Anexo A
(informativo)
Desenho universal e seus princípios
O conceito de desenho universal
está definido conforme legislação vigente (ver [1] e [7] na Bibliografia) e
pelas normas técnicas. Este conceito propõe uma arquitetura e um design mais
centrados no ser humano e na sua diversidade. Estabelece critérios para que
edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendam a um maior número
de usuários, independentemente de suas características físicas, habilidades e
faixa etária, favorecendo a biodiversidade humana e proporcionando uma melhor
ergonomia para todos.
Para tanto, foram definidos sete princípios do Desenho
Universal, apresentados a seguir, que passaram a ser mundialmente adotados em
planejamentos e obras de acessibilidade:
1) uso equitativo: é a
característica do ambiente ou elemento espacial que faz com que ele possa ser
usado por diversas pessoas, independentemente de idade ou habilidade. Para ter
o uso equitativo deve-se: propiciar o mesmo significado de uso para todos;
eliminar uma possível segregação e estigmatização; promover o uso com
privacidade, segurança e conforto, sem deixar de ser um ambiente atraente ao
usuário;
2) uso flexível: é a
característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial atenda a uma
grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal, devem-se
oferecer diferentes maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e
canhotos, facilitar a precisão e destreza do usuário e possibilitar o uso de
pessoas com diferentes tempos de reação a estímulos;
3) uso simples e intuitivo: é a
característica do ambiente ou elemento espacial que possibilita que seu uso
seja de fácil compreensão, dispensando, para tal, experiência, conhecimento,
habilidades linguísticas ou grande nível de concentração por parte das pessoas;
4) informação de fácil percepção:
essa característica do ambiente ou elemento espacial faz com que seja
redundante e legível quanto a apresentações de informações vitais. Essas
informações devem se apresentar em diferentes modos (visuais, verbais, táteis),
fazendo com que a legibilidade da informação seja maximizada, sendo percebida
por pessoas com diferentes habilidades (cegos, surdos, analfabetos, entre
outros);
5) tolerância ao erro: é uma
característica que possibilita que se minimizem os riscos e consequências
adversas de ações acidentais ou não intencionais na utilização do ambiente ou
elemento espacial. Para tal, devem-se agrupar os elementos que apresentam
risco, isolando-os ou eliminando-os, empregar avisos de risco ou erro, fornecer
opções de minimizar as falhas e evitar ações inconscientes em tarefas que
requeiram vigilância;
6) baixo esforço físico: nesse
princípio, o ambiente ou elemento espacial deve oferecer condições de ser usado
de maneira eficiente e confortável, com o mínimo de fadiga muscular do usuário.
Para alcançar esse princípio deve-se: possibilitar que os usuários mantenham o
corpo em posição neutra, usar força de operação razoável, minimizar ações
repetidas e minimizar a sustentação do esforço físico;
7) dimensão e espaço para
aproximação e uso: essa característica diz que o ambiente ou elemento espacial
deve ter dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e
uso, independentemente de tamanho de corpo, postura e mobilidade do usuário.
Desta forma, deve-se: implantar sinalização em elementos importantes e tornar
confortavelmente alcançáveis todos os componentes para usuários sentados ou em
pé, acomodar variações de mãos e empunhadura e, por último, implantar espaços
adequados para uso de tecnologias assistivas ou assistentes pessoais.
Fonte:
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