22 maio 2020

TÍTULO IX - INTOXICAÇÕES ALIMENTARES - CID – 005 - CODAR – HB. AIA/CODAR 23.209 - Caracterização - Mecanismo de Transmissão - Medidas Preventivas


INTOXICAÇÃO ALIMENTAR PROVOCADA PELO VIBRIO PARAHEMOLYTICUS CID– 005.4


1. Caracterização

O quadro clínico típico desta doença é de gastroenterite caracterizada pela diarréia aquosa, com cólicas abdominais, que podem ser acompanhadas de náuseas, vômitos, febre e dorde-cabeça (cefaléia).

Ocasionalmente ocorre um quadro disentérico, com uma incubação de 12 a 24 horas e uma duração de 1 a 7 dias. Raramente ocorre septicemia e morte.

O diagnóstico é confirmado pelo isolamento do Vibrio parahemolyticus – o agente infeccioso – nas fezes.


2. Mecanismo de Transmissão

Os casos de intoxicação ocorrem durante os meses de calor, em países com hábitos de consumo de peixes crus. Os microorganismos causadores da afecção, durante a estação fria, são encontrados nos sedimentos marinhos e, durante a estação quente, em águas litorâneas, peixes e crustáceos.

Para que atinja o nível de infectividade, é necessário que os microorganismos se multipliquem até atingir níveis de milhões de vibriões por milímetro cúbico. Esta multiplicação só ocorre em níveis de temperatura propícios e é inibida pela acidificação do meio.


3. Medidas Preventivas

Não ocorre proliferação em alimentos marinhos, crus ou cozidos, desde que mantidos em congeladores, em temperaturas inferiores a 4 graus centígrados, ou em estufas, em temperaturas superiores a 64 graus centígrados. 

A acidulação do meio com vinagre (ácido acético) dificulta a proliferação.

Há que evitar a mistura de alimentos marinhos crus e cozidos, para impedir a contaminação.

Os manipuladores de alimentos de produtos marinhos devem ser muito bem orientados, quanto às medidas preventivas.

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