -
que surgiu em determinada área, sem interferência do homem;
b) floresta artificial -
que é aquela, plantada pelo homem, também conhecida como Reflorestamento, geralmente
constituída por poucas espécies vegetais.
Definição dos tipos de vegetação de acordo com sua origem - Floresta natural - Mata atlântica - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Definição dos tipos de
vegetação de acordo com sua origem
Floresta natural
Mata atlântica: formação vegetal com
grande riqueza de espécies, geralmente apresentando três extratos: superior,
com espécies arbóreas de altura entre 15 e 40 metros; intermediário, com alta
densidade de espécies, constituído por arbustos, arbóreos e árvores de pequeno porte,
entre três e dez metros e um terceiro, composto por grande variedade de ervas
rasteiras, cipós, trepadeiras, além de palmeiras e samambaias. A Mata Atlântica
abriga grande variedade de espécies da fauna brasileira, como: onça, sagüi de
tufo preto, paca, cotia, tucano de bico verde, caxinguelê, mono-Carvoeiro,
entre outras. Essa vegetação atualmente recobre principalmente o litoral e
Serra do Mar, estendendo-se para o interior do Estado, onde adquire
características típicas de clima mais seco com perda de folhas, floração e
frutificação em períodos bem determinados. Entre a formação vegetal da Mata
Atlântica encontra-se o pau-jacaré, bromélia, palmeira, guapuruvu e a imbaúba.
Campo - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Campo: unidade de vegetação caracterizada pela
predominância da cobertura graminóide e herbácea. Pode ser classificada em dois
subtipos: campos de altitude ou serranos encontrados na Serra da Mantiqueira
com sua vegetação assentada sobre solos rochosos e campos propriamente ditos,
também denominados campos limpos, caracterizados por grandes extensões planas
com árvores ou arbustos esparsos, condicionados às características climáticas
ou do solo.
Cerrado - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Cerrado:
formação vegetal constituída por dois extratos: superior, com arbustos e
árvores que raramente ultrapassam seis metros de altura, recobertos de espessas
cascas, com folhas coriáceas e apresentando caules tortuosos; e inferior, com
vegetação rasteira (herbácea arbustiva). Os cerrados abrigam grande variedade
de espécies da fauna brasileira, inclusive algumas ameaçadas de extinção, como:
lobo-guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, inhambu-carapé, entre outras.
Campo cerrado - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Campo cerrado:
vegetação campestre, com predomínio de gramíneas pequenas, árvores e arbustos
bastante esparsos entre si. Pode tratar-se de fase de transição entre campo e
demais tipos de vegetação ou às vezes resultante da degradação do cerrado. Esse
tipo de formação se ressente com a estação seca e acaba sendo alvo de incêndios
anuais, até mesmo, espontâneos.
Cerradão - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Cerradão:
formação vegetal constituída de três extratos: superior, com árvores esparsas,
de altura entre 6 e 12 metros; intermediário, com árvores e arbustos de troncos
e galhos retorcidos, e inferior, arbustiva. Formação florestal que ocorre no
Centro-Oeste do Estado, onde o relevo é plano, com solos de baixa fertilidade e
as estações climáticas bem definidas. São típicos do cerradão: lixeira, pequi,
pau-terra, pau-santo, copaíba, angico, capotão, faveiro e aroeira.
Campo de várzea - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Campo de várzea:
são constituídas de vegetação de porte baixo, estruturas bastante variáveis,
cuja característica é suportar inundações periódicas por estar situada nas
baixadas que margeiam os rios. Essas inundações provocadas pelas estações
chuvosas depositam grande quantidade de material orgânico nas margens dos rios,
aumentando a fertilidade de seus solos, que aliados à topografia plana, tornam
estas áreas muito procuradas pela agricultura intensiva. As várzeas menos
alteradas podem possuir vegetação arbórea, neste caso, podendo ser chamada de
Floresta de Várzea. A vegetação característica de campo de várzea é a taboa.
Mangue - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Mangue:
formação típica de litoral, sob ação direta das marés, em solos com limosidade
de regiões estuarinas. Constituí-se de único estrato de porte arbóreo e
diversidade muito restrita. Neste ambiente salobro desenvolvendo-se espécies
adaptadas a essas condições, ora denominada por gramíneo o que lhe confere uma
fisionomia herbácea; ora denominadas por espécies arbóreas. O mangue abriga
grande variedade de espécies da fauna brasileira, como tapicuru, guará,
crustáceos, sapos, insetos, garça, entre outros. O mangue devido ao acúmulo de
material orgânico, característica importante desse ambiente, garante alimento e
proteção para a reprodução de inúmeras espécies marinhas e terrestres.
Restinga - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Restinga:
vegetação que recebe influências marinhas, presentes ao longo do litoral
brasileiro, que depende mais da natureza do solo, do que do clima. Ocorre em
mosaico e encontra-se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões,
apresentando de acordo com o estágio de desenvolvimento, estratos herbáceos,
arbustivos e arbóreos, este último mais interiorizado.
Floresta artificial - Reflorestamento - Canavial - Pastagem - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Floresta artificial:
1) reflorestamento:
são vegetações plantadas, normalmente de forma homogênea quanto às espécies,
cultivada em maciços para suprimentos industriais, comerciais e para consumo
local, tai como: lenha (energia), madeira e outros usos. Normalmente apresentam
limites regulares e carreados definidos, sendo as espécies principais,
eucaliptos e pinus;
2) canavial:
plantação de cana-de-açúcar;
3) pastagem:
terreno em que há gramínea, capim ou erva (pasto) para alimento de eqüino,
bovino, caprino e/ou ovino.
Comportamento do fogo - Topografia - Clima - Combustível - Triângulo do incêndio florestal - Topografia - Clima - Combustível - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Comportamento do fogo:
Conceitualmente
corresponde ao conjunto de efeitos, principalmente de caráter físico-mecânico
que se observa no ambiente. É a situação do fogo de um Incêndio Florestal ou
queima controlada, ou seja, como se comporta o fogo no terreno que está sendo
afetado, sua forma de propagação, velocidade de avanço nas diferentes frentes,
o dinamismo da coluna convectiva e a quantidade de energia calórica que se
transfere ao ambiente.
O
comportamento do fogo depende das características da área respectiva,
representada pelos fatores: topografia, condições atmosféricas e tipos de
vegetação.
Há de se observar que para
acontecer um incêndio florestal, três fatores devem ocorrer simultaneamente, o
que pode ser chamado de triângulo do
incêndio florestal:
- Topografia;
- Clima;
- Combustível.
Observando-se os seguintes
aspectos:
• Topografia
o
Declividade - altitude
o
Forma do terreno
o
Tipo de terreno
• Clima (condições
atmosféricas)
o
Temperatura; horários críticos: das 12 às 16 h - Umidade relativa do ar:
crítica - abaixo de 20%
o
Pressão atmosférica; quanto menor, mais facilita a expansão dos gases.
o
Direção e velocidade do vento
• Combustível (vegetação)
o
Leve e pesado
o
Umidade interna da vegetação
o
Fase de pré-aquecimento; o calor elimina o vapor d’água e continua aquecendo o
combustível até a temperatura máxima imediatamente anterior ao ponto de ignição
(260 a 400ºc)
o
Fase da destilação ou combustão dos gases; 1250ºC
o
Fase da incandescência ou do consumo do carvão
Se for feita uma correta
avaliação desses fatores, é possível prognosticar o que pode suceder quando se
desenvolve um incêndio.
Fatores da propagação do incêndio florestal - Condições atmosféricas e climáticas - Vento - Umidade relativa do ar - Temperatura - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Fatores da propagação do
incêndio florestal:
Condições atmosféricas
As condições climáticas e
de tempo interferem diretamente na propagação do incêndio florestal, entre
vários fatores citamos:
1) vento -
quanto maior for a velocidade do vento, maior será a propagação do fogo, pois
além do vento trazer uma quantidade maior de oxigênio, ele leva o calor ao
combustível à frente, aquecendo-o e diminuindo a sua umidade, deixando-o
propício a queima, mesmo a certa distância, originando novos pontos de fogo;
2) umidade relativa do ar
–
essas variações podem ser notadas na diferença entre a propagação diurna e a
noturna, onde durante o dia, o ar seco retira umidade da vegetação, aumentando
a velocidade do incêndio e à noite, o ar úmido cede umidade, tornando a
propagação mais lenta;
3) temperatura - a
temperatura do ar influi diretamente na temperatura do combustível, e,
portanto, quanto mais alta for, mais fácil será a propagação do fogo. Esse
fator influi também no movimento de correntes de ar que facilitam a oxigenação
do fogo. A temperatura elevada causa também maior cansaço nos integrantes das
guarnições de combate ao fogo.
Topografia - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Topografia:
Tendo
em vista o fato de que o ar quente tende a subir, quando se tem um incêndio em
um aclive, o ar quente vai aquecendo os combustíveis que estão num plano mais
alto, fazendo com que seja aumentada sobremaneira à velocidade de propagação do
fogo.
É também importante saber que normalmente o vento sopra no aclive durante
o dia, e no declive durante a noite. Influem ainda na propagação, as condições
de topografia, no fato de que declives muito acentuados podem fazer com que
combustíveis inflamados possam rolar e propagar o fogo.
Probabilidade de incêndio - Fórmula de Angstron - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Probabilidade de incêndio:
Todos
os fatores que foram vistos influem na análise da probabilidade de Incêndio,
entretanto, dois deles são de vital importância para se determinar qual a
probabilidade do surgimento ou não do incêndio florestal, em um dado momento,
são eles:
- umidade;
- temperatura.
Muitas fórmulas já foram elaboradas para
se determinar a maior ou menor probabilidade de Incêndio em todos os cantos do
mundo, dentre as fórmulas existentes, uma que pode ser usada é a Fórmula de
Angstron, dada pela seguinte expressão:
B = 5 x H – 0,1 (T - 27ºC)
Onde:
H
= fator relativo à umidade relativa do ar (expressa como proporção).
Exemplos:
1) H = 40% = 40 = 4
2) H = 100% = 100 = 10
T
= é a temperatura no local em análise (por volta das 13 horas).
Quanto
maior for o valor de B, menor é a probabilidade de incêndio, quando esse valor
aproxima-se de 2,5 cresce o risco de incêndio, quando B for igual a 2,5 tem-se
probabilidade de Incêndio, e quanto menor for o valor de B, maior será essa
probabilidade.
Essas
condições que determinam o grau de probabilidade de Incêndio são de fundamental
importância na propagação do fogo, pois quanto maior a probabilidade de
incêndio, também mais propícias às condições para a propagação do fogo.
Classificação dos Incêndios Florestais quanto à proporção - Pequeno - Médio - Grande - MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Classificação dos
Incêndios Florestais:
A
classificação dos Incêndios Florestais pode ser feita sob vários aspectos e,
portanto, ter-se-á uma infinidade de classes dependendo de qual desses aspectos
seriam observados. Este manual cuidará desse ponto sob dois ângulos:
Classificação quanto à
proporção:
1) incêndio pequeno - é
um princípio de incêndio onde um único homem tem condições de extingui-lo;
2) incêndio médio – é
aquele onde necessitamos de uma guarnição de combate a incêndio florestal para
extingui-lo;
3) incêndio grande – é
aquele onde uma só guarnição não tem condições de extingui-lo, necessitando
para isso, de apoio de efetivo e de veículos, tratores, máquinas, podendo
inclusive utilizar aviões adaptados para esse fim.
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