23 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS VOLUME II - Situação do Brasil - É absolutamente indispensável que os brasileiros assumam definitivamente sua real identidade


5. Situação do Brasil

No Brasil, houve perseguição religiosa, durante o século XVIII. Está comprovado que representações do “Tribunal do Santo Ofício” (Inquisição) chegaram a atuar nas cidades de Recife, Olinda e Salvador.

Da mesma forma que todas as demais nações do mundo, o Brasil envolveu-se em conflitos ideológicos, que se estenderam por mais de 60 (sessenta) anos, a partir da década de 20 (vinte).

Nos dias atuais, não existem conflitos e nem perseguições, mas persistem os preconceitos sociais, religiosos, raciais e ideológicos, e compete à sociedade brasileira esforçarse por atenuá-los, até que desapareçam de nossa convivência diária.

O preconceito racial, decididamente, não tem sentido de existir numa nação onde a imensa maioria da população é constituída de pessoas que resultam da intensa miscigenação que ocorreu entre índios, europeus e africanos e que continua ocorrendo, nos dias atuais, com a participação dos povos orientais que migraram para o Brasil.


É absolutamente indispensável que os brasileiros assumam definitivamente sua real identidade e se orgulhem ao constatar que este País de dimensões continentais será muito brevemente:

“A primeira nação de cafuzos, mulatos e mamelucos bem sucedidos do mundo”.

Os povos brasileiros, que se imaginam “raça pura”, têm que entender que vivem numa nação de povos miscigenados e compreender que neste País está se formando uma “democracia racial” absolutamente convicta das virtudes da heterose, que permitiu a formação de um povo bonito, tolerante, cordial, saudável, inteligente, sensível, alegre e feliz.

As imensas vantagens do ecumenismo e do sincretismo religioso e cultural estão sendo absolutamente comprovadas pela sociedade brasileira. 

Os brasileiros, mesmo quando se dizem ateus, são profundamente bondosos e religiosos. Aqui não é importante a forma pela qual as pessoas acreditam em Deus, porque “Deus acredita no Brasil e ama a todos os brasileiros, por suas virtudes intrínsecas, que independem das religiões que professam”. 

Nestas condições, aqui não existe palco ou cenário para lutas religiosas, buscando forçar a população a abraçar e professar uma determinada fé. Ao contrário, aqui existe a convicção de que o “povo de Deus” é aquele que convive harmoniosamente com todos os credos e religiões.

É muito provável que os espíritas que identificam o Brasil, por sua tolerância religiosa e por sua profunda religiosidade intrínseca, como o “coração do Mundo e a pátria do Universo” tenham toda razão.

No que diz respeito à ideologia, é absolutamente indispensável que o povo brasileiro se auto-identifique como um povo “único no universo” e se orgulhe desta condição. 

É indispensável que o Brasil procure assumir uma posição de liderança absolutamente positiva, no concerto das nações, e que busque com determinação valorizar o respeito à soberania, à autodeterminação entre as nações e à convivência absolutamente pacífica entre grupos sociais, étnicos e religiosos.

Ao invés de copiarmos modismos culturais de outros países, é necessário que os brasileiros se compenetrem na imensa responsabilidade que têm para com este mundo conturbado e, a partir daí, liderem um movimento que difunda a cordialidade, a concórdia e o solidarismo, que caracterizam a “maneira brasileira de conviver”.

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