06 maio 2020

CAPÍTULO XXII DISPOSITIVOS DE FREIO, SEGURANÇA E DESCENSORES - Nós bloqueadores mais utilizados - nó prusik, marchand e tautline -


Nós bloqueadores mais utilizados

Não há registros exatos do surgimento dos primeiros nós bloqueadores. Sabe-se que, em 1931, o Dr. Prusik publicou, em um jornal austríaco especializado em montanhismo, uma nova técnica de ascensão em cordas, utilizando duas outras cordas menores e de menor bitola como degraus, amarradas a corda principal por um nó bloqueador, o qual recebeu seu nome e se tornou o mais popular e mais utilizado até hoje por falta da aquisição dos materiais bloqueadores mais recentes empregados.

O Dr. Karl Prusik morreu em 1961, com 65 anos de idade, foi duas vezes presidente do “Austrian Moutaineering Club” e conquistou, em média, 70 novas rotas de montanhas, nas quais empregou, em suas escaladas, as novas técnicas conquistadas.

Existe uma grande quantidade de nós bloqueadores (blocantes), ou seja, nós que, quando confeccionados em volta de uma superfície cilíndrica, de preferência em outra corda, caracterizam-se por não escorregarem (deslizarem) quando puxados pela(s) sua(s) extremidade(s), porém, quando eles se encontram ligeiramente folgados, forçá-lo(s) pelas suas voltas, que estão em contato com a corda principal, deslizam com facilidade.



É evidente que a corda utilizada para a confecção do nó blocante tem de suportar, com tranqüilidade, o esforço exigido durante o trabalho. 

No caso de uma ascensão, podemos citar, como exemplo, o peso do escalador.

Essa corda empregada para as blocagens em geral, principalmente para ascensão, foi estipulada para ter bitola de ¼ polegada, ou seja, 6,4 mm, conforme informações publicadas pela Pigeon Mountain Industries (PMI), indústria de cordas sediada na cidade de LaFayete, Geórgia. 

Como a unidade de medida mais utilizada atualmente é o milímetro (mm), ocorreu um arredondamento da medida para 6 mm. Essas cordas chegam a suportar, em média, uma tração de 400 Kgf.

Os cordeletes com bitolas inferiores a 7 mm são chamados de  cordas auxiliares e popularmente de “cabinho”.

Para que a eficiência do nó blocante seja maior é necessário que a corda utilizada para a confecção do nó tenha, no máximo, 70% do diâmetro da corda em que se fará a ascensão ou tração.