Manejo de serpentes peçonhentas
Todo cuidado é pouco no manejo de serpentes peçonhentas, pois acidentes podem ser fatais. Diante disso, devem ser tomadas todas as precauções que a situação exige.
Para o manejo de serpentes, usa-se o gancho e o pau-de-couro. Esses dois instrumentos se forem corretamente utilizados, são suficientes para capturar uma serpente, mudá-la de lugar ou imobilizá-la.
Normalmente as serpentes peçonhentas permanecem no gancho quando suspensas. Para essa operação, deve-se passar o gancho embaixo da serpente, na metade do corpo ou pouco para atrás. Com o gancho nessa posição, é mais fácil colocar a cabeça do réptil dentro de uma caixa de transporte; com a cabeça e parte anterior dentro da caixa, bastará dar leves toques com o gancho na cauda da serpente e ela recolherá o corpo para dentro da caixa.
Para abrir uma caixa que contenha serpentes ou quando se desconhece a espécie de serpente que está dentro, deve-se ficar atrás da caixa, desparafusá-la e abri-la com o gancho. Nunca tomar posição à frente da caixa, pois não se sabe em que posição o animal está em seu interior.
A contenção de serpentes muito agressivas e perigosas (urutu, surucucu) é realizada com maior segurança se for feita com o auxilio do pau-de-couro, que deve ser colocado atrás da cabeça da cobra para prender firmemente o pescoço.
Quando se precisa conter uma serpente peçonhenta para examiná-la ou para que sejam aplicadas injeções, utiliza-se o laço e nunca o gancho, pois, ao debater-se, o animal pode escapar facilmente do gancho. Se, por qualquer razão, não for possível utilizar o laço e se, ainda, por absoluta necessidade for preciso conter uma serpente peçonhenta com as mãos, o gancho é um importante instrumento de auxílio, obedecendo-se ao seguinte procedimento:
1 - Coloca-se a serpente no chão com o auxílio do gancho;
2 - Pressiona-se a cabeça da serpente de maneira firme, tomando cuidado para não machucá-la;
3 - Segura-se a cabeça do animal pela parte mais larga, colocando de um lado o dedo indicador e do outro o dedo polegar; a serpente deverá abrir a boca, mas não conseguirá fecha-la por causa da pressão dos dedos nos lados da cabeça.
Para desvencilhar-se de uma serpente peçonhenta que esteja segura na mão, deve-se agir da seguinte maneira:
1 - Com a mão que está livre segura-se a cauda da serpente e de um só golpe lança-se, rente ao chão, o animal a aproximadamente 1,5 metros de distância, de maneira que caia afastada e de barriga para cima. Assim, a serpente precisará de alguns segundos para se recompor e ficar na posição de desferir o bote. Deve-se também tomar cuidado para não ferir o animal durante a manobra.
O autor não estimula a manutenção de serpentes peçonhentas que não por Instituições, como zoológicos e institutos destinados à produção de anti-veneno e que, comprovadamente, disponham de total segurança e recursos humanos plenamente capacitados para o trato com estes animais.
MODELOS DE PUÇÁ OU COADOR:
No arco deve ser colocada uma rede de cordas ou saco de pano resistente.
Tamanhos e Formatos Sugeridos:
♦ Grande: cabo = 1,5 m; comprimento do arco = 50 cm; largura maior do arco = 50
cm; largura menor do arco = 40 cm. Com rede de cordas (5 mm diâmetro) malha de
5 cm.
♦ Médio: cabo = 1,3 m; comprimento do arco = 40 cm; largura maior do arco = 35 cm;
largura menor do arco = 30 cm. Com rede de cordas (4 mm diâmetro) malha de 5 cm.
♦ Pequeno: cabo = 1 m; comprimento do arco = 20 cm; largura maior do arco = 20 cm;
largura menor do arco = 15 cm. Com saco de pano resistente (algodão).
Modelos e medidas sugeridas para a confecção de puçás.
CAMBÃO OU PAU DE COURO:
Na haste de madeira ou metal com uma tira de couro ou outro material maleável e resistente na extremidade.
Tamanho sugerido: 1,7 m de comprimento.
Medidas sugeridas para a confecção de cambão ou pau de couro.
GANCHO PARA MANIPULAÇÃO DE SERPENTES:
Com a extremidade em “L” confeccionada em metal resistente (aço inox) podem possuir o cabo em madeira ou tubo metálico. Porém devem ser leves e resistentes.
Tamanhos Sugeridos:
♦ Grande: comprimento = 1,5 m
♦ Médio = 80 cm
Tamanhos sugeridos para a confecção de ganchos para manipulação de serpentes.