NAVEGAÇÃO E ORIENTAÇÃO
EPI NECESSÁRIO: roupas leves e ao
mesmo tempo resistentes, do tipo “tac tell”, que secam rápido. Que tenham
reforço no joelho e cotovelo. Devemos ter também bolsos largos na calça e
gandola. Cinto do tipo NA com cantil, faca de caça, tipo facão. Calçado
impermeável, tipo meia-bota, com solado anti-derrapante. A cobertura deverá ser
de aba, de material que seca rápido. Deverá levar um apito e HT para
comunicações, bem como tralha para cozinhar. Bússola e GPS e cartas topográficas
também são EPI, pois, sem eles, o Bombeiro poderá ter sérios problemas.
BÚSSOLA
Bússola de Limbo Móvel e Bússola de Limbo Fixo
1 - Bússola
1 – limbo graduado;
2 – régua em polegadas;
3 – seta de navegação;
4 – indicador de azimute;
5 – mira;
6 – espelho pra visualização da graduação;
7 – seta de orientação;
8 – agulha imantada (vermelho aponta o norte magnético);
9 – régua em milímetros;
10 – indicador de contra-azimute.
2 - Bússola de Limbo Fixo
Capacidades e Limitações
Sofre variação em virtude da Declinação Magnética (dm).
É afetada também pela presença de ferro, magnetos, fios
condutores de eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como
o ferro) que podem tornar uma bússola imprecisa quando colocada próxima a eles.
Conseqüentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos devem
ser evitados quando se utiliza uma bússola.
As visadas, observação, das bússolas devem ser feitas na
posição horizontal. Esse procedimento deve ser observado para que as leituras
dos azimutes não sejam distorcidas.
Utilização
A bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos
horizontais e à orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem
ângulos) no qual a origem de suas medidas é determinada por uma agulha imantada
que indica um direção aproximadamente constante que é o Norte Magnético (NM).
FUNCIONAMENTO
Medida de um Azimute (AzM)
a) Segura-se a bússola com o espelho aberto e inclinado
cerca de 50º em relação à caixa, visa-se, a seguir, ao mesmo tempo, o objeto
desejado e o espelho;
b) A visada-objeto é feita observando-o pelo entalhe da
mira; (figura 3);
c) Antes de se determinar o Azimute, deve-se nivelar a
bússola. Para tal, através do espelho, faz-se com que a imagem do ponto central
fique sobre a linha de centro do espelho;
d) Sem mover a mão e olhando pelo espelho, gira-se a caixa
até que a seta da direção NS (não a agulha) fique sobre a agulha, coincidindo a
ponta vermelha com o N da seta; e (figura 4);
e) Pode-se, então, mover toda a bússola, porque o Azimute já
estará registrado, facilitando a sua leitura. (figura 5).
3 - Visada do objeto pelo entalhe da mira
4 - Nivelando a bússola
5 - Calculando o azimute
Medida de um contra-azimute
A bússola também permite determinar o contra-azimute
lendo-se, no limbo, o valor do ângulo que fica na extremidade oposta à linha de
visada. Na figura 5, o contra-azimute é 300º.
Marcha segundo um azimute
Suponha-se que se está num determinado lugar do terreno e
que se precisa alcançar um outro ponto afastado daquele cerca de 1 km. Sabe-se,
também, que esse segundo lugar se encontra no Azimute 60º. Basta, portanto que se
marche segundo o azimute de 60º já determinado. Para tanto, deve-se proceder da
seguinte maneira:
a) inserir no limbo graduado da bússola o azimute dado;
(figura 6);
b) sem mover a mão e olhando pelo espelho, girar o corpo até
que a agulha coincida com a seta da direção N-S;
c) através do entalhe da mira, observa-se um ponto do
terreno que seja notável para tê-lo como referência do lugar que se deseja
alcançar;
d) a direção a ser seguida é a desse ponto notável,
observado pelo entalhe da mira;
e) caso, ao olhar na direção do lugar a ser alcançado, não
for possível observá-lo diretamente, segue-se segundo a direção do azimute até
um ponto notável do terreno que será utilizado como referência inicial. Após
atingir este ponto, utilizando o mesmo azimute, tenta-se localizar o lugar
desejado. Não sendo possível, repete-se o processo até que se consiga
localizá-lo.
6 - Inserindo novo azimute
Quando se marcha, segundo um azimute, com a finalidade de
atingir determinado ponto específico, caso se tenha conhecimento da distância
que dele se está, deve-se utilizá-la como meio da passada individual,
geralmente aferida antecipadamente. A aferição consiste na verificação do número
médio de passos que cada indivíduo executa ao percorrer, em terreno variado,
uma distância pré-estabelecida, normalmente, 100 metros. Para marchar à noite,
segundo um azimute, é preciso estar em condições de visar pontos à frente, tal
como feito de dia. Entretanto, em face da visibilidade reduzida, isso se torna
mais difícil, impondo que os pontos visados sejam em maior número e mais próximos
uns dos outros.
Se a escuridão for tal que impeça as visadas sobre os pontos
de referência no terreno, deve-se empregar um companheiro à frente, à pouca
distância, e determinar que ele se desloque para a direita ou para esquerda,
até situar-se no azimute desejado. Essa operação deve ser repetida até que seja
possível identificar um ponto de referência no terreno.
À noite, geralmente, não é possível fazer a visada através
do entalhe da mira da bússola como se faz durante o dia, e nem é necessário.
Basta voltar a bússola para a direção a seguir, de modo que fiquem num mesmo
alinhamento o operador e as marcas luminosas existentes na bússola (uma na
agulha imantada e outra no indicador de azimute) e o ponto de destino. (figura 7)
7 - Alinhamento do ponto de destino com a bússola e o operador
Orientação da Carta
Saber como se orientar em uma operação de busca e salvamento
e usar com propriedade uma carta topográfica pode significar, em certas
circunstâncias, ser capaz de sair de situações difíceis, em que a direção certa
é fator preponderante para o sucesso.
Antes de utilizar uma carta, ela deve ser colocada em
posição tal que suas direções coincidam com as do terreno. Isto poderá ser
feito de duas maneiras, com auxílio da bússola ou por meio da utilização de
pontos notáveis no terreno.
A operação de ajustar a posição da carta ao terreno chama-se
Orientação da Carta, que pode ser feita pela comparação do terreno com a
carta, procurando-se estabelecer as semelhanças entre ambos. Isso é viável
quando existirem no terreno acidentes cujas representações figurem na carta.
Nesse caso, é necessário que o observador identifique primeiro, na carta, a sua
posição aproximada, para depois fazer uma observação em torno de si com essa, a
fim de colocar em um mesmo alinhamento o objeto visado e a sua correspondente
representação na carta.
A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola
(figura 8). Para tanto, desdobra-se a carta sobre um superfície plana,
coloca-se sobre ela a bússola com a declinação magnética já inserida, de
modo que um dos lados da caixa da bússola fique tangenciando a reta base
vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola e
conservando-se a bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da
agulha imantada coincida com a marcação do NV. Quando houver a coincidência, a
carta estará orientada.
8 - Orientação da carta pela bússola
Como trabalhar com a carta e a bússola
Determinação do
azimute dos elementos representados na carta
Anteriormente descrevemos como determinar o azimute de uma
direção no terreno com o auxílio da bússola. Agora veremos como achar o azimute
de uma direção sobre a carta.
9 - Uso da carta para aferir distâncias
A figura 9 é um trecho de carta, no qual podem ser
observados dois elementos o pico da Esplanada e o pico do Garrafão. O azimute
da direção Esplanada-Garrafão pode ser obtido com a seguinte seqüência:
a) a primeira coisa a fazer é traçar uma reta na carta,
ligando o pico da Esplanada (ponto A) e o pico do Garrafão (ponto B), como
mostrado na figura 9;
b) em seguida, orientar a carta; (figura 8);
c) após isso, colocar a bússola aberta sobre a carta, de tal
modo que a borda graduada fique sobre a linha traçada na carta e a tampa
(indicador de azimute), voltada para o pico do Garrafão (destino); (figura 10A);
d) a seguir, gira-se o anel serrilhado até que seta
indicadora do Norte coincida com a agulha (figura 10B).
O ângulo indicado na escala no ponto onde esta intercepta a
linha do centro da bússola, no lado da articulação da tampa, será o Azimute
(Figura 11).
10 - Calculo do azimute através de carta e bússola girar
11 - Aferição do azimute
Manutenção
As bússolas deverão ser conservadas em ambiente livre de
umidade e não sofrer choques.
Para que uma bússola possa ser utilizada apropriadamente,
deverá satisfazer determinadas condições, as quais devem ser verificadas
previamente. São elas:
a) Centragem ou centralização:
Verifica-se essa condição tendo as graduações indicadas
pelas duas pontas da agulha sobre as diversas partes do limbo. A diferença
entre essas leituras deve ser constante e igual a 180 º, caso contrário, o
instrumento estará mal centralizado.
b) Sensibilidade:
Comprova-se esta condição aproximando um objeto imantado e
afastando-o. Quando em bom estado, a agulha sofrerá um desvio e voltará a sua
posição inicial após algumas oscilações.
c) Equilíbrio:
Uma bússola está em perfeito equilíbrio quando, colocada em
posição horizontal, a agulha conserva-se nessa posição. Caso uma das pontas da
agulha fique mais baixa, não permitindo sua livre rotação, é necessário pôr-se
um contrapeso, procurando o equilíbrio da agulha.
CARTAS TOPOGRÁFICAS
NATUREZA
Nome: Carta
Topográfica
Nome popular: Carta
Fabricante: XXX
Procedência: XXX
Composição Papel
com detalhes topográficos impressos, com simbologia variada e específica.
12 - Carta topográfica
1 – Representação gráfica da região;
2 – Localização da carta na carta 11.000.000;
3 – Nome da carta;
4 – Região e escala;
5 – Legenda das convenções cartográficas;
6 – Diagrama de orientação;
7 – Articulação da folha.
CAPACIDADES E LIMITAÇÕES
Uma carta é um desenho que não tem por finalidade
reproduzir, de forma fiel, os acidentes naturais e artificiais da porção do
terreno que representa, tal qual uma fotografia. Esses acidentes são
representados por símbolos, de forma a facilitar o manuseio das cartas e
padronizar sua confecção. Em lugar de se desenhar um rio, uma casa, um
pântano etc, o que não seria fácil nem prático, adota-se um símbolo particular
para cada um desses acidentes do terreno. Esses são conhecidos por convenções
cartográficas e são previamente padronizados e utilizados de acordo com a
finalidade a que se destinam nas cartas.
CARACTERÍSTICAS
A classificação das cartas procura agrupá-las de acordo com
a finalidade a que se destinam e, portanto as convenções cartográficas são
previamente padronizadas e utilizadas de acordo com essa finalidade.
As cartas náuticas, por exemplo, buscam um maior
detalhamento dos acidentes que interessam à navegação, tais como ilhas,
faroletes, profundidade do mar etc., em detrimento dos acidentes naturais e
artificiais de terra.
Em contrapartida, as CARTAS TOPOGRÁFICAS, procuram
detalhar ao máximo esses acidentes do terreno.
Um outro exemplo são as cartas rodoviárias, que contém
detalhadamente, o traçado de rodovias, estradas e vias secundárias, em
detrimento de outros acidentes do terreno que não se relacionam com o fim a que
essas cartas se destinam.
Em certos tipos de cartas, as cores são empregadas para
auxiliar na identificação dos elementos do terreno, normalmente de acordo com a
seguinte convenção:
Preto – Para planimetria em geral;
Azul – Toda a hidrografia: rios, lagos, mares, traçados de
margens, nascentes, brejos e terrenos alagados;
Vermelho – Para as rodovias de revestimento sólido;
Castanho – Curvas de nível e respectivas altitudes;
Verde – Toda a vegetação.
Representação do relevo:
Para se poder ter uma ideia do relevo e identificar a
altitude de qualquer ponto numa carta, foram criados vários processos de
representação do relevo. O mais utilizado é o das curvas de nível, que são
linhas que ligam pontos de igual altura e representam as intersecções da
superfície do
terreno com planos paralelos e equidistantes, (Figura 13).
13 - Curva de Nível
ESCALA DA CARTA
As cartas devem ser confeccionadas de modo a guardar
proporcionalidade entre as dimensões representadas e seus correspondentes
valores reais no terreno. Além disso, as cartas devem conter a informação de
quantas vezes ela é menor que o terreno representado. Essa informação, contida
na margem da carta, chama-se escala, que pode ser indicada, tanto na
forma numérica quanto na forma gráfica.
a) Escala Numérica
É representada por uma fração (1/50.000 ou 150.000, por
exemplo). Em ambos os casos, indica que uma medida no terreno (1 cm na carta,
por exemplo, corresponde a 50.000 cm ou 500 m no terreno).
Vale aplicar essas noções à carta. Para se obter a distância
real no terreno entre dois pontos da carta, deve-se, primeiramente, aplicar uma
régua graduada sobre a carta, como mostrado na figura 11.14.
Na figura abaixo, observa-se que a medida entre os pontos A
e B é 4,00 cm. Nesse caso, a escala da carta é 1/50.000, isto é, 1 cm na carta
vale 50.000 cm no terreno. Portanto, pode-se concluir que a distância real no
terreno será 4 x 50.000 = 200.000 cm = 2.000 metros.
14 - Distância de acordo com a escala
Como as distâncias são geralmente avaliadas em metros,
converte-se o valor encontrado, ou seja:
100 centímetros = 1 metro, logo 100.000 cm = 1.000 m
Cortando-se os dois últimos zeros da escala converteremos
centímetros em metros, por exemplo: 1/10.000, cada centímetro na carta equivale
a 100 metros no terreno.
Matematicamente isto pode ser representado da seguinte forma
Em que:
E – escala de carta
d - grandeza da carta ou dimensão gráfica
D – grandeza no terreno ou dimensão
b) Escala gráfica
A escala gráfica nada mais é que a representação gráfica da
escala numérica, é um segmento graduado de reta, de modo a indicar diretamente
os valores medidos na própria carta . As cartas trazem-nas normalmente
desenhadas abaixo da indicação da escala numérica.
Observando-se a figura 4, verifica-se que o segmento da reta
está dividido em duas partes distintas, separadas pelo índice zero. A parte da
direita é chamada escala e a da esquerda talão.
No caso considerado, a escala foi dividida em graduações de 1000
m e o talão em graduações de 100m. O talão é sempre uma graduação da escala
dividida em dez partes iguais,numeradas da direita para a esquerda, enquanto a
escala é numerada da esquerda para a direita.
15 - Escala Gráfica
UTILIZAÇÃO
Serve basicamente para se deslocar de um ponto a outro no
terreno.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se
está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da escala, a distância entre
ambos.
Essencial nas operações de busca e salvamento em matas,
auxilia na determinação do deslocamento da equipe e no planejamento e
otimização dos meios a serem utilizados nesta operação.
Por exemplo, pode ser previsto se haverá necessidade de
travessia de cursos d’água, o que determinaria o transporte de material para
tal atividade, bem como escalada e transposição de acidentes topográficos de
grande altitude; desvio e retomada do rumo etc.
Funcionamento
Formas de utilização
a) Designação de pontos na carta
Um ponto na carta é designado por suas coordenadas , ou seja
pelo cruzamento paralelo (ordenada) com o meridiano (abcissa) que por ele
passa. Existem várias formas de indicar as coordenadas de um ponto considerado
em relação ao paralelo de 0º (equador) e ao meridiano base de Grenwich, respectivamente.
Por exemplo:
Latitude -15º
30`22 ” S
Longitude -45º
17`55” W
Retangulares ou de Grade em que são indicados o afastamento
vertical e horizontal em relação à grade construída sobre carta.
b) Determinações das direções
Para se deslocar de um ponto a outro no terreno, é
necessário definir a direção que se vai seguir e a distância a ser percorrida.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se
está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da escala, a distância entre
ambos . Para se estabelecer a direção a ser seguida, o método mais apropriado é
o de determinar o ângulo formado entre uma DIREÇÃO-BASE fixa e a direção
a ser seguida. Este ângulo é chamado de AZIMUTE.
Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um
norte e são utilizadas como referência inicial para a determinação dos Azimutes:
1) Norte verdadeiro ou geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo Pólo Norte da terra.
2) Norte magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja,
pelo ponto pelo qual são atraídas todas agulhas imantadas. Esse ponto fica
localizado próximo ao norte geográfico.
3) Norte da quadrícula (NQ)
Nas cartas utilizadas em operações militares, a direção-
base tomada como referência para determinação da direção seguir é a das retas
verticais da grade da carta.
4) Diagrama de orientação
16 - Diagrama de Orientação
Uma das informações contidas nas inscrições marginais dessas
cartas é o que se chama de diagrama de Orientação (Figura 16). Tal diagrama
contém três direções- base indicadas, bem como o valor do ângulo formado entre
elas.
Esses ângulos possuem denominações e características
próprias, a seguir descritas:
I) Declinação Magnética (dm)
Como se viu, o NM e o NV estão ligeiramente
afastados. O ângulo formado entre as direções do NV e NM, medido
a partir do NV , é chamado Declinação Magnética.
A declinação pode ser Leste (E) ou Oeste (W), conforme o NM
esteja a leste ou a oeste do NV/NG. Além disso, a declinação é variável de
acordo com o lugar e a época. Daí a necessidade de seu registro em cada carta,
incluindo o respectivo ano de edição e a variação relativa.
Considerando os dados contidos no exemplo de diagrama de
orientação da fig. 5 e, que se está calculando a declinação magnética para o
ano de 2003, o resultado obtido seria 19º 53‘ W, pois à declinação de 17º 32’ W
em 1984, deve ser acrescida a variação anual de 7 ‘ nos 19 anos decorridos logo:
dm = 17º 32’ + 19 x 7’
dm = 17º 32’ + 133‘
dm = 17º 32’ + 2º 13’
dm = 19º 45’
Será W porque o NM encontra-se a Oeste do NG.
II) Convergência de Meridianos
Pela figura 16, pode-se observar que a direção do NV é
diferente da direção do NQ da carta. Desse modo, o ângulo formado entre as
direções do NV e NQ, contado a partir do NV, é chamado de convergência de
meridianos. Essa área pode ser E ou W conforme o NQ esteja à leste ou oeste do
NV/NG.
A convergência se dá em virtude da distorção causada pela
projeção da superfície terrestre, que é curva, na superfície plana do papel, quando
da confecção das cartas. Apesar de sofrer uma variação entre diferentes pontos
de uma mesma carta, pode-se considerá-la constante nas cartas utilizadas, sem
perigo de erro, em virtude dessa variação ser desprezível.
III) Ângulo QM
O ângulo formado entre as direções do NQ e do NM é chamado
ângulo QM. O ângulo será W, quando o norte magnético estiver a Oeste do Norte
da quadrícula e, quando o norte magnético estiver a Leste do norte da
quadrícula. O ângulo QM será calculado somando a dm e a convergência de meridianos quando a direção do NM e do NQ
estiverem em lados opostos à direção do NG/NV, e subtraindo uma da outra quando
estiverem do mesmo lado do NG/NV. Uma vez calculado o ângulo QM, ele deve ser
anotado na carta para uso futuro. A variação anual da declinação magnética
acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do NM e do NQ se
aproximam, o ângulo QM diminui; se elas se afastam, o ângulo QM aumenta.
AZIMUTES
Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio, a partir de uma direção-base.
a) Azimute Magnético (AzM)
AzM é o ângulo horizontal medido a partir do NM até a
direção desejada.
17 - Azimute Magnético
Na figura 17 o AzM é aproximadamente 20º.
b) Azimute Verdadeiro (AzV)
AzV é o ângulo horizontal medido a partir do NG/NV até a
direção desejada.
c) Azimute da Quadrícula (AzQ) ou Lançamento (L)
Lançamento é o ângulo horizontal medido a partir do NQ até a
direção desejada.
CONTRA-AZIMUTES
O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção
oposta. Caso se esteja voltado para determinada direção, considera-se essa
direção como azimute. Ao se voltar para a direção oposta, ter-se-á o
contra-azimute dessa direção. O contra-azimute está sobre o prolongamento, no sentido
inverso, da reta que determina o azimute.
Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, a equipe
de busca e salvamento estará em condições de retornar ao ponto de partida. No
cumprimento de uma tarefa, em lugar desconhecido e à noite, por exemplo, o
contra-azimute poderá indicar a direção pela qual deve-se
retornar.
Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180º ao
azimute quando esse for menor que 180º ou subtrair quando maior que 180º.
Na figura 6 o contra-azimute é 200º, pois o azimute é 20º
(20º < 180º, portanto 20º + 180º = 200º).
Manutenção
As cartas devem ser tratadas com todo o cuidado,
principalmente em virtude da dificuldade de sua reposição em um operação de
busca e salvamento d) Sempre que possível, devem ser cobertas com material
adesivo, transparente e impermeável (papel “contact”) e colocadas em um
porta-cartas, ou saco plástico com lacre.
e) Quando empregadas por uma equipe em deslocamento, as
cartas devem ser dobradas em forma de sanfona, como ilustrado na figura 11.18.
e colocadas no bolso para protegê-las do sol e da umidade.
18 - Como dobrar uma carta
GPS
Natureza: XXX
Nome: (GPS)
Nome popular: Sistema
Global de Posição
Fabricante: XXX
Procedência: XXX
Composição: Aparelho
eletrônico, com visor em cristal líquido, antena interna, e botões de
navegação.
19 - GPS
1 – cordão de transporte:
2 – tela de cristal líquido c/ informações;
3 – teclas de navegação;
4 – antena;
5 - compartimento de baterias.
Capacidades e Limitações
Funciona com 04 (quatro) pilhas, tipo AA, com autonomia de
uso em modo normal de 12 (doze) horas, e em modo econômico, autonomia de 20
(vinte) horas; em ambientes cobertos (mata fechada ou estruturas de alvenaria)
não consegue captar os sinais dos satélites.
Características
Aparelho que utiliza sinais de satélites artificiais, para
fornecer coordenadas de posição (Latitude, Longitude), apresentando o resultado
graficamente através da tela.
Utilização
O equipamento destina-se à navegação terrestre, aérea e
marítima. Pode ser utilizado em viagens ou em buscas e salvamento. Funciona
captando sinais de satélites disponíveis (no mínimo dois), para traçar
coordenadas e fornecer a posição (latitude, longitude), apresentando,
graficamente, na tela, o resultado, sendo capaz também de calcular a velocidade
média, altitude, distância percorrida, distância a ser percorrida, tempo
estimado de chegada, rumo, horário do nascer e pôr do sol, marcação e
memorização de pontos (“way points”) e alarme de distanciamento do rumo. É possível
inserir coordenadas de destino e traçar um rumo, a partir do ponto em que o
usuário se encontra, auxiliando também na orientação em conjunto com cartas
topográficas. É um equipamento complementar na sobrevivência.
20 - GPS sobre um mapa
Manuseio
Para sua efetiva utilização é necessário se posicionar em
local aberto, preferencialmente longe de grandes edificações, ou estruturas
naturais (árvores, pedreiras etc), a fim de possibilitar a captação dos sinais
dos satélites disponíveis.
Funcionamento
Formas de acionamento
A inicialização do equipamento é automático, através da
tecla de liga/desliga. Deve-se aguardar alguns minutos até o aparelho captar os
sinais dos satélites e determinar as coordenadas da posição do usuário.
Procedimento de Operação do equipamento
f) ligar o aparelho GPS;
g) aguardar a captação dos sinais dos satélites;
h) utilizar as teclas de navegação, para acessar as opções
de apresentação gráfica tela estrada (highway) ou tela bússola (compass);
i) Verificar sua posição em coordenadas (latitude,
longitude);
j) Inserir uma coordenada para estabelecer o rumo (azimute).
Manutenção
1. Cuidado principalmente ao guardar o equipamento,
devendo-se retirar as pilhas, manter o equipamento em local seco e arejado e,
no transporte para ocorrência, evitar os choques e trepidações excessivas;
2. Para limpeza o fabricante recomenda utilizar apenas pano
macio e seco.