Algumas
observações:
Evento de “El Niño” e “La Niña” tem uma tendência a se
alternar cada 3 - 7 anos. Porém, de um evento ao seguinte o intervalo pode mudar
de 1 a 10 anos;
As intensidades dos eventos variam bastante de caso a
caso. O “El Niño” mais intenso desde a existência de "observações" de
TSM ocorreu em 1982-83 e 1997-98.
Algumas vezes, os eventos “El Niño” e “La Niña” tendem
a ser intercalado por condições normais. Como funciona a atmosfera durante uma
situação normal e durante uma situação de “El Niño”?: “El Niño” resulta de uma
interação entre a superfície do mar e a baixa atmosfera sobre o oceano Pacifico
tropical. O inicio e fim do “El Niño” e determinado pela dinâmica do sistema
oceano-atmosfera, e uma explicação física do processo é complicada para que o
leitor possa entender um pouco sobre isso, propõe-se um "modelinho
simples", extraído do livro “El
Niño e você”, de Gilvan Sampaio de Oliveira.
1) Imagine uma piscina (obviamente com água dentro),
num dia ensolarado;
2) Coloque numa das bordas da piscina um grande
ventilador, de modo que este seja da largura da piscina;
3) Ligue o ventilador;
4) O vento irá gerar turbulência na água da piscina;
5) Com o passar do tempo, você observará um
represamento da água no lado da piscina oposto ao ventilador e até um desnível,
ou seja, o nível da água próximo ao ventilador será menor que do lado oposto a
ele, e isto ocorre pois o vento está "empurrando" as águas quentes
superficiais para o outro lado, expondo águas mais frias das partes mais
profundas da piscina.
É exatamente isso que ocorre no oceano Pacífico sem a presença do “El Niño”, ou seja, é esse o padrão de circulação que é observado. O ventilador faz o papel dos ventos alísios e a piscina, é claro, do oceano Circulação observada no oceano Pacífico equatorial em anos sem a presença do “El Niño” ou “La Niña”, ou seja, anos normais.
A célula de circulação com
movimentos ascendentes no Pacífico central e ocidental e movimentos
descendentes no oeste da América do sul e com ventos de leste para oeste
próximos à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em
altos níveis da troposfera é a chamada célula de “Walker”. No oceano Pacífico,
pode-se ver a região com águas mais quentes representadas pelas cores
avermelhadas e mais frias pelas cores azuladas. Pode-se ver também a inclinação
da termoclima, mais rasa junto à costa oeste da américa do sul e mais profunda
no Pacífico ocidental. Figura gentilmente cedida pelo Dr. Michael McPhaden do
“Pacific Marine Environmental Laboratory” (PMEL)/NOAA, Seattle, Washington,
EUA.
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