06 maio 2020

CAPÍTULO XXI - CONJUNTO DE MATERIAIS DE USO INDIVIDUAL - Arnês (cadeirinha) de cintura - Vantagens - Inconvenientes - recomendações - cadeirinha com centro de gravidade baixo.- cadeirinha com o centro de gravidade alto.

Materiais de uso individual


Arnês (cadeirinha)

A principal missão do arnês (cadeirinha) é tentar distribuir corretamente no corpo do usuário o choque transmitido pela corda durante uma queda ou impacto. 

Uma finalidade secundária é auxiliar no transporte de materiais de forma ordenada, além da comodidade que ela oferece ao permanecer parado em uma ancoragem (ou reunião) durante uma atividade em altura.

Não existe uma cadeirinha que garanta em 100% a segurança de um usuário durante uma queda. Porém, a experiência acumulada ou acidentes sofridos nos permite descobrir as inconveniências de cada sistema que empregamos, e, com isso, buscamos a forma mais adequada dentro de cada processo de escalada ou em qualquer outra atividade em altura.

A cadeirinha mais popular é a que comporta um cinturão unido por duas perneiras, com desenhos, marcas e modelos variados, porém, basicamente, bem parecidos; é grande a utilização dessas cadeirinhas, mas existem limitações. 

São as mais completas consideradas incômodas para se escalar, mas possuem vantagens evidentes durante uma queda descontrolada, oferecendo equilíbrio em suspensão do escalador.

A forma de colocação e encordoamento de cada cadeirinha é definida pelo fabricante nas etiquetas de instruções obrigatórias, as quais devem ser respeitadas rigorosamente.

Quanto à duração e conservação, por ser um produto têxtil como as cordas, sua duração máxima aproximada de utilização será de cinco anos dependendo do seu desgaste.


Arnês (cadeirinha) de cintura

Vantagens:

- maior comodidade e liberdade de movimentos;

- boa posição de descida em terrenos verticais (quando a descida é devidamente controlada).


Inconvenientes:

- possibilidade de giros durante uma descida;

- retenção perigosa durante uma descida incontrolada;

- suspensão extremamente perigosa quando se está inconsciente;

- ponto de encordoamento muito baixo com relação ao centro de gravidade quando se escala com mochila;

- tende-se a cair de cabeça para baixo.


Recomendações:

- para escaladas bem equipadas em terrenos (vias) (quedas curtas) em planos verticais e inclinados, onde uma queda é possibilidade prevista e o escalador poderá controlar sua posição ao cair;

- não se deve empregar em crianças ou em pessoas obesas, já que não tem uma definição para esse tipo de usuário, que podem vazar da cadeirinha durante um impacto de queda.

Devemos levar em conta que no momento a UIAA não homologa nenhuma cadeira (arnês) de cintura por si só, uma vez que pela própria natureza dos testes é impossível sem o complemento básico que é o arnês de peito (peitoral). Conjunto suficientemente seguro e adequado para qualquer condição de utilização.