Técnicas de descensões verticais mais empregadas
São várias as técnicas de transposições verticais e vários
são os materiais empregados para esse tipo de atividade. Contudo, podemos dizer
que as técnicas mais conhecidas, no meio profissional são: rapel sem uso de
equipamentos, com o emprego de mosquetão e com o aparelho oito.
Vários outros materiais são utilizados durante essas
atividades, sendo que cada um oferece uma determinada condição de conforto, segurança,
agilidade e até mesmo comodismo, o que é essencial para os trabalhos
profissionais em altura, tais como: cadeiras, peças oito diferenciadas,
mosquetões simétricos e assimétricos, capacetes (confortáveis), luvas de raspa
de couro, luvas de couro (vários modelos e tamanhos), cordas para segurança (cabo
da vida ou cordelete com resistência ideal e comprovada pelo fabricante, sendo
que este último é, normalmente, um cabo de bitola entre 6 e 8 mm).
A evasão, no plano vertical, pode ser realizada por meio
de várias técnicas de descida em diversos tipos de cordas, sendo comumente empregada
para que os profissionais da área de salvamento possam alcançar um local abaixo
do ponto onde se encontram, almejando chegar aos andares inferiores das
edificações.
Rapel sem o emprego de equipamentos
Técnica de rapel Deufer
É uma técnica de descida em que o socorrista trabalha
sempre com cordas duplas. Essas cordas são passadas à frente do corpo e por entre
as pernas e em volta de uma das coxas, saindo pela lateral da coxa escolhida e
pela frente do corpo, passa em diagonal sobre o peito até o ombro oposto,
contornando o pescoço e saindo novamente pela frente do corpo, lateralmente ao
tronco. O socorrista deve manter os chicotes (extremidades livres) sempre à
mão, devendo também sempre olhar para o objetivo (figuras 143 e 144).
Observação:
essa técnica só é empregada quando se tem que transportar algum material às
costas.
Precauções:
a) nunca solte nenhuma das mãos;
b) mantenha-se sempre próximo à parede;
c) para frear, puxe a corda para trás;
d) a altura máxima para descida, nessa técnica, é de 10
(dez) metros devido ao excessivo desconforto e por comprometer a segurança;
e) proteja o pescoço do atrito com a corda.
Técnica de rapel Trenker
É uma variação da técnica Deufer, diferenciando-se desta
pela maneira com que é feita a passagem final da corda, pois ela terá de passar
pelas costas do socorrista, ao invés de dar a volta no pescoço, sendo que a pegada na corda também é
diferente, pois é feita por trás (figuras 145 e 146).
Precauções:
a) nunca solte nenhuma das mãos;
b) mantenha-se sempre bem próximo à parede;
c) para frear, puxe a corda para frente;
d) altura máxima para descida, nessa técnica, é de 10
(dez) metros devido ao excessivo desconforto e por comprometer a segurança do
socorrista;
e) proteja o pescoço do atrito com a corda.
Técnica de rapel Dolomiti
Nessa técnica, utiliza-se sempre a corda dupla que passará
entre as pernas e, em seguida, sem cruzar no meio das pernas, cada chicote passará
por uma coxa subindo e, então, cruzando à frente do peito e passando sobre os
ombros juntando-os nas costas e uma das mãos segurará as cordas, empunhando-as
de forma a fazer o freio e a outra mão segurando à altura da face (rosto). Essa
mão que segura as cordas na altura da face, tem por objetivo manter o equilíbrio
do corpo, evitando que ele se desloque para trás (figuras 147, 148, 149 e 150).