Técnica de salvamento vai-vem empregando a maca
Essa técnica de salvamento deve ser empregada quando tivermos vítima(s) inconsciente(s) ou com outro(s) grau(s) de lesão(ões), necessitando ser(em) resgatada(s) na maca (figura 211).
A guarnição de salvamento, para a realização dessa
técnica, é composta de 5 (cinco) socorristas (chefe de guarnição e auxiliares
n.º 1, 2, 3 e 4), a qual deve preparar todo o material para a execução da técnica
de salvamento.
O material empregado na operação, além dos materiais empregados
na armação das cordas para os cabos de sustentação, serão empregados os
seguintes materiais:
- 1 (uma) maca, plana ou berço;
- 1 (uma) corda para a confecção do cabo guia;
- 2 (duas) roldanas;
-12 (doze) mosquetões;
- 2 (dois) cabos solteiros de 4,5 m (cabo da vida).
Atribuições dos componentes da guarnição
Chefe de guarnição:
- coordena a operação;
- transporta os mosquetões do sistema;
- confere a segurança e a colocação dos mosquetões e das
roldanas;
- fixa o cabo guia no sistema.
Auxiliar n.º 1:
- auxilia o n.º 2 no transporte da maca;
- transporta um cabo da vida;
- transporta o seu material de proteção individual.
Auxiliar n.º 2:
- auxilia o n.º 1 no transporte da maca;
- transporta um cabo da vida;
- transporta o seu material de proteção individual.
Auxiliar nº. 3:
- transporta o seu material de proteção individual;
- transporta as duas roldanas;
- auxilia o n.º 4 a safar o cabo guia.
Auxiliar nº. 4:
- transporta o seu material de proteção individual;
- transporta a corda que será usada como cabo guia;
- juntamente com o nº. 3 safa o cabo guia.
Técnica empregada pelos componentes da guarnição
Os auxiliares n.º 1 e n.º 2 preparam-se para a execução
das amarrações da maca. Fazendo uso de dois cabos da vida, fixam as extremidades
da maca com o nó volta do fiel e cotes, observando os seguintes passos:
- preparar a maca;
- preparar os cabos da vida para as amarrações da maca;
- localizar o centro da maca;
- dirigir os seios dos cabos da vida até o centro da maca
no seu sentido longitudinal, em seguida, observar a parte inferior da maca (pés)
e com o cabo da parte superior (cabeça) passar cerca de 10 a 15 cm do centro em
direção a parte inferior (pés), que tem por finalidade manter uma leve
inclinação da maca.
Os dois socorristas, posicionados em lados contrários da
maca, prendem os cabos com os respectivos joelhos (esquerdo de um e direito do
outro) para que não corram do centro e das medidas pré-determinadas.
Segurando os chicotes dos cabos executam os nós volta do
fiel, nas extremidades da maca, empregando as duas mãos ao mesmo tempo.
Esses mesmos socorristas tomam posição em pé, nas extremidades
da maca (parte dos pés e da cabeça), munem-se dos seios dos cabos presos à maca
e apoiam a planta do pé sobre a sua borda, executam o nó de azelha na altura do
joelho.
Pronta a amarração da maca (ver capítulo 5), o chefe
verifica a melhor inclinação para a maca que será transportada até o local onde
está armado o sistema.
Depois de montado o sistema, os auxiliares n.º 1 e n.º 2 executam
o nó de cadeira, transpõem o cabo de sustentação, começando pelo n.º 1 que leva
fixado à sua cintura o cabo guia da maca. Em seguida, passa o n.º 2 e por
último o chefe da guarnição (todos executam a técnica de transposição tirolesa
horizontal).
Chegando do outro lado, puxam a maca para a colocação da vítima
no seu interior. Não se esquecendo que a colocação da vítima na maca é
realizada por 3 homens (chefe, auxiliares n.º 1 e n.º 2).
Observação: a colocação das roldanas, dos mosquetões e do cabo
guia no sistema é função do chefe ou, quando determinado por ele, será
realizado pelos auxiliares (figuras 168 no capítulo V).
Realizado o resgate, será dado por encerrada a operação
(figura 212).