D.
PEDRO II
(D.
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de
Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga)
1825 -
1891
Príncipe
imperial, foi em 1831 aclamado segundo imperador do Brasil. Nasceu em São
Cristóvão, em 2 de dezembro de 1825 e faleceu em Paris, em 5 de dezembro de
1891. Filho de D. Pedro I e D. Maria Leopoldina, foi herdeiro do trono do
Brasil desde o nascimento. Tinha cinco anos de idade quando da abdicação
paterna e não pôde desde logo assumir a chefia do Poder Moderador. Apesar de
tudo, sob a tutoria de José bonifácio de Andrada e Silva, foi imediatamente
aclamado imperador. Sua formação propriamente dita ficou a cargo, no início de
sua vida, de José Bonifácio. Falando para o Senado e Câmara Federal disse:
"Juro manter a religião católica apostólica romana, a integridade e a
indivisibilidade do Império, observar e fazer observar a Constituição política
da nação brasileira e mais leis do Império e prover ao bem geral do Brasil,
quanto em mim couber". Foi coroado em 1841 e dois anos depois casou-se com
D. Teresa Cristina, da qual teve quatro filhos: D. Afonso, Da. Isabel, Da.
Leopoldina e D. Pedro Afonso. Durante quase 50 anos de governo, manteve
absoluta integridade, colocando o interesse nacional acima das discussões
políticas. Sempre foi resoluto nas suas atitudes e, e, 1872, com a mesma
imparcialidade, seu traço característico, mandou prender e processar D. Vital e
D. Macedo Costa, nas Questões dos Bispos de Olinda e Pará. De 1864 a 1870, D. Pedro II defrontou-se com
dois problemas graves, a guerra contra o governo de Aguirre e aquela contra o
Paraguai, que durou cinco anos. Em 1871 a princesa Isabel assinava a Lei do
Ventre Livre e em 1885 o próprio Imperador concedeu liberdade aos escravos
sexagenários. Favoreceu em todo sentido a campanha da libertação dos escravos,
que terminou com a assinatura da Lei Áurea aos 13 de maio de 1888, pela Princesa
Isabel. Com a vinda do regime republicano, foi convidado a retirar-se do país,
o que de fato fez, declinando de pensão de 5.000 contos de réis que lhe
oferecia o Governo Provisório para radicar-se no estrangeiro. Morreu em Paris,
dois anos depois do falecimento de Da. Teresa Cristina. Brasil".