10 dezembro 2020
03 dezembro 2020
Brigada - Termos e definições - Acessibilidade
Acessibilidade - possibilidade
e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança
e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias,
bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou
privado, de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com
deficiência ou mobilidade reduzida.
Brigada - Termos e definições - Acidente
Acidente - situação inesperada que resulta em lesão a pessoas, danos ao meio ambiente, danos aos equipamentos e/ou estruturas e/ou paralisação de atividades.
Brigada - Termos e definições - Alarme de abandono de área
Alarme de abandono de área
- aviso
destinado a convocar todas as pessoas para seguirem pelas rotas de fuga e
saídas de emergências para fora das instalações, com destino ao ponto de
encontro mais próximo.
Brigada - Termos e definições - Alerta de chamada de brigadistas
Alerta de chamada de
brigadistas - aviso destinado a convocar a equipe da
brigada para o atendimento de emergências.
Brigada - Termos e definições - Armário de emergência
Armário de emergência - mobiliário
onde estão disponíveis os recursos materiais e equipamentos para serem
utilizados em eventuais atendimentos de emergências, com recursos específicos
para cada área.
Brigada - Termos e definições - Bombeiro
Bombeiro - Profissional
que presta serviços de prevenção e atendimento de emergências, atuando na
proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio.
Brigada - Termos e definições - Bombeiro Civil
Bombeiro Civil - Profissional
para atuação em serviços de prevenção e Combate em Princípios de Incêndio,
Recepção em Pouso e decolagem de aeronaves em Heliponto e Heliporto, Primeiros
Socorros, Imobilização e Remoção Emergenciais e Acompanhamento de Serviços e
Manutenções. (Esses atendimentos são realizados exclusivamente em edificações, plantas
e/ou instalações privadas ou públicas. Com demarcações e limites fixos, isso é,
sua atuação e ação está sempre delimitada), Se preciso, solicita apoio externo,
(192, 153, 199, 190, 193).
Brigada - Termos e definições - Bombeiro Militar
Bombeiro Militar - Profissional,
servidor público, integrante de uma instituição militar federal ou estadual,
para atuação em serviços de atendimento público de emergências, (bombeiro
militar atua nos municípios, estados ou em situações de combate ou missões
humanitárias em território nacional ou estrangeiro, como integrante ou auxiliar
das Forças Armadas Brasileiras).
Brigada - Termos e definições - Bombeiro municipal
Bombeiro municipal - Profissional,
servidor público, para atuação em serviços de atendimento público de
emergências, (O bombeiro municipal atua nos municípios, mediante legislação
municipal ou estadual específica).
Brigada - Termos e definições - Bombeiro voluntário
Bombeiro voluntário - Integrante
de uma organização de serviços voluntários, para atuação em serviços de
atendimento público de emergências, (O bombeiro voluntário atua mediante
legislação municipal ou estadual específica de concessão de prestação de
serviços não remunerados de atendimento público de emergências, dentro das jurisdições
dos municípios ou estados).
Brigada - Termos e definições - Brigada de emergência
Brigada de emergência - Grupo
organizado, formado por pessoas voluntárias ou indicadas, treinado e capacitado
para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de
área, prevenção de acidentes e primeiros socorros, dentro de uma área
preestabelecida na edificação, planta ou evento.
Brigada - Termos e definições - Brigadista de emergência
Brigadista de emergência -
Integrante
da brigada de emergência.
Brigada - Termos e definições - Capacitação
Capacitação - Preparação de um profissional de forma complementar à sua formação, com conhecimentos teóricos e/ou práticos para aprimorar as suas habilidades para executar as suas atribuições profissionais.
Brigada - Termos e definições - Carga de incêndio
Carga de incêndio - Soma
das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa
de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o
revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.
Brigada - Termos e definições - Comando unificado do incidente
Comando unificado do
incidente - Colegiado formado pelos líderes das
principais equipes de resposta e atendimento de emergências (por exemplo, líder
de brigada, bombeiro civil, bombeiro militar etc.) presentes no local para
decidir e deliberar de forma conjunta sobre ações necessárias ao controle de
uma emergência; constituído quando não há predominância de um órgão específico
no atendimento da ocorrência ou quando ocorre sobreposição de competências.
Brigada - Termos e definições - Combate a incêndio
Combate a incêndio - Conjunto
de ações estratégicas e táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com
o uso de técnicas e recursos materiais e humanos.
Brigada - Termos e definições - Coordenador de emergência
Coordenador de emergência
-
Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de todas as
edificações que compõem uma planta, independentemente do número de turnos.
Brigada - Termos e definições - Emergência
Emergência - situação
crítica e fortuita que representa perigo à vida, ou ao meio ambiente, ou ao
patrimônio, com potencial de gerar dano continuado e que obriga a uma imediata
intervenção.
Brigada - Termos e definições - Equipe de emergência
Equipe de emergência - equipe
formada por profissionais de emergências, pela brigada de emergência, bombeiro
civil e grupo de apoio à equipe de emergência.
Brigada - Termos e definições - Equipe multidisciplinar
Equipe multidisciplinar - representantes
das áreas envolvidas e/ou afetadas, saúde e segurança do trabalho, manutenção e
demais áreas pertinentes, designados pelo responsável pelo plano de emergência
da planta.
Brigada - Termos e definições - Evento
Evento - acontecimento
programado em determinado local, que reúne grande quantidade de pessoas.
Brigada - Termos e definições - Exercício simulado
Exercício simulado - exercício
prático realizado periodicamente para manter a equipe de emergência (brigada,
bombeiro civil, grupos de apoio) e os ocupantes das edificações em condições de
enfrentar uma situação real de emergência.
Brigada - Termos e definições - Exercício simulado parcial
Exercício simulado parcial
- exercício
prático que abrange apenas uma parte da planta e/ou de procedimentos do plano
de emergência.
Brigada - Termos e definições - Grupo de apoio permanente (GAP)
Grupo de apoio permanente
(GAP) - grupo de pessoas composto por profissionais diretos ou
terceiros, cuja função na empresa está voltada às atividades de segurança,
saúde e meio ambiente.
Brigada - Termos e definições - Grupo de apoio técnico (GAT)
Grupo de apoio técnico
(GAT) - grupo de pessoas composto por profissionais diretos ou
terceiros, cuja função na empresa está voltada para a prestação de serviços
especializados de operações e controle de processos e energia e/ou operações de
equipamentos, veículos e sistemas que são utilizados e/ou mobilizados para o
controle de emergências
Brigada - Termos e definições - Grupo de controle de emergência (GCE)
Grupo de controle de
emergência (GCE) - Grupo formado pelo responsável do plano de
emergência, pelos gestores da planta, supervisores da operação dos processos,
técnicos de segurança, técnicos ambientais e demais profissionais especialistas
internos e ou externos, para dar suporte ao coordenador de emergência no
planejamento e elaboração de estratégias necessárias para o controle da
emergência.
Brigada - Termos e definições - Incidente
Incidente - evento
que acontece de forma fortuita e/ou imprevisível, que tem o potencial de causar
interrupção, perda, emergência, crise, desastre ou catástrofe.
Brigada - Termos e definições - Instrutor auxiliar
Instrutor auxiliar - profissional
com conhecimento e com experiência prática sobre o tema do treinamento que ele
presta auxílio ao instrutor principal durante as aulas e exercícios práticos.
Brigada - Termos e definições - Instrutor em emergências com produtos perigosos
Instrutor em emergências
com produtos perigosos - profissional com capacitação em
emergências com produtos perigosos (químico, biológico, nuclear e radiológico),
com capacitação em técnicas de ensino.
Brigada - Termos e definições - Instrutor em incêndio
Instrutor em incêndio - profissional
com capacitação em prevenção e combate a incêndio e abandono de área, com
capacitação em técnicas de ensino.
Brigada - Termos e definições - Instrutor em primeiros socorros
Instrutor em primeiros
socorros - profissional com capacitação em atendimento
de emergência pré-hospitalares, com capacitação em técnicas de ensino.
Brigada - Termos e definições - Instrutor em resgate técnico
Instrutor em resgate
técnico - profissional com capacitação em resgate técnico
(altura, espaço confinado, aquático, desencarceramento e extração), com
capacitação em técnicas de ensino.
Brigada - Termos e definições - Líder de abandono de área
Líder de abandono de área
-
integrante da brigada, responsável pelo aviso e orientação das pessoas de um ou
mais setores ou áreas para a saída e direcionamento a um determinado ponto de
encontro e posterior contagem.
Brigada - Termos e definições - Líder de brigada
Líder de brigada - integrante
da brigada, responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de
um determinado setor ou compartimento ou pavimento da planta.
Brigada - Termos e definições - Pessoa com deficiência
Pessoa com deficiência - aquela
que, temporária ou permanentemente, tem limitada a sua capacidade de
relacionar-se com o meio e de utilizá-la, devido à deficiência física e/ou
intelectual.
Brigada - Termos e definições - Pessoa com mobilidade reduzida
Pessoa com mobilidade
reduzida - aquela que, temporária ou permanentemente, tem
limitada a sua capacidade de movimentar-se e/ou locomover-se, devido à deficiência,
idade, obesidade, gestação, resistência física ou outra condição que restrinja
a movimentação e locomoção.
Brigada - Termos e definições - Plano de auxílio mútuo (PAM)
Plano de auxílio mútuo
(PAM) - plano de segurança que visa a prevenção, controle e
mitigação de emergências, com a atuação cooperativa e de forma organizada entre
as empresas e os órgãos públicos, corpo de bombeiros, serviço de atendimento
médico de urgência (SAMU), defesa civil, polícias, órgãos ambientais e serviços
públicos diversos, por meio de recurso humanos, materiais e suprimentos,
estabelecidos conforme estatuto formal específico.
Brigada - Termos e definições - Plano de emergência
Plano de emergência - documento
que formaliza e descreve o conjunto de ações e medidas a serem adotadas no caso
de uma situação crítica (acidente ou incidente), visando proteger a vida e o
patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio
ambiente.
Brigada - Termos e definições - Planta
Planta - local
onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um
determinado evento ou ocupação.
Brigada - Termos e definições - Ponto de encontro
Ponto de encontro - local
pré determinado, seguro para encontro protegido dos efeitos da ocorrência, com
base no pior cenário identificado na análise de risco, sendo o local pré determinado
para onde o líder de abandono de área orienta-se e dirige-se juntamente com os
demais funcionários de sua responsabilidade.
Brigada - Termos e definições - Ponto de encontro da equipe de emergência
Ponto de encontro da
equipe de emergência - local previamente estabelecido, com
base no pior cenário identificado, seguro e protegido dos efeitos da
ocorrência, utilizado para o encontro da equipe de emergência, distribuição de
equipamentos de proteção individual e respiratória, de comunicação, de
primeiros socorros, de combate a incêndio, quando aplicáveis, em que são
dividas as tarefas e estabelecidos os procedimentos básicos de atendimento de
emergência.
Brigada - Termos e definições - População fixa
População fixa - aquela
que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos de trabalho e a
natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições.
Brigada - Termos e definições - População flutuante
População flutuante - aquela
que não permanece regularmente na planta, considerando o número máximo de
pessoas previstas em projetos, procedimentos e/ou período de atividade e
ocupação.
Brigada - Termos e definições - Prevenção de incêndio
Prevenção de incêndio - todas
as medidas destinadas a evitar o surgimento de um princípio de incêndio,
dificultar a sua propagação e facilitar a sua extinção.
Brigada - Termos e definições - Profissional especializado
Profissional especializado
-
profissional responsável pela elaboração do estudo e pelas recomendações para a
implantação da brigada de emergência em conformidade com esta Norma, (Este
profissional é capacitado e/ou especializado em análise de risco e/ou prevenção
e combate a incêndio e/ou emergências médicas em atendimento pré-hospitalar).
Brigada - Termos e definições - Recursos de materiais
Recursos de materiais - equipamentos,
suprimentos e instalações, disponíveis ou potencialmente disponíveis, para
designação a operações de emergências.
Brigada - Termos e definições - Recursos de pessoas
Recursos de pessoas - pessoas
disponíveis ou potencialmente disponíveis, para designação de operações de
emergências.
Brigada - Termos e definições - Rede integrada de emergência (RINEM)
Rede integrada de
emergência (RINEM) - rede de segurança que visa a prevenção,
controle e mitigação de emergências que possam ocorrer nas empresas ou em áreas
comuns de um polo industrial ou empresarial, com a atuação cooperativa e de
forma organizada entre as empresas e órgãos públicos, corpo de bombeiros,
defesa civil, SAMU, polícias, órgãos ambientais e serviços públicos diversos,
por meio de recursos humanos, materiais e suprimentos, estabelecidos conforme
estatuto formal específico.
Brigada - Termos e definições - Resgate técnico
Resgate técnico - procedimento
executado por profissional capacitado, com uso de técnicas, recursos e
equipamentos especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma
vítima em local de risco.
Brigada - Termos e definições - Responsável pela brigada de emergência da planta
Responsável pela brigada
de emergência da planta - responsável pela ocupação da planta
ou quem ele designar, por escrito.
Brigada - Termos e definições - Rota de fuga
Rota de fuga - caminho
contínuo, devidamente protegido e sinalizado, iluminado, proporcionado por
portas, corredores, saguão, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações
destes, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, a partir de
qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via
pública ou espaço seguro (área de refúgio), com garantia de integridade física.
Brigada - Termos e definições - Saída de emergência
Saída de emergência - saída
acessível, devidamente sinalizada para um local seguro.
Brigada - Termos e definições - Sala da brigada de emergência
Sala da brigada de
emergência - local onde estão disponíveis os recursos
materiais e equipamentos para serem utilizados em eventuais atendimentos de
emergências, que pode ser mais do que uma sala, com recursos específicos para cada
área, localizada de forma a permitir o melhor tempo de resposta para o
atendimento em todas as áreas da planta
Brigada - Termos e definições - Sala de segurança contra incêndio
Sala de segurança contra
incêndio - local onde se localizam os painéis de comando dos
diversos sistemas de proteção contra incêndio e emergências, sistema de
detecção de incêndio, sistema de comunicação, sistema de monitoramento por
câmeras de vídeo, sistema de controle de elevadores, sistema de chuveiros
automáticos,além de outros.
Brigada - Termos e definições - Setor
Setor - espaço
delimitado por elementos construtivos ou risco.
Brigada - Termos e definições - Sistema de comando de incidentes (SCI)
Sistema de comando de
incidentes (SCI) - sistema formal, projetado para gerenciar
as ações e os recursos destinados às operações de resposta a incidentes e/ou
emergências, usando uma combinação de procedimentos e comunicações com as
estruturas organizacionais de responsabilidades claramente estabelecidas.
Brigada - Termos e definições - Suporte avançado de vida (SAV)
Suporte avançado de vida
(SAV) - procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos
específicos para manter e/ou reestabelecer os sinais vitais de uma vítima de
trauma ou mal clínico, executados exclusivamente por profissionais oriundos da
área da saúde, como médicos e/ou paramédicos.
Brigada - Termos e definições - Suporte básico de vida (SBV)
Suporte básico de vida
(SBV) - procedimentos com técnicas não invasivas e
equipamentos específicos, incluindo desfibrilador externo automático, para
manter e/ou reestabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico,
executados por pessoas ou profissionais não oriundos da área da saúde, como,
socorristas ou bombeiros.
Brigada - Termos e definições - Tempo de resposta
Tempo de resposta - intervalo
de tempo entre a comunicação de chamado para uma determinada equipe responsável
pelo atendimento até a chegada desta no local da emergência.
Brigada - Termos e definições - Tempo de resposta médio (TRM)
Tempo de resposta médio
(TRM) - tempo médio, em minutos, obtido pela soma do tempo de
resposta de todas as ocorrências de emergências atendidas, dividido pelo número
de atendimentos efetuados, durante um período de um ano ou outro período
preestabelecido.
Brigada - Termos e definições - Terceiros
Terceiros - pessoal integrante de uma empresa prestadora de serviço na planta.
Brigada - Termos e definições - Vítima
Vítima - pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de dano, lesão ou morte.
24 novembro 2020
17 setembro 2020
Só você pode valorizar o seu conhecimento ou passar a vida toda trabalhando de graça - Bombeiroswaldo
A direção da empresa chamou o Alemão, ele
chegou e examinou a máquina por alguns minutos, pegou em uma chave de fendas e
apertou um parafuso.
Olhou para os diretores e disse:
-
Pronto!
Está
funcionando perfeitamente.
Os Diretores perguntaram:
-
Quanto ficou o serviço?
O Alemão respondeu:
-
Ficou por 1000,00.
Você está maluco só apertou um
parafuso disse o Diretor!!!
-
Nós queremos um relatório por escrito do que foi feito na máquina.
RELATÓRIO:
Apertar
um parafuso --------------------- 1,00
Saber qual parafuso apertar
------- 999,00
Total do serviço ------------------
1.000,00
MORAL DA HISTÓRIA:
Só você pode valorizar o seu conhecimento ou
passar a vida toda a trabalhar de graça.
As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos - Silos - Trabalhos mais perigosos no Brasil - Gases tóxicos em silos - Acidentes em traders de grãos - Normas de segurança em silos - Mortes em silos em outros países - Trabalhadores responsabilizados pelos acidentes - Filhos traumatizados pela morte
As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos
Efeito “areia movediça” é um dos principais causadores de mortes em silos carregados de grãos
Os
ajudantes, Edgar Jardel Fragoso Fernandes, de 30 anos, e João de Oliveira Rosa,
de 38, iniciavam o expediente na Cooperativa C. Vale, em São Luiz Gonzaga (RS),
quando foram acionados para desentupir um canal de um armazém carregado de
soja.
Era
abril de 2017, quando a colheita da oleaginosa confirmava as previsões de que o
Brasil atingiria a maior safra de sua história.
Enquanto
tentavam desobstruir o duto caminhando sobre os grãos, os dois afundaram nas
partículas. Morreram asfixiados em poucos segundos, encobertos por várias
toneladas de soja.
Acidentes
como esse em armazéns agrícolas têm se tornado frequentes conforme o
agronegócio brasileiro bate sucessivos recordes – expondo um efeito colateral
pouco conhecido da modernização do campo.
Um
levantamento inédito feito pela BBC News Brasil revela que, desde 2009, ao
menos 106 pessoas morreram em silos de grãos no país, a grande maioria por
soterramento.
Cada
vez mais comuns nas paisagens rurais do país, silos são grandes estruturas
metálicas usadas para armazenar grãos, evitando que estraguem e permitindo que
vendedores ganhem tempo para negociá-los.
Foram contabilizados apenas casos noticiados pela imprensa, o que, segundo especialistas, indicam que as ocorrências sejam ainda mais numerosas, pois nem todas as mortes são divulgadas.
O
ano com mais acidentes fatais foi 2017, quando houve 24 mortes, alta de 140% em
relação ao ano anterior. Em 2018, houve 13 ocorrências até julho – sinal de que
as mortes devem manter-se no mesmo
patamar de 2017, considerando-se o histórico de distribuição das ocorrências ao
longo do ano.
Os Estados que tiveram mais casos são os mesmos que lideram o ranking de produção de grãos: Mato Grosso (28), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9). Houve mortes em 13 Estados distintos, em todas as regiões do país.
Sorriso
(MT), o município brasileiro com maior valor de produção agrícola – R$ 3,2
bilhões em 2016, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) – foi também o que registrou mais mortes em silos, empatado com a
também mato-grossense Canarana, com sete casos cada.
Trabalhos mais perigosos
no Brasil
"Os
dados são estarrecedores", diz à BBC News Brasil Idelberto Muniz de
Almeida, professor de Medicina do Trabalho da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) em Botucatu.
Segundo
ele, o levantamento indica que o trabalho em silos está entre as atividades com
mais acidentes fatais no país, depois das profissões sujeitas a mortes no
trânsito.
Mortes mais comuns em silos ocorrem quando o trabalhador afunda na massa de grãos e é asfixiado
Não
há estatísticas oficiais precisas sobre mortes em armazéns de grãos no Brasil.
Quando trabalhadores sofrem acidentes, cabe ao empregador informar a ocorrência
ao Ministério da Previdência Social. No formulário de notificações, porém, não
há um código para armazéns agrícolas, englobados pela categoria mais abrangente
de "depósitos fixos".
Segundo
o ministério, o setor de armazenagem, que inclui o trabalho em silos de grãos,
mas também em vários outros tipos de armazéns, tiveram 11,13 mortes a cada 100
mil trabalhadores em 2016, último ano com dados disponíveis. O índice deixa o
setor entre os 25% campos econômicos mais mortíferos para trabalhadores no
Brasil.
Em
outro sistema de contagem, o Ministério Público do Trabalho – braço do
Ministério Público da União – registrou 14 mortes de trabalhadores por asfixia,
estrangulamento ou afogamento causados por cereais e derivados entre 2012 e
2017.
O
levantamento considera todas as mortes por acidente de trabalho em armazéns de
alimentos a granel (não empacotados) que foram noticiadas por veículos
jornalísticos.
Os casos foram pesquisados por meio de sites de busca, em mídias
sociais e no YouTube.
Mortes evitáveis
A
maioria dos acidentes em silos ocorrem quando medidas de prevenção não são
adotadas ou não funcionam de forma adequada, isso é, não são Supervisionadas.
"As
Normas e estratégias para evitar esses acidentes são amplamente conhecidas há mais
de 15 anos", então porque as ocorrências de vários casos em um mesmo em Estados
ou municípios indicam que simplesmente que "o poder público tem mostrado neutralidade"
diante do fenômeno.
Mato Grosso (28 mortes), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9) foram Estados com mais casos
Em
geral, soterramentos em silos matam em instantes. O trabalhador é asfixiado ao
afundar nos grãos e não consegue subir à superfície, como se fosse sugado por
uma areia movediça.
Na
maioria dos casos, ele é engolido ao caminhar sobre os grãos sem cordas de
segurança enquanto tenta movimentar as partículas para desobstruir dutos.
Os
grãos costumam se aglutinar quando há excesso de umidade, travando o
funcionamento do silo.
Em
outros casos, menos numerosos, o trabalhador é encoberto por uma avalanche de
grãos quando paredes do armazém colapsam, pondo em risco até quem está fora da
construção ou quando há grandes deslocamentos de partículas dentro da
estrutura.
Silos
podem ainda explodir se tiverem grande quantidade de pó de cereais, material
que se transforma em combustível quando em contato com superfícies muito
aquecidas ou faíscas.
Sobrevivente de acidente
em silo
Quando
é envolto pelos grãos, o trabalhador raramente sobrevive, por isso, quando
Anderson Rodrigo Reis começou a afundar em um monte de soja em um silo em
Paranapanema (SP), pensou que não escaparia.
"Gritei:
'pelo amor de Deus, me segura que estou indo para baixo e vou morrer, não estou
achando o chão, estou afundando, afundando!'".
Hoje
com 40 anos, Reis trabalhava desde 2014 na Cooperativa Agro Industrial Holambra
como ajudante geral, naquele dia, em julho de 2017, entrou no silo para ajudar
a carregar um caminhão. Foi quando um colega, diz, prendeu a perna na pilha de
grãos ao empurrar a soja para o canal que abastecia o veículo.
Quando massa de grãos está desnivelada no silo, esses deslocamentos podem soterrar trabalhadores em poucos segundos
"Puxei
ele, mas senti que a soja estava fofa e era melhor sair dali, ajudei ele a
tirar a botina e, quando estávamos saindo, afundei de vez."
Em
alguns segundos, diz o ajudante, os grãos chegaram à cintura. O colega tentava
puxá-lo pelos ombros, mas a pressão da soja sobre o corpo impedia que fosse
içado.
Quando
estava só com o pescoço para fora, seu pé tocou a borda de uma estrutura
metálica. Foi naquele ponto que o ajudante geral se apoiou por quase cinco
horas, até ser resgatado por uma equipe
de bombeiros.
Ele
diz que a pressão da soja o obrigava a respirar "bem devagarinho".
"Vai apertando como lata de sardinha; você não sente dor em apenas uma
parte do corpo, você sente dor em todo o corpo."
Reis
conta que, apesar da gravidade do acidente, a empresa relutou em esvaziar o
silo para facilitar o resgate, pois não queria perder dinheiro com o descarte.
Mas relata que os bombeiros insistiram e abriram uma fenda na lateral da
construção, permitindo que o nível de soja baixasse e ele fosse puxado.
O
ex-ajudante diz que conhecia os riscos do trabalho em silos e havia sido
treinado para a atividade. Ele sabia que, ao caminhar sobre a massa de grãos,
trabalhadores deveriam estar presos por cordas a um sistema de ancoragem.
Mas
afirma que, quando não havia técnicos de segurança no silo, como naquele dia,
os supervisores afrouxavam as regras para acelerar os trabalhos. Ele não vestia
cinto de segurança quando sofreu o acidente.
Desde
aquele episódio, Reis nunca mais conseguiu entrar em silos. Ele diz que pediu à
empresa para ser transferido a outros setores, mas que, nove meses depois do
acidente, foi demitido sem justificativas.
Procurada
pela BBC News Brasil, a Cooperativa Agro Industrial Holambra não quis comentar
o caso.
Anderson Rodrigo Reis diz que nunca mais conseguiu entrar em
silos após sobreviver ao acidente no silo
Gases tóxicos em silos
Bombeiro
em Sorriso (MT), um dos dois municípios que registraram mais mortes em silos
(7), o tenente Gustavo Souza já atendeu quatro casos de soterramentos em
armazéns. Em todos eles, não houve sobreviventes.
Ele
diz que, em alguns casos, o trabalhador cai nos grãos e é soterrado após passar
mal com gases tóxicos produzidos por sua fermentação.
Há
ainda casos em que as mortes são causadas unicamente pela inalação desses gases
– como em ocorrências registradas em Poços de Caldas (MG), Cachoeira do Sul
(RS) e Tangará da Serra (MT).
No
acidente em Tangará, em 2011, a vítima foi justamente um bombeiro que tentava
resgatar dois trabalhadores que haviam passado mal com gases tóxicos em um silo
com soja. O soldado Valmir Bezerra de Jesus desmaiou durante a operação e
passou 17 dias internado antes de morrer. Os dois trabalhadores sobreviveram.
As
normas de segurança em silos incluem o uso de sistemas de ventilação e de
detecção de gases tóxicos. Em situações extremas, trabalhadores só devem entrar
nas instalações com máscaras de oxigênio.
Souza
diz que resgatar trabalhadores nessas condições é uma das atividades mais
temidas entre seus colegas. "Se a gente não toma cuidado com nossa própria
segurança, também vira vítima."
Acidentes em traders de
grãos
O
levantamento mostra ainda que acidentes fatais ocorreram tanto em armazéns de
cooperativas (normalmente geridas por grupos de produtores rurais) e de
fazendas individuais quanto em silos de multinacionais que comercializam grãos,
conhecidas no setor como traders.
Foram
registradas mortes em armazéns das gigantes Cargill (4), Bunge (2) e Amaggi
(1).
Em
nota à BBC News Brasil, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais), que representa as três multinacionais, diz que os silos de todas as
propriedades e empresas ligadas à associação estão sujeitos a um rígido
controle de segurança, que inclui a identificação de riscos, medidas
preventivas e capacitação profissional.
Silos
que armazenavam milho e soja predominam entre os locais de acidentes fatais,
mas também houve mortes em armazéns de arroz, café, açúcar, ração animal e
feijão.
Vista aérea de fazendas no município de Sorriso (MT), líder no ranking nacional de produção agropecuária e de mortes em silos
Em
seis casos, os mortos não eram trabalhadores, e sim parentes que os
acompanhavam e jamais poderiam ter entrado nos silos.
Em
2017, uma mulher morreu soterrada em Alta Floresta (MT) enquanto levava um
prato de comida ao marido, que trabalhava ali. Dois anos antes, um menino de 8
anos foi soterrado quando brincava em um silo na fazenda dos avós, em Três
Lagoas (MS).
Desde
2015, outros dois meninos de 7 anos morreram soterrados em armazéns em Tangará
da Serra (MT) e Marechal Cândido Rondon (PR), e uma menina de 9 anos morreu
encoberta pela soja em Cerrito (RS).
Os
acidentes ocorrem em um momento em que o país amplia a quantidade de armazéns
agrícolas para acompanhar o aumento na produção.
Entre
2000 e 2016, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a
capacidade de armazenagem de grãos no país cresceu 80%, favorecida em grande
medida por linhas de crédito públicas.
Apesar
do aumento, a companhia diz que a capacidade de armazenamento do Brasil
precisaria crescer mais 48% para cobrir toda a produção atual.
Procurador do Trabalho diz que faltam auditores para fiscalizar armazéns agrícolas em Mato Grosso
Normas de segurança em
silos
As
recorrentes mortes em silos no Paraná, segundo Estado com mais registros (20),
mobilizaram o Ministério Público do Trabalho (MPT) local.
No
segundo semestre de 2017, o escritório do MPT em Londrina, que atua em 70
municípios, pediu a todas as empresas com silos informações sobre o cumprimento
da norma 33 do Ministério do Trabalho, que rege as atividades em ambientes
confinados – categoria que inclui o trabalho em armazéns de grãos.
A
norma contém quase uma centena de orientações para prevenir acidentes nesses
espaços, entre as quais proibir o acesso de pessoas não treinadas, testar com
frequência os equipamentos de segurança e realizar simulações de salvamento.
O
procurador do Trabalho Marcelo Adriano da Silva diz à BBC News Brasil que, a
partir das informações levantadas, o órgão pedirá às empresas que se adequem à
norma ou entrará com uma ação civil pública para cobrá-las na Justiça a seguir
as regras.
Douglas
Nunes Vasconcelos, procurador do Trabalho em Mato Grosso, Estado que lidera o
ranking de ocorrências (28), atribui as mortes a falhas na fiscalização por
parte do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ele
afirma que os auditores do ministério responsáveis por fiscalizar os silos são
insuficientes – e que a carência se agravou com os cortes orçamentários dos
últimos anos.
Segundo
o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais, o número de profissionais na ativa
é o menor dos últimos 20 anos: há hoje 2.305 auditores-fiscais em todo o país,
e 1.339 cargos estão vagos.
Trabalho em silos se intensifica no período de colheita de grãos; em 2017, safra atingiu níveis recordes
Em
Mato Grosso, auditores baseados em Rondonópolis e Cuiabá são responsáveis por
fiscalizar uma área tão extensa quanto a Venezuela.
O
procurador diz ainda que, como o trabalho em silos é sazonal, muitas empresas
costumam terceirizar os serviços, recorrendo a trabalhadores temporários e sem
treinamento adequado.
"Tentamos
cobrar as empresas, mas nossa perna é curta", afirma. No escritório do MPT
em Sinop (MT), onde ele atua, há dois procuradores. A unidade é responsável
pelo norte mato-grossense, região com grande produção agropecuária.
Procurado
pela BBC News Brasil no dia 1° de agosto, o Ministério do Trabalho não quis
indicar um representante para uma entrevista sobre as mortes em silos.
O
órgão disse em nota que o número de empresas fiscalizadas em setores que
utilizam armazéns agrícolas (como comércio atacadista de soja, moagem de trigo
e beneficiamento de arroz) passou de 35, em 2016, a 713, em 2017. Em 2018,
segundo a pasta, já houve 607 empresas inspecionadas.
Questionado
sobre as críticas do procurador de Mato Grosso, o ministério disse que há hoje
15 silos e armazéns interditados por condições inadequadas naquele Estado.
Afirma,
porém, que "muitos dos armazéns (em Mato Grosso) estão localizados em
zonas rurais (...), o que dificulta a inspeção in loco".
"Devido
ao tamanho do Estado, é pensado também em outras formas de intervenção para
potencializar as adequações, somando-se as inspeções físicas, tais como
reuniões com os empregadores, notificação coletiva e ações fiscais
indiretas", afirma.
Ruptura de parede de silo foi um dos tipos de acidente em armazéns de grãos que provocaram mortes no Brasil na última década
Mortes em silos em outros
países
Nos
Estados Unidos, país com capacidade de armazenamento de grãos quase quatro
vezes superior à brasileira, houve 23 mortes por soterramento em silos em 2017,
segundo um estudo da Purdue University.
Até
os anos 1970 e 1980, a maioria de mortes em silos nos EUA ocorria quando as
unidades explodiam. Normas federais de segurança adotadas a partir de 1988
reduziram drasticamente essas ocorrências, mas as mortes anuais por
soterramento continuaram na casa dos dois dígitos.
Naquele
país, silos construídos em fazendas, que concentram boa parte dos acidentes,
não são obrigados a seguir as normas federais de segurança – regalia atribuída
à influência do lobby agrícola na política americana.
Na
Argentina, outro país com grande produção de grãos, mortes em armazéns também
são frequentes. Em 1985, a explosão de um silo na cidade portuária de Bahía
Blanca matou 22 pessoas e gerou comoção nacional.
Na
China, um dos acidentes mais recentes em silos, ocorrido em 2017 na província
de Shandong, causou seis mortes – lá, uma avalanche de grãos encobriu os
trabalhadores.
João Fragoso Fernandes (à esq.) com o irmão Edgar, morto num silo em São Luiz Gonzaga (RS), em 2017
Trabalhadores
responsabilizados pelos acidentes
Irmão
de Edgar Jardel Fragoso Fernandes, um dos trabalhadores soterrados no silo da
C. Vale em São Luiz Gonzaga (RS), em 2017, o comerciante João Teófilo Fragoso
Fernandes diz que o cumprimento de normas de segurança teria evitado as mortes.
Um
laudo de auditores do trabalho após a ocorrência constatou o descumprimento de
27 regras de segurança na ocasião.
Entre
as falhas citadas estavam a falta de capacitação dos profissionais, jornadas
excessivamente longas e a inadequação dos equipamentos de segurança. Segundo o
laudo, o silo não tinha qualquer sistema de ancoragem por cordas que impedisse
o afundamento dos trabalhadores na massa de soja – item indispensável para a
realização da atividade.
O
documento diz que a cooperativa "culpou apenas os trabalhadores
acidentados pela ocorrência, afirmando que eles não usavam cintos de segurança
e não seguiram os procedimentos".
Os
auditores afirmam, porém, "que não teria como haver a utilização de cintos
de segurança sem pontos de ancoragem adequadamente projetados e
instalados".
A cooperativa teve o silo interditado após o acidente.
Filhos traumatizados pela
morte
Quinze
anos mais velho que o irmão, Fernandes diz que o tratava como um filho.
"Eu criei esse rapaz. Somos de família humilde – nosso pai era pedreiro,
passamos por muita luta e desde cedo aprendemos a trabalhar."
Edgar
tinha um casal de gêmeos, hoje com 13 anos, e ajudava a criar os outros dois
filhos de sua esposa.
O
irmão diz que os gêmeos estão traumatizados. "Parece que não caiu a ficha,
que ainda não entenderam a realidade de que não têm mais o pai. Chega a correr
água dos olhos, parece que o menino está hipnotizado."
Fernandes
conta que o ajudante "era um guri cheio de planos", entre os quais
fazer faculdade e prestar concurso para policial.
Não
foi o primeiro acidente fatal em silos da C. Vale. Em 2011, outro trabalhador
morreu soterrado por grãos de soja em uma unidade da cooperativa em Guarapuava
(PR).
Silos da C. Vale em São Luiz Gonzaga (RS), onde dois trabalhadores morreram soterrados em 2017
A
C. Vale enviou uma nota à BBC News Brasil dizendo que, nos dois casos, os
acidentados eram funcionários terceirizados e haviam passado "pelos
devidos treinamentos para trabalho em espaços confinados, com o recebimento de
todos os equipamentos de proteção individual necessários ao desempenho das
atividades".
A
cooperativa não respondeu, no entanto, por que tantas falhas de segurança foram
detectadas no laudo do Ministério do Trabalho. Diz ter atendido
"prontamente a todas as solicitações do agente ministerial, não tendo sido
instaurado contra si qualquer procedimento disciplinar até o presente
momento".
A
família está processando a C. Vale. Fernandes diz que, mais do que uma
indenização, os parentes querem que o episódio seja esclarecido.
O
comerciante afirma ter ficado indignado com o argumento da cooperativa de que
Edgar foi desleixado no momento do acidente – segundo ele, seu irmão nunca
reclamava de trabalhar e estava havia várias semanas sem folga.
"Meu
irmão morreu num domingo às três da tarde. Quantas pessoas estão dispostas a
trabalhar num domingo? Isso já diz muito sobre ele."
Fonte: BBC News Brasil