29 abril 2014
Blog do Bombeiroswaldo obteve neste dia 28-04-2014, 1.425 visualização. - Obrigado pelos créditos - Estou trabalhando novas postagens, mas houve atrasos devido troca de equipamentos, suprimentos e troca de emprego. Mas estou me adequando e em breve as postagens voltarão à bombar. Abraços à todos meus seguidores e visitantes - Prevenção sempre!!! - Oswaldo dos Santos Pinto Filho - Osvaldo - Bombeiro Civil - Em Janeiro de 2.015 faço 20 anos exercendo a Profissão e vou dar início à construção de um Centro de Treinamento e Formação. Aguardem-me... Muito, mas muito FELIZ com a perseguição... Bombeiroswaldo.
Instalações Prediais de Água Fria - Alimentador predial - Aparelho sanitário - Barrilete - Coluna de distribuição - Diâmetro nominal (DN) - Dispositivo de prevenção ao refluxo - Duto ou Shaft - Instalação elevatória - Metal sanitário - Nível de transbordamento - Peça de utilização - Plástico sanitário - Ponto de utilização (da água) - Ramal - Ramal predial - Rede predial de distribuição - Refluxo da água - Registro de fechamento - Registro de utilização - Retrossifonagem - Separação atmosférica - Sub-ramal - Tubulação de extravação - Tubulação de limpeza - Sistema de abastecimento - Isométrico geral de um sistema elevatório de um edifício (figura 1.1) - Sistema de distribuição Direto, Indireto, Misto e Hidropneumático - Consumo de água nos prédios (equação e tabela) - Ramal Predial (Tabelas e equações de vazão) - Ramal externo e ramal interno com seus componentes - Reservatórios - Preservação da potabilidade - Definições de forma e dimensões - Aviso, extravasão e limpeza - Detalhes dos reservatórios (corte superior, Detalhes, Planta baixa inferior, Corte inferior, Esquema de ligação das bombas - Detalhes de instalações das tubulações em caixas d´água pré-moldadas - Extravasor de um reservatório - Dimensionamento da instalação elevatória e tubulação de recalque - Tubulação de sucção - Extravasores - Potência da moto-bomba (equação do rendimento) - Barrilete ou colar de distribuição (Manifold) - Sistema simplificado - Sistema ramificado - Dimensionamento da tubulação - Critério do consumo máximo: possível / provável - Peso relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da peça de utilização (tabela) - Cálculo por equação e ábaco - Cálculos de perda de carga nas conexões e tubos - Verificação da pressão e limites estabelecidos por norma - Altura recomendada para saídas dos pontos de água nos pontos de utilização - Proteção contra refluxo de água - Materiais e recomendações gerais para evitar danos, como corrosão, degradação, fadiga e impacto dentre outros
Instalações
Prediais de Água Fria
As instalações prediais de água
fria devem ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício que as
contém, atendam aos seguintes requisitos:
a) Preservar a potabilidade da
água;
b) Garantir o fornecimento de água
de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades
compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização
e demais componentes;
c) Promover economia de água e de
energia;
d) Possibilitar manutenção fácil e
econômica;
e) Evitar níveis de ruído inadequados
à ocupação do ambiente;
f) Proporcionar conforto aos
usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil
operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais exigências do usuário.
Terminologia (NBR 5626/1998)
Alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de
abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico.
Aparelho sanitário: Componente destinado ao uso da
água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes
pertence à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-se nessa definição
aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, e, também,
lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc.
Barrilete: Tubulação que se origina no
reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição, quando o tipo de
abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado
como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à
fonte de abastecimento particular.
Coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e
destinada a alimentar ramais.
Diâmetro nominal (DN): Número que serve para designar o
diâmetro de uma tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas
específicas de cada produto.
Dispositivo de prevenção ao
refluxo: Componente,
ou disposição construtiva, destinado a impedir o refluxo de água em uma
instalação predial de água fria, ou desta para a fonte de abastecimento.
Duto ou Shaft: Espaço fechado projetado para
acomodar tubulações de água e componentes em geral, construídos de tal forma
que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como
em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas, sem
ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo.
Instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a
pressão da água em uma instalação predial de água fria, quando a pressão
disponível na fonte de abastecimento for insuficiente, para abastecimento do
tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de
abastecimento do tipo indireto. Inclui também o caso onde um equipamento é
usado para elevar a pressão em pontos de utilização localizados.
Metal sanitário: Expressão usualmente empregada
para designar peças de utilização e outros componentes utilizados em banheiros,
cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero, fabricados em liga de
cobre. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, misturadores, válvulas
de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira.
Nível de transbordamento: Nível do plano horizontal que
passa pela borda do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente. No
caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é aquele do plano
horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
Peça de utilização: Componente na posição a jusante do
sub-ramal que, através de sua operação (abrir e fechar), permite a utilização
da água e, em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão.
Plástico sanitário: Expressão usualmente empregada
para designar peças de utilização e outros componentes utilizados em banheiros,
cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero, fabricados em material
plástico. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, válvulas de descarga,
chuveiros e duchas.
Ponto de utilização (da água): Extremidade a jusante do sub-ramal
a partir de onde a água fria passa a ser considerada água servida. Qualquer
parte da instalação predial de água fria, a montante desta extremidade, deve
preservar as características da água para o uso a que se destina.
Ramal: Tubulação derivada da coluna de
distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
Ramal predial: Tubulação compreendida entre a
rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador
predial ou de rede predial de distribuição. O ponto onde termina o ramal
predial deve ser definido pela concessionária.
Rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações constituído
de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns
destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.
Refluxo de água: Escoamento de água ou outros
líquidos e substâncias, proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de
abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água
desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos
de refluxo como, por exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de
vasos comunicantes.
Registro de fechamento: Componente instalado na tubulação
e destinado a interromper a passagem da água. Deve ser usado totalmente fechado
ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se registros de gaveta ou registros
de esfera. Em ambos os casos, o registro deve apresentar seção de passagem da
água com área igual à da seção interna da tubulação onde está instalado.
Registro de utilização: Componente instalado na tubulação
e destinado a controlar a vazão da água utilizada. Geralmente empregam-se
registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
Retrossifonagem: Refluxo de água usada, proveniente
de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o
interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.
Separação atmosférica: Separação física (cujo meio é
preenchido por ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível
de transbordamento do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente
associado ao ponto de utilização.
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao
ponto de utilização.
Tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o
eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de
transbordamento.
Tubulação de limpeza: Tubulação destinada ao
esvaziamento do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção.
Sistemas
de abastecimento
O abastecimento das instalações
prediais de água fria deve ser proveniente da rede pública de água da
concessionária.
Quando for prevista utilização de
água proveniente de poços, o órgão público responsável pelo gerenciamento dos
recursos hídricos deve ser consultado previamente (o referido órgão na
maioria das vezes não é a concessionária).
Segundo o tipo de necessidade do
uso doméstico da água e respeitados os requisitos relativos à segurança
sanitária, o abastecimento pode ser feito com água potável ou não potável.
A instalação predial de água fria
abastecida com água não potável deve ser totalmente independente daquela
destinada ao uso da água potável, ou seja, deve-se evitar a conexão cruzada.
A água não potável pode ser
utilizada para limpeza de bacias sanitárias e mictórios, para combate a incêndios
e para outros usos onde o requisito de potabilidade não se faça necessário.
A água potável proveniente da rede
pública ou outra fonte de abastecimento deve, no mínimo, atender ao padrão de
potabilidade estabelecido na Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde. Além
de estabelecer características físicas, organolépticas, químicas,
bacteriológicas e radiológicas, a Portaria define também os procedimentos e as
frequências para verificação das características.
Sistemas
de distribuição
Direto
A água provém diretamente da fonte
de abastecimento, como exemplificado na Figura 1.2.
A distribuição direta normalmente
garante água de melhor qualidade devido à taxa de cloro residual existente na
água e devido à inexistência de reservatório no prédio. O principal
inconveniente da distribuição direta no Brasil é a irregularidade no
abastecimento público e a variação da pressão ao longo do dia provocando
problemas no funcionamento de aparelhos como os chuveiros. O uso de válvulas de
descarga não é compatível com este sistema de distribuição.
Indireto
A água provém de um ou mais
reservatórios existentes no edifício. Este sistema pode ocorrer com ou sem
bombeamento. Quando a pressão for suficiente, mas houver descontinuidade no
abastecimento, há necessidade de se prever um reservatório superior e a
alimentação do prédio será descendente (Figura 1.3). Quando a pressão for
insuficiente para levar água ao reservatório superior, devem-se ter dois
reservatórios: um inferior e outro superior. Do reservatório inferior a água é
lançada ao superior através do uso de bombas de recalque (moto-bomba). O
sistema de distribuição indireto com bombeamento é mais utilizado em grandes
edifícios onde são necessários grandes reservatórios de acumulação. Esse
sistema é mostrado na Figura 1.4.
Misto
O sistema de distribuição misto é
aquele no qual existe distribuição direta e indireta ao mesmo tempo, como se
pode perceber na Figura 1.5.
Hidropneumático
O sistema hidropneumático utiliza
um equipamento para pressurização da água a partir de um reservatório inferior,
abastecido pela rede pública (Figura 1.6). Sua adoção é imperiosa somente quando
há necessidade de pressão em determinado ponto da rede, que não pode ser obtida
pelo sistema convencional (pressão por gravidade). É o caso de pontos no último
pavimento, logo abaixo do reservatório, ou pressão específica para determinados
equipamentos industriais, ou ainda, quando não convém (técnica e
economicamente) construir um reservatório superior.
Esse sistema tem custo elevado,
exige manutenção e deve ser evitado. Observe que sistema fica inoperante em
caso de falta de energia elétrica, necessitando gerador alternativo, para não
haver falta de água.
Para definição do sistema de distribuição a ser adotado,
devem ser utilizadas as informações preliminares conforme:
a) Características do consumo
predial (volumes, vazões máximas e médias, características da água, etc.);
b) Características da oferta de
água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões, constância do
abastecimento, características da água, etc.);
c) Necessidades de reservação, inclusive
para combate a incêndio;
d) No caso de captação local de
água, as características da água, a posição do nível do lençol subterrâneo e a
previsão quanto ao risco de contaminação.
Consumo
de água nos prédios
O valor do consumo de água depende
naturalmente da destinação ou finalidade do prédio cuja necessidade de
abastecimento se está procurando determinar.
Ramal predial
Vazão
Têm-se duas hipóteses a
considerar:
a) Sistema de distribuição direto,
pelo critério do consumo máximo provável, item 1.9.2.
b) Sistema de distribuição
indireto, pelo consumo máximo diário.
Admite-se para o cálculo que o
abastecimento da rede seja contínuo e que a vazão que abastece o reservatório
seja suficiente para atender ao consumo diário no período de 24 horas, embora,
evidentemente, o consumo nos aparelhos varie bastante ao longo desse tempo.
Chamando de CD o consumo diário, em litros por dia, a descarga mínima em litros
por segundo QMÍN será:
Em ambos os casos o serviço de
águas deve ser consultado para a fixação do diâmetro do ramal predial.
Na prática, adota-se para o ramal
predial, uma velocidade de 0,6 a 1,0 m/s, de modo a resultar em um diâmetro que
possa garantir o abastecimento do reservatório mesmo nas horas de
maior consumo (Figura 1.22).
A Tabela 1.4 dá um indicativo do
diâmetro do ramal predial em função do número de economias servidas pelo
prédio.
Tabela
1.3 - Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização.
Ligação
do ramal predial (Figura 1.7)
Quando o assentamento do
distribuidor público se fizer após a construção do prédio, isto é, trata-se de
“rede nova”, a ligação pode ser feita com a colocação de um T na própria rede.
Se o distribuidor já estiver
pronto quando o prédio for construído, haverá várias soluções para a inserção
do ramal externo:
1ª) Fechar os registros do
distribuidor, isolando assim o trecho onde será executado o ramal, fazer um
furo no distribuidor, abrindo rosca em seguida. Atarraxar depois o chamado
registro de derivação (Figura 1.8). Este, se fechando, possibilita a reabertura
dos registros do distribuidor
enquanto se completa a ligação do
encanamento do ramal predial.
2ª) Com o encanamento distribuidor
em carga, pode-se usar uma máquina (Figura 1.8), que fura, abre rosca e adapta
o registro de derivação. É necessário que o encanamento distribuidor esteja em
bom estado para possibilitar o rosqueamento.
3ª) Com o encanamento em carga,
porém sem abrir rosca para inserir o registro de derivação. Utiliza-se, então,
o colar de tomada (Figura 1.9).
O hidrômetro pode ser instalado em
caixa própria no imóvel abastecido, em local de fácil acesso. Em geral, é
exigida uma certa disposição para os encanamentos, tendo em vista a instalação
do hidrômetro em posição
horizontal, acima da superfície do solo. Para essa instalação, denominada cavalete,
executa-se um abrigo com determinadas dimensões (Tabela 1.5) a uma distância do
alinhamento do imóvel que não ultrapasse 1,50 m.
Reservatórios
Preservação
da potabilidade
Os reservatórios destinados a
armazenar água potável devem preservar o padrão de potabilidade. Em especial
não devem transmitir gosto, cor, odor ou toxicidade à água nem promover ou
estimular o crescimento de microorganismos.
O reservatório deve ser um
recipiente estanque que possua tampa ou porta de acesso opaca, firmemente presa
na sua posição, com vedação que impeça a entrada de líquidos, poeiras, insetos
e outros animais no seu interior.
Em princípio um reservatório para
água potável não deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado total ou
parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação proveniente do solo, face
à permeabilidade das paredes do reservatório ou qualquer falha que implique a
perda da estanqueidade. Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser
atendida, o reservatório deve ser executado dentro de compartimento próprio,
que permita operações de inspeção e manutenção, devendo haver um afastamento,
mínimo, de 60 cm entre as faces externas do reservatório (laterais, fundo e
cobertura) e as faces internas do compartimento. O compartimento deve ser
dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que, neste caso, a
bomba hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema
elétrico que adverte em casos de falha no funcionamento na bomba.
Definição
de forma e dimensões
A capacidade dos reservatórios de
uma instalação predial de água fria deve ser estabelecida levando-se em
consideração o padrão de consumo de água no edifício e, onde for possível obter
informações, a freqüência e duração de interrupções do abastecimento.
Algumas vezes, a interrupção do
abastecimento é caracterizada pelo fato de a pressão na rede pública atingir
valores muito baixos em determinados horários do dia, não garantindo o abastecimento
dos reservatórios elevados ou dos pontos de utilização.
O volume de água reservado para
uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24h. de consumo normal no
edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio.
No caso de residência de pequeno
porte, recomenda-se que a reserva mínima seja de 500 L.
Para o volume máximo de
reservação, recomenda-se que sejam atendidos dois critérios: garantia de
potabilidade da água nos reservatórios no período de detenção médio em
utilização normal e, em segundo, atendimento à disposição legal ou regulamento
que estabeleça volume máximo de reservação. Na prática recomenda-se que não
ultrapasse a três vezes o consumo diário.
Nos casos em que houver
reservatórios inferior e superior, a divisão da capacidade de reservação total
deve ser feita de modo a atender às necessidades da instalação predial de água
fria quando em uso normal, às situações eventuais onde ocorra interrupção do
abastecimento de água da fonte de abastecimento e às situações normais de
manutenção. O estabelecimento do critério de divisão deve ser feito em conjunto
com a adoção de um sistema de recalque compatível e com a formulação de
procedimentos de operação e de manutenção da instalação predial de água fria.
Na prática recomenda-se a seguinte distribuição: 40% do total no reservatório
superior e 60% do total no reservatório inferior.
Os reservatórios de maior
capacidade (> 4000 L) devem ser divididos em dois ou mais compartimentos
para permitir operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição
de água. São excetuadas desta exigência as residências unifamiliares isoladas.
Aviso,
extravasão e limpeza
Em todos os reservatórios devem
ser instaladas tubulações que atendam às seguintes necessidades:
a) Aviso aos usuários de que a
torneira de bóia ou dispositivo de interrupção do abastecimento do reservatório,
apresenta falha, ocorrendo, como conseqüência, a elevação da superfície da água
acima do nível máximo previsto;
b) Extravasão do volume de água em
excesso do interior do reservatório, para impedir a ocorrência de
transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo
previsto, devido à falha na torneira de bóia ou no dispositivo de interrupção
do abastecimento;
c) Limpeza do reservatório, para
permitir o seu esvaziamento completo, sempre que necessário.
A superfície do fundo do
reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada da
tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de
detritos remanescentes. Na tubulação de limpeza, em posição de fácil acesso e
operação, deve haver um registro de fechamento. A descarga da água da tubulação
de limpeza deve se dar em local que não provoque transtornos às atividades dos
usuários.
Toda a tubulação de aviso deve
descarregar imediatamente após a água alcançar o nível de extravasão no
reservatório. A água deve ser descarregada em local facilmente observável. Em nenhum
caso a tubulação de aviso pode ter diâmetro interno menor que 19 mm.
Quando uma tubulação de extravasão
for usada no reservatório, seu diâmetro interno deve ser dimensionado de forma
a escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de pequena capacidade
(por exemplo: para casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.), recomenda-se
que o diâmetro da tubulação de extravasão seja maior que o da tubulação de alimentação.
Detalhes
dos reservatórios (Figura 1.11 a 1.17)
Dimensionamento
da Instalação Elevatória
Uma instalação elevatória consiste
no bombeamento de água de um reservatório inferior para um reservatório
superior ou para um reservatório hidropneumático. A NBR 5626/1998 recomenda
que, no caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de até 6
horas dependendo do tipo de edifício. As recomendações são de 4 horas de
funcionamento para prédios de escritórios, 5 horas para prédios de apartamentos
e 6 horas para hospitais e hotéis.
As instalações elevatórias devem
possuir no mínimo duas motos-bomba independentes para garantir o abastecimento
de água no caso de falha de uma das unidades.
a) Dimensionamento da tubulação de recalque
Para o dimensionamento da
tubulação de recalque, recomenda-se o uso da fórmula de Forschheimmer, representada
pela Equação 1.4.
b) Tubulação de sucção
A tubulação de sucção não é
dimensionada. Adota-se simplesmente o diâmetro comercialmente disponível,
imediatamente superior ao diâmetro de recalque.
c) Extravasores
Os extravasores, tanto do reservatório
superior quanto do inferior, não precisam ser dimensionados. Deve-se adotar um
diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro da alimentação dos
reservatórios.
d) Potência da moto-bomba
A potência da moto-bomba é
determinada através da Equação 1.5.
O rendimento da moto-bomba é dado
pela Equação 1.6.
As faixas de rendimento das
motos-bomba são indicadas na Tabela 1.6.
Barrilete
ou colar de distribuição (Manifold)
A ligação da extremidade superior
das colunas de distribuição, diretamente ao reservatório na cobertura,
ofereceria sérios inconvenientes, pois haveria casos em que o reservatório
teria dezenas dessas inserções, de estanqueidade problemática. O barrilete ou
colar de distribuição é a solução que se adota para se limitarem as ligações ao
reservatório.
Sistema
unificado
Do barrilete ligando as duas
seções do reservatório partem diretamente todas as ramificações, correspondendo
cada qual a uma coluna de distribuição. Colocam-se dois registros que permitem
isolar uma ou outra seção do reservatório. Cada ramificação para a coluna correspondente
tem seu próprio registro. Desse modo, o controle e a manobra de abastecimento, bem
como o isolamento das diversas colunas, são feitos num único local da cobertura
(Figura 1.16).
Sistema
ramificado
Do barrilete, tal como foi visto
acima, saem os ramais, os quais por sua vez dão origem a derivações secundárias
para as colunas de distribuição. Ainda nesse caso, na parte superior da coluna,
ou no ramal do barrilete próximo à descida da coluna, coloca-se um registro
(Figura 1.17).
Dimensionamento
da tubulação
Para se garantir a suficiência do
abastecimento de água, deve-se determinar a vazão em cada trecho da tubulação
corretamente. Isso pode ser feito através de dois critérios: o do consumo máximo
possível e o do consumo máximo provável.
Critério
do consumo máximo possível
Este critério se baseia na
hipótese que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam utilizados
simultaneamente, de modo que a descarga total no início do ramal será a soma
das
descargas em cada um dos
sub-ramais. O uso simultâneo ocorre em geral em instalações onde o regime de
uso determina essa ocorrência, como por exemplo, em fábricas, escolas,
quartéis, instalações esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso
simultâneo em determinados horários. Aplica-se a uma casa em cuja cobertura ou
forro exista apenas um ramal que desce alimentando as peças nos banheiros,
cozinha e área de serviço. É possível que, no caso, funcionem ao mesmo tempo a
descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha e o tanque de lavar roupa, por exemplo.
O dimensionamento é feito através
do Método das Seções Equivalentes, que consiste em expressar o diâmetro de cada
trecho da tubulação em função da vazão equivalente obtida com diâmetros de 15
mm (1/2 polegada). A Tabela 1.7 apresenta os diâmetros nominais mínimos dos sub-ramais
de alimentação para diferentes aparelhos sanitários e a Tabela 1.8 apresenta os
diâmetros equivalentes para aplicação deste critério.
Critério
do consumo máximo provável
Este critério se baseia na
hipótese de que o uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo ramal é pouco provável
e na probabilidade do uso simultâneo diminuir com o aumento do número de
aparelhos. Este critério conduz a diâmetros menores do que pelo critério
anterior.
Existem diferentes métodos que
poderiam ser utilizados para a determinação dos diâmetros das tubulações
através desse critério. O método recomendado pela NBR 5626/1998, e que atende
ao critério do consumo máximo provável, é o Método da Soma dos Pesos. Este
método, de fácil aplicação para o dimensionamento de ramais e colunas de
distribuição, é baseado na probabilidade de uso simultâneo dos aparelhos e
peças.
O método da soma dos pesos consiste nas seguintes etapas:
1. Verificar o peso relativo de cada aparelho sanitário conforme indicado
na Tabela 1.3.
2. Somar os pesos dos aparelhos alimentados em cada trecho de tubulação.
3. Calcular a vazão em cada trecho da tubulação através da Equação 1.2.
A vazão também pode ser obtida do ábaco mostrado na Figura 1.18.
4. Determinar o diâmetro de cada trecho da tubulação através do ábaco da Figura 1.18.
5. Verificar se a velocidade atende ao limite estabelecido por norma.
As tubulações devem ser
dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de
tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s; ou pela Equação 1.10.
6. Verificar a perda de carga.
A perda de carga deve ser
verificada nos tubos e também nas conexões:
a) Nos tubos
Para determinação da perda de
carga em tubos, a NBR 5626/1998 estabelece que podem ser utilizadas as
expressões de Fair-Whipple-Hsiao.
Tubos de aço-carbono,
galvanizado ou não, utiliza-se a Equação 1.11.
Tubos de plástico,
cobre ou liga de cobre, utiliza-se a Equação 1.12.
Observação: Tanto a velocidade quanto a perda
de carga podem ser determinadas através da utilização dos ábacos de
Fair-Whipple-Hsiao, mostrados nas Figuras 1.18 e 1.19.
b) Nas conexões
A perda de carga nas conexões que
ligam os tubos, formando as tubulações, deve ser expressa em termos de
comprimento equivalente desses tubos. A Tabela 1.9 apresenta esses comprimentos
equivalentes para diferentes conexões em função do diâmetro nominal de tubos rugosos
(tubos de aço-carbono, galvanizado ou não). A Tabela 1.10 apresenta esses
comprimentos equivalentes para diferentes conexões em função do diâmetro
nominal de tubos lisos (tubos de plástico, cobre ou liga de cobre).
A NBR 5626/1998 estabelece que
quando for impraticável prever os tipos e números de conexões a serem
utilizadas, um procedimento alternativo consiste em estimar uma porcentagem do comprimento
real da tubulação como o comprimento equivalente necessário para cobrir as
perdas de carga em todas as conexões. Essa porcentagem varia de 10% a 40% do
comprimento real, dependendo da complexidade de desenho da tubulação, sendo que
o valor utilizado depende da
experiência do projetista.
As Tabelas 1.11 e 1.12 apresentam
perdas de carga localizadas para conexões não apresentadas na NBR 5626/1998.
7. Verificar se a pressão se situa dentro dos limites estabelecidos por
norma.
Em condições dinâmicas (com
escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser estabelecida
de modo a garantir a vazão de projeto indicada na Tabela 1.3 e o bom funcionamento da peça de
utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a pressão não deve ser
inferior a 10 kPa (1,0 mca), com exceção do ponto da caixa de descarga onde a
pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa (0,5 mca), e
do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não
deve ser inferior a 15 kPa (1,5 mca).
Em qualquer ponto da rede predial
de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas (com escoamento) não
deve ser inferior a 5 kPa (0,5 mca).
Em condições estáticas (sem
escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede predial
de distribuição não deve ser superior a 400 kPa (40 mca).
A ocorrência de sobrepressões devidas
a transientes hidráulicos deve ser considerada no dimensionamento das
tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem o valor de
200 kPa (20,0 mca).
A Tabela 1.13 apresenta as alturas
recomendadas para as saídas dos pontos de água para os aparelhos comumente
utilizados.
Proteção
contra refluxo de água
Para preservar a potabilidade da
água, devem ser tomadas medidas de proteção contra o refluxo de água servida.
Adicionalmente, medidas de
proteção complementares devem ser tomadas quando a instalação predial de água
fria se destina a abastecer um conjunto de sub-instalações que se repetem na
direção vertical, como no caso de prédios de muitos pavimentos, ou na direção
horizontal, como no caso do conjunto de casas de um condomínio.
Essa proteção complementar se
destina a prevenir o refluxo das sub-instalações para a tubulação que as
interliga, tanto no caso de tipo de abastecimento direto como no caso de tipo
de abastecimento indireto.
Um dispositivo de prevenção ao
refluxo deve ser previsto em cada ponto de utilização ou de suprimento de água,
instalado no próprio ponto de utilização ou suprimento, ou em local o mais próximo
possível.
Para proteção da fonte de
abastecimento, um dispositivo de prevenção ao refluxo, do tipo conjunto
combinado de válvula de retenção e quebrador de vácuo, ou outro similar, deve
ser instalado junto a ela no caso de
tipo de abastecimento direto.
Se o abastecimento for feito a
partir de rede pública, a aceitação desta exigência, bem como o local de
instalação, ficam a critério da concessionária. Se houver reservatório na
instalação predial de água fria e o alimentador predial não alimentar nenhum
ponto de utilização intermediário entre a fonte de abastecimento e o ponto de suprimento,
então, a separação atmosférica no reservatório, conforme a Figura 1.23, pode
ser considerada como proteção da fonte de abastecimento.
No caso de tipo de abastecimento
indireto, em edifícios de diversos pavimentos alimentados através de colunas de
distribuição, que alimentam aparelhos desprovidos de separação atmosférica, deve
ser prevista uma proteção contra refluxo de água de um ramal para as referidas
colunas.
Recomenda-se a ventilação de
coluna de distribuição conforme a Figura 1.24. O diâmetro da tubulação de
ventilação deve ser definido pelo projetista, sendo recomendável a adoção de
diâmetro igual ao da coluna de distribuição. O ponto de junção da tubulação de
ventilação com a coluna de distribuição deve estar localizado a jusante do
registro de fechamento existente na própria coluna.
No caso de tipo de abastecimento
direto para um conjunto de edifícios separados e abastecidos individualmente, a
partir de tubulação que desempenhe função similar à de uma coluna de
distribuição, deve ser prevista uma proteção contra refluxo de água da
instalação predial de água fria de cada edifício para a referida tubulação.
Recomenda-se que um dispositivo de prevenção ao refluxo do tipo conjunto
combinado de válvula de retenção e quebrador de vácuo, ou outro similar, seja
instalado conforme a Figura 1.21.
Materiais
e recomendações gerais
As exigências e recomendações
sobre os materiais e componentes empregados nas instalações prediais de água
fria, baseiam-se em três premissas principais:
1ª) A potabilidade da água não
pode ser colocada em risco pelos materiais com os quais estará em contato
permanente.
2ª) O desempenho dos componentes
não deve ser afetado pelas conseqüências que as características particulares da
água imponham a eles, bem como pela ação do ambiente onde acham-se inseridos.
3ª) Os componentes devem ter
desempenho adequado face às solicitações a que são submetidos quando em uso.
A corrosão, envelhecimento e degradação são fenômenos que merecem
particular atenção, tendo em vista as conseqüências que acarretam nas
instalações prediais de água fria. Esses fenômenos são extremamente complexos,
devido à quantidade de fatores que influenciam para que eles ocorram. A
durabilidade dos materiais depende, fundamentalmente, da natureza do meio e das
condições a que ficam expostas as instalações, sendo, portanto, de difícil
previsão.
As formas mais comuns de proteger
os metais contra a corrosão são:
a) Modificar o meio (água) através
da correção do pH com produtos específicos. Neste caso, deve-se atentar para a
preservação da potabilidade da água em instalações prediais de água potável;
b) Utilizar catalisadores que
modificam as características da água, tornando-a estável;
c) Aplicar revestimentos
protetores.
Para garantir o bom desempenho das tubulações plásticas ao longo de
toda a sua vida útil, deve-se estar atento para:
- A radiação ultravioleta e o calor podem degradar algumas resinas
plásticas. É importante salientar que, para a fabricação dos tubos e conexões,
estas resinas plásticas são aditivadas com produtos que as protegem dessas
degradações. Recomenda-se, no entanto, que sejam protegidos da radiação
ultravioleta durante a estocagem;
- A degradação que alguns plásticos podem sofrer quando em contato com
produtos que contenham solventes orgânicos (por exemplo, a gasolina).
Destaca-se, no entanto, que há plásticos indicados para a condução destes
produtos, podendo-se citar, como exemplo, o polietileno, cada vez mais
utilizado para o transporte de combustíveis no interior de postos de serviços;
- O efeito da fadiga que alguns plásticos podem sofrer devido a
sobrepressões que possam ocorrer, como, por exemplo, em instalações de
recalque;
- O efeito do impacto ou outras solicitações mecânicas não previstas no
uso normal do produto.
Bombeiroswaldo...
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