Considerações - pontos de segurança
Segurar e assegurar-se diante de uma eventual queda, é a razão pela
qual empregamos os materiais mais sofisticados dentro da atividade de escalada
(mosaicos, cobogós, chaminés ou rochas). Os materiais e equipamentos em
atividade nos dão uma possibilidade excepcional de segurança, porém, como vimos
anteriormente, a maneabilidade correta é fundamental para não incorrer em erros
que podem fazer falhar todo o sistema, tornando-o perigoso. Os pontos de segurança
são, portanto, manobras essenciais para controlar toda a cadeia dinâmica de
segurança e fazê-la operativa, uma vez executada e segura, será fácil de
manobrar.
Uma questão importante será levarmos em conta que para evitarmos erros no transcurso dos asseguramentos (pontos de segurança),
são os conhecimentos e a correta comunicação nas manobras e intenções por parte
dos membros de uma cordada.
Os sinais de comunicação empregados (gritos, silvos, sinais
visuais, tensões em cordas), devem ser predeterminados de antemão, para
evitar confusões, os quais são de suma importância em situações extremas
(vento, longa distância, escuridão, etc), em que a comunicação é difícil ou até
mesmo impossível. Nessas circunstâncias, o mais prático é estabelecer um
código, como, por exemplo, a base de puxões (tensões) dados na corda, três
puxões podem significar para o segundo, que o companheiro já está seguro
(assegurado) na reunião (ancoragem) seguinte; uma vez recuperada a corda que
sobrou, outros três puxões podem significar que o primeiro já está seguro
(auto-segurança), portanto, o segundo já poderá começar a escalar.
Evitar, sobretudo,
fazer uso de palavras longas e parecidas, tais como: “recupera” e “espera”.
Um bom entendimento, evita que algumas escalas
e paredes se convertam em uma “casa de lobos”, onde todos se desgastam sem
necessidade, para fazer-se entender pelo seu companheiro.