INTOXICAÇÃO
ALIMENTAR ESTAFILOCÓCICA (CID – 005.0)
1..
Caracterização
Intoxicação de início
súbito e às vezes violento, com náuseas intensas, cólicas, vômitos, diarréia e
prostração, normalmente com hipotermia e acentuada hipotensão arterial. São
raros os casos fatais e a doença cura, habitualmente, em 1 ou 2 dias. Mas a
intensidade dos sintomas pode motivar casos esporádicos de internação.
O diagnóstico é facilitado
pela ocorrência simultânea de vários casos com sintomas agudos de
gastroenterite e pelo breve intervalo entre a ingestão de alimento e o
desencadeamento dos sintomas.
O isolamento de um grande número de estafilococos
produtores de enterotoxina, no conduto gástrico, fezes ou alimento suspeito,
confirma o diagnóstico.
2.
Agente Tóxico
Várias enterotoxinas
produzidas por estafilococos, que se mantêm estáveis à temperatura de ebulição.
Os estafilococos multiplicam-se nos alimentos, produzindo as toxinas causadoras
da intoxicação.
a)
Reservatório
Na maioria dos casos é o
homem e, ocasionalmente, vacas com úberes infectados.
b)
Mecanismo Causal
Ingestão de alimento
contendo toxina de estafilococos. Os alimentos mais envolvidos são produtos de
confeitaria e pastelaria, pudins, saladas, molhos, sanduíches, carnes em
fatias, embutidos de carne, alimentos enlatados. Os estafilococos
multiplicam-se nestes alimentos, quando permanecem à temperatura ambiente, por
várias horas, antes de serem consumidos. Os estafilococos produtores das
enterotoxinas podem ser de origem humana e procedentes de secreções oculares
purulentas, de acnes, de panariços, abscessos ou rinites, ou de origem bovina,
por intermédio do leite contaminado. O período de incubação varia entre 1 e 6
horas. c) Distribuição
É
a mais difundida das intoxicações alimentares no Brasil.
3.
Medidas Preventivas
- Exclusão temporária de
pessoas com infecções estafilocócicas cutânea, oftálmicas e respiratórias da
manipulação de alimentos.
- Educação Sanitária de
manipuladores de alimentos sobre asseio corporal, higiene alimentar, limpeza
das cozinhas, conservação de alimentos, limpeza das mãos e das unhas e riscos
representados pelas infecções oculares, cutâneas e respiratórias.
- Conservação de alimentos
perecíveis deve ser em temperaturas abaixo de 4 graus centígrados ou acima de
64 graus centígrados.
- Fervura ou pasteurização
do leite.
- Incremento das
atividades de Vigilância Epidemiológica, objetivando caracterizar as fontes
intoxicantes e os mecanismos de ocorrência e as atividades de Vigilância
Sanitária, com o objetivo de reduzir os riscos de intoxicação.
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