01 abril 2022

Investigação científica - Sistema de Gestão da Segurança contra Incêndio e Pânico nas Edificações

 

A pesquisa surge como uma necessidade premente de aprofundarmos os procedimentos rotineiros, a fim de adaptá-las às situações que a nova realidade social apresenta.

 

Esta definição está correta, e talvez Cunha (1995) foi o único autor no Estado que, naquela época, manifestou de forma escrita este importantíssimo enfoque, a investigação científica.

 

Em nenhum momento nas legislações que deram esta atribuição aos Corpos de Bombeiros Militares houve a interpretação da investigação como elaboradora de laudos periciais com vistas a subsidiar o Poder Judiciário na persecução criminal, e sim, contém cunho adaptativo ao modelo gerencial de gestão pública para obtenção de resultados satisfatórios para a sociedade, como assevera Silveira (2006):

 

Garantir a segurança e a tranqüilidade das pessoas faz com que as legislações de prevenção e proteção contra incêndio necessitem de constante atualização e isso só pode ser feito com base em pesquisas que tenham o máximo embasamento técnico e científico possível.

 

Bauer (1999) diz que a investigação científica permite ao cientista, ou neste caso ao administrador, perceber o quanto os resultados estão bem direcionados ao encontro das normativas de natureza social, econômica, política, cultural, entre outras que não podem ser desconsideradas. Afirma ainda que "caso contrário, arrisca-se o cientista a corroborar para a legitimação de circunstâncias sociais moralmente condenáveis, sob o pretexto de serem elas naturais".

 

Em suma, a investigação de incêndio em sentido amplo, é, portanto, uma atividade indispensável para a concretização do ciclo de melhoria contínua da segurança contra incêndio, e assim sairmos do empirismo, como defende F. W. Taylor em sua teoria de administração científica, pela qual a sociedade será a maior beneficiada, com a consequente prosperidade do serviço público em SCIE.




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