05 maio 2020

CAPÍTULO XXI - CONJUNTO DE MATERIAIS DE USO INDIVIDUAL - Mosquetões e fitas expressas - No caso de passar a corda de fora para dentro, existem dois perigos - a corda pode golpear o gatilho e soltar o mosquetão - o gatilho do mosquetão deve ficar do lado oposto ao sentido que se quer ir - evitar que a corda provoque vibrações e abra o mosquetão - atenção na segurança com uso de mais de um mosquetão


Mosquetões e fitas expressas



1 - Para facilitar a segurança e o deslizamento da corda nas ancoragens intermediárias, usam-se mosquetões unidos por fitas longas formando as “fitas expressas”. Os mosquetões destinados à passagem da corda podem ter gatilho curvo, o que facilita a passagem da corda, porém nunca os coloque em ancoragens principais.


2 - A corda sempre deverá passar de dentro para fora (junto da parede para fora dela).

No caso de passar a corda de fora para dentro, existem dois perigos:

- o movimento da corda, em um transcurso curto ou longo, pode fazer a fita girar e ocorrer a saída do mosquetão ou este da chapa;

- um desvio da corda, em uma queda, poderá golpear o gatilho e provocar a saída dela.


Veja as figuras abaixo:



3 – Nas travessias em diagonal, o gatilho do mosquetão deverá ficar do lado oposto à direção a seguir pelo escalador, se não for assim, existe igual risco de a corda se chocar contra o gatilho do mosquetão.




4 – A máxima resistência de um mosquetão se obtém quando sua trava (gatilho) está completamente cerrada. 

Na detenção de uma queda, o gatilho poderá se abrir total ou parcialmente, justamente no  momento máximo da carga por diversos fatores:

- choque violento do mosquetão contra uma rocha;

- que a própria rocha empurre a trava;

- que a corda, ao deslizar-se rapidamente, provoque vibrações e o abra.




São situações difíceis de prever, porém a utilização de fitas longas adequadas e com mosquetões de grande resistência nos oferecem uma melhor segurança. Diante de dúvidas, utilizar mosquetões com travas de segurança e duplicar os mosquetões que passa a corda ou trabalhar com fitas paralelas, principalmente nas seguranças críticas.