Amarrações da vítima na maca e escada
Não é complexo o processo de amarrações que mantém a
vítima presa a maca. É necessário saber portanto como esta maca vai trabalhar
com a vítima em determinado plano.
O que o profissional tem que saber é que a vítima em todos
os momentos tem que estar devidamente segura e se sentir como tal.
As amarrações da vítima na maca são basicamente as mesmas,
porém a possibilidade de mudanças não é remota. As condições em que se encontra
o acidentado é que vai determinar a técnica de amarração a ser empregada.
A vítima já na maca, o socorrista mediante uma avaliação prévia,
determina qual a técnica que deverá ser empregada.
Veja abaixo algumas dicas:
1 – Sempre fixar os cabos solteiros nos punhos laterais da
maca, o mais próximo possível das axilas da vítima, utilizando o nó volta do
fiel.
2 – Escolher, mediante as condições da vítima, a passagem dos cabos sobre a mesma.
a) Prendendo a região torácica da vítima com o nó de alça de correr (nó de rabiola) e mosquetão.
b) Prendendo a região torácica da vítima com o nó de alça de correr, passando uma alça por dentro uma da outra (nó de rabiola) sem mosquetão.
3 – Fazer um meio cote, no sentido fora para dentro da maca e de frente para a cabeceira da mesma.
4 – Se for o caso, fazer uma cadeirinha na vítima com o próprio cabo solteiro empregado para prender a vítima na maca. Existem duas formas básicas; e estas têm como objetivo deixar livre as pernas da vítima e a região torácica.
Veja na figura abaixo.
a) Simplesmente cruzando cabos, envolvendo as pernas da vítima.
b) Utilizando o nó láis de guia na sua finalização.
5 – Desenho demonstrativo.
1 – Nó volta do fiel
2 – Por baixo das axilas, opção de amarração conforme
demonstra as figuras dos itens A e B das dicas acima do item 2.
3 – Trançado do cabo
4 – Opção da cadeirinha
Proteção da vítima na Maca
Quando a vítima é colocada na maca, os profissionais que
irão executar as amarrações devem ter em mãos os seguintes materiais:
- dois cabos solteiros de aproximadamente 5 metros;
- um mosquetão, para ajuste da amarração na região torácica;
- material que sirva de proteção a esta região.
O socorrista deve saber que as bases dessas amarrações são os punhos da maca e que o seu início é sempre o mais próximo possível das axilas da vítima.
Procedimentos:
1 – fixação dos cabos próximos às axilas da vítima nos punhos laterais;
2 – confeccionar dois nós de correr, um em cada cabo fixado na lateral da maca e mantê-lo bem próximo do punho;
3 – fazer a junção das alças por meio de um mosquetão;
4 – colocar uma proteção, entre o mosquetão e o tórax da vítima;
5 – ajustar o máximo possível mas sem causar incômodo a vítima;
6 – trançar o cabo sobre a vítima, observando que estes devem cruzar sobre a vítima;
7 – fazer tal procedimento até que a vítima esteja totalmente presa a maca;
8 – confeccionar a amarração final com o nó direito, prendendo praticamente os pés da vítima.
Obs: na figura abaixo não está sendo empregado o mosquetão na região torácica da vítima, mas essa alteração não influencia no desenvolvimento e continuidade das amarrações.
Emprego da escada como maca (improvisação)
Não é comum uma atividade como esta, mais a possibilidade de empregar uma escada como maca não é impossível.
Observe no procedimento abaixo, que mesmo empregando uma escada como maca, a primeira amarração sempre vai estar próxima as axilas da vítima. Quando a escada é utilizada nesta operação altera a passagem dos cabos solteiros, que passam por cima da vítima e por baixo da escada, formando sempre um “L” no seu cruzamento.
Observe que na finalização da amarração, a união dos pés e a confecção do nó direito não foi alterado.