13 de Fevereiro: O Dia D de Combate ao Mosquito Aedes
aegypti
Já começou, hoje, pela manhã, o Dia D, isto é, o Dia de
Mobilização para Combate ao Aedes aegypti, em todo território nacional.
Campanha esta, já mais do que tardia, mas necessária e imprescindível diante do
número crescente de vítimas pelo Zica Vírus e sua correlação aos casos de bebês
microcefálicos e à síndrome de Guillain-Barré, bem como a outras doenças
transmitidas pelo referido mosquito, como a dengue, a febre Chicungunha e a
febre amarela.
O combate ao mosquito Aedes aegypti é um dever de toda a sociedade
e autoridades competentes da área de saúde, pois é um mosquito urbano,
doméstico, que pode ser reproduzido em qualquer lugar onde haja água parada. No
entanto, segundo o site do Dr. Drauzio Varella e outros, o mosquito já foi
encontrado também em áreas rurais, possivelmente, levados em recipientes
durante as fases de ovos e larvas.
O mosquito Aedes aegypti, macho, ocasionalmente, também
podem picar, mas este só se alimenta de néctar e das seivas de plantas.Apenas
as fêmeas infectivas transmitem as doenças para os seres humanos, pois são
espécies hematófagas, ou seja, se alimentam de sangue também. Elas apresentam
hábitos predominantemente diurnos, atacando mais pela manhã e ao entardecer,
preferencialmente, as pernas e os pés, pois os seus voos são baixos.
Segundo SILVA, MARIANO e SCOPEL (2007), a vida média do
mosquito Aedes aegypti em torno de 30 dias e as fêmeas - quando férteis -
chegam a depositar entre 150 a 200 ovos.
Em termos ambientais, os climas quentes e úmidos
(chuvosos) – sobretudo - tropical e equatorial têm uma importância geográfica
substancial, pois suas condições ambientais otimizam a sua reprodução e
proliferação. Estes também são encontrados em regiões de clima subtropical.
Embora, a presença do mosquito Aedes aegypti já tenha sido
verificada até a latitude 45°N (casos esporádicos), por ocasião de estação do
ano mais quente, pode-se afirmar que sua ocorrência se limita, geograficamente,
entre as latitudes 35°N e 35°S. Em outras palavras, em geral, o mosquito não
sobrevive no inverno e nem em regiões de condições climáticas mais rigorosas.
Além da latitude, a altitude é outro fator importante e
limitante a sua ocorrência. Estudos indicam que o mosquito Aedes aegypti é
encontrado, sobretudo, em altitudes abaixo de 1.000 metros. Todavia, já houve
registro de sua presença, na Índia (Ásia) e na Colômbia (América do Sul), a
2.200 metros acima do nível do mar.
Sendo assim, pode-se afirmar que o mosquito não se
desenvolve em baixas temperaturas e nem em altitudes elevadas. As regiões
tropicais e subtropicais são as que oferecem melhores condições para
o desenvolvimento completo do ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, o qual
perpassa por quatro fases, a saber: ovo,
larva, pupa e adulto.
Em razão do nível alarmante dos registros, sobretudo, de
Zica Vírus e da dengue no país, a campanha nacional visa orientar e inspecionar
casas, terrenos baldios e outros que possam apresentar locais criadouros do
mosquito. São estes os alvos principais dos 220 mil militares das Forças
Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha), 46 mil técnicos de combate às
endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde, aproximadamente, que, junto
com outros, estarão distribuídos nos 353 municípios a serem vistoriados neste
sábado.
De acordo com as mídias, estas cidades foram escolhidas -
pelo Ministério da Saúde – por apresentarem maior incidência de pessoas
infectadas pelo mosquito. E, sendo assim, o foco é combater o principal vetor
da Zica Vírus, da dengue e da febre Chicungunha à partir da eliminação dos seus
criadouros.
Estes criadouros podem ser encontrados em qualquer espaço,
em casa, no quintal, em terrenos baldios, espaços públicos (praças), clubes,
entre outros. Sendo assim, toda a atenção deve ser concentrada em recipientes
artificiais, que possam acumular água da chuva, como pneus, latas, garrafas,
caixa d’ água descoberta, piscinas sem uso, fundo de garrafa vidro utilizados
nos muros para segurança da casa, calhas, tampinha de garrafa de bebida,
pratinhos de vasos de plantas etc.
Consideram-se, ainda, como criadouros naturais para o
desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, as bromélias, os bambus e os buracos
existentes em árvores. As bromélias, por exemplo, só para citar algo
semelhante, no início da década de 40 (Século XX) foram totalmente dizimadas,
em áreas florestais do litoral catarinense (SC), devido a descoberta da
correlação da planta como criadouro natural dos mosquitos do subgênero
Kerteszia, causador da malária (ou impaludismo) na região.
A área limítrofe do chamado “Complexo bromélia-malária”,
no referido estado da região Sul do país, se estendia - no sentido norte-sul –
entre a divisa do estado com o Paraná e com o Rio Grande do Sul, compreendendo
a faixa entre as Serras Geral e do Mar até à costa oceânica (litoral).
Com a descoberta desta correlação, os métodos de combate,
até então empregados, passaram a focar a eliminação dos criadouros dos ovos e
larvas do mosquito, ou seja, a destruição das bromélias.
Quando eu estudei na Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), eu ouvi esta história e há publicações a respeito disso. Na
época, as pessoas citavam e muitas apresentavam opiniões diversas sobre a
radicalização do método de erradicação da doença. Alguns defendiam a prioridade
articulada à saúde humana em detrimento à conservação da espécie vegetal,
enquanto outros condenavam o extermínio das bromélias no contexto do equilíbrio
do ecossistema.
Não vou colocar em discussão, aqui e neste momento, estas
questões. Só alerto que o problema do mosquito Aedes aegypti é de todos e não
restrito às ações governamentais. Todos nós somos responsáveis pelos possíveis
criadouros artificiais e/ou naturais se forem constatados em nossas residências
ou lojas comerciais, assim como áreas públicas e outras cabem às autoridades a
fiscalização permanente.
RECEITA DE REPELENTE CASEIRO CONTRA O AEDES AEGYPTI
Este repelente já foi testado e aprovado por muitos. Ele é
feito com o cravo-da-índia, que tem a propriedade de afastar insetos.
Anote os ingredientes:
Meio litro de álcool,
1 pacote de cravo-da-índia (10 gramas)
1 vidro de óleo de bebê (100 ml).
O modo de preparo:
Deixe o cravo curtindo no álcool uns quatro dias agitando,
cedo e de tarde. Depois coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas,
camomila, erva-doce, aloe vera). Passe só uma gota nos braços e nas pernas e o
mosquito foge do cômodo.
Construa você mesmo
uma armadilha para o mosquito da dengue, veja como é simples
Prevenir a dengue deve ser uma obrigação de todos, pois,
varias cidades do Brasil estão com surto de dengue. Não deixar pneus,embalagens
e recipientes acumulando água é a maneira mais importante para evitar a
proliferação de mosquitos Aedes aegypti. Mas com uma simples garrafa pet de um
e meio a dois litros, é possível fazer uma armadilha que retira do ambiente as
futuras gerações de mosquitos, e hoje você vai aprender a fazer uma armadilha
para o mosquito da dengue. Construir uma armadilha para o mosquito da dengue é
muito simples, e você provavelmente tem quase todos os itens na sua casa,
Depois de pronta, ela vai atrair as fêmeas de mosquitos para depositarem seus
ovos naquela maternidade. Os ovos ficam fixados na borda interna da tampa da
armadilha,quando nascem as larvas, elas descem pelo bocal atrás de comida e não
conseguem mais sair.
Veja como montar uma
armadilha para o mosquito da dengue, itens necessários:
Uma garrafa PET;
Lixa de madeira do tipo 220;
Fita isolante;
Micro tule (você encontra em lojas de tecidos ou
armarinhos);
Tesoura;
Alpiste ou comida para gato.
Modo de fazer
1 – Use tesoura para cortar uma garrafa pet grande em duas
partes. Para ficar mais fácil, amasse a garrafa até obter uma dobra e, só
então, perfure o plástico e corte os dois pedaços. Guarde o anel do lacre da
tampinha.
2 – Com uma lixa, lixe toda a superfície interna da parte
superior da garrafa, aquela em forma de funil. Faça isso até o plástico ficar
fosco e áspero. Essa será a tampa da sua armadilha.
3 – Remova o anel do lacre da tampinha sem danificá-lo.
Corte um pedaço de microtule – tem que ser micro mesmo, para bloquear a
passagem das larvas – e use o anel para prendê-lo à boca do funil, empurrando
até pelo menos a segunda volta da rosca.
4 – Triture algumas sementes de alpiste ou uns 10 grãos de
ração para gatos, jogue no fundo da base da garrafa e coloque água. Os
micróbios que ficam em volta dessas iscas vão se multiplicar e servir de
alimento para as larvas.
5 – Posicione o funil, com a boca para baixo, dentro da
base da garrafa. Depois de encaixar as duas peças, use fita isolante para
fixá-las. Certifique-se de que a estrutura foi realmente vedada.
6 – Aumente o nível de água, procurando o ponto médio
entre o topo da armadilha e a boca da garrafa. Marque essa altura com um pedaço
de fita. Você terá que completar conforme o líquido for evaporando.
Como funciona a
armadilha para o mosquito da dengue
7 – A mãe aegypti depositará seus ovos na parede da
garrafa, logo acima da linha da água. Depois de uma semana, complete o líquido
até o nível marcado – a partir de agora, você deve observar diariamente e
acrescentar água quando necessário.
8 – Em contato com a água, os ovos eclodirão. E as larvas,
famintas, vão nadar até o fundo da garrafa, através do microtule. Depois de
comer, crescer e atingir o estágio adulto, os insetos não conseguem mais passar
pela rede e morrem afogados. Termina, assim, uma geração de mosquitos.
Você sabia ?
Que só as fêmeas do Aedes aegypti picam as pessoas; e que
elas têm capacidade para voar até 200 metros na sombra, e produzir uma média de
300 ovos durante sua vida?
Que os ovos de Aedes aegypti, depois de secos, podem
continuar viáveis por até dois anos numa superfície seca, esperando a presença
de água para eclodir?
Que existe um componente genético na dengue hemorrágica.
Ou seja, há pessoas que, mesmo sendo contaminadas pelos mosquitos nunca
apresentam os sintomas da dengue – mesmo sendo picada pelo aedes aegypti -
enquanto tem outras que, se contaminadas, vão expressar a virose de forma
branda, intermediária ou grave, podendo até manifestar a forma hemorrágica?
Que as estatísticas indicam que 57% de todos os casos de
dengue hemorrágica registrados no mundo acontecem em crianças com oito anos.
Vamos divulgar e
ajudar a combater esse mosquito!!!
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