4.
Medidas Preventivas
a)
Educação Sanitária
A educação sanitária é,
sem nenhuma dúvida, a mais importante atividade relacionada com a prevenção da
SIDA/AIDS. Toda a população do país deve ser informada, educada e
conscientizada sobre os riscos relacionados com esta gravíssima pandemia, que
poderá se caracterizar como o maior desastre de causa humana, nas décadas
iniciais deste terceiro milênio.
Há que debater os
mecanismos de transmissão, as condutas de risco, as estreitas interações com o
uso de drogas injetáveis e a importância das medidas preventivas e da
preservação da saúde, na redução dos riscos inerentes a esta doença.
Todos os sistemas de
ensino, público e privado, regular e complementar, devem participar ativamente
nas atividades de esclarecimento sobre o assunto, que deverá ser
obrigatoriamente debatido, nas reuniões de pais e mestres.
No entanto, esta atividade
educativa não deve se restringir às escolas, mas envolver todos os Núcleos
Comunitários de Defesa Civil, todas as penitenciárias, todas as instituições de
saúde e de promoção social, todos os clubes de serviços, todos os sindicatos,
todas as associações de moradores, todas as ONGs.
O papel dos voluntários e
da assistência médica domiciliar às famílias dos pacientes contaminados cresce
de importância e deve ser incentivado, em todos os municípios brasileiros.
Nesta área, a cooperação
da imprensa escrita, falada e televisionada assume uma importância capital e a
internet deve ser abundantemente utilizada.
A SIDA/AIDS não será
vencida pelo governo, nem pelo Sistema Único de Saúde, nem pelos médicos e
educadores, mas por toda a nação brasileira.
O ONAIDS – Órgão das
Nações Unidas responsável pela articulação do combate à AIDS, em nível
internacional – realizou um inquérito em 17 países e concluiu que o jovem
brasileiro é o mais bem informado do mundo sobre assuntos relacionados com esta
terrível pandemia. No entanto, não há que dormir sobre os louros. Apesar da
redução do número de casos novos, apesar da redução de mortalidade, em números
relativos, o número bruto é inaceitável: 903 (novecentos e três) brasileiros
morreram, em conseqüência desta terrível doença, entre janeiro e agosto do ano
2000.
A luta está apenas começando!
b)
Proteção de Grupos Vulneráveis
Sem dúvida nenhuma,
promover o sexo seguro, o uso de preservativos e garantir o tratamento
gratuito, com o coquetel inibidor da proliferação do vírus para todos os
infectados é de capital importância e é motivo de orgulho registrar a posição
pioneira do Brasil nestas atividades.
No entanto, o trabalho
objetivando a proteção dos grupos vulneráveis é de capital importância.
Dentre
os grupos a serem protegidos, há que destacar:
- os jovens;
- as mulheres;
- os recém-nascidos;
- os usuários de drogas
injetáveis;
- as prostitutas e
prostitutos;
- os homossexuais;
- os presidiários;
- os pacientes que
dependem de transfusões de sangue e de produtos fracionados.
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