São Floriano
Afresco de São
Floriano
Nascimento: Século III em Alemanha
Morte: ca. 303 em Rio Enns, atualmente na Áustria
Veneração por: Toda a Igreja Católica; Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica
4 de maio
Atribuições
Aparece como um oficial romano ou um soldado; um jarra de
água; jogando água sobre o fogo; invocado contra o fogo, enchentes e
afogamento.
Padroeiro
São Floriano é o santo da Igreja Católica considerado
padroeiro dos bombeiros e dos limpadores de chaminés e protetor das pessoas
envolvidas em incêndios. Sua festa é comemorada no dia 4 de maio.
Vida
São Floriano nasceu provavelmente no começo do século III
d.C., sob o reino do imperador romano Diocleciano. Consta que ele era um
oficial romano em uma das legiões estacionadas na Europa, provavelmente na
região da moderna Áustria. Ele era cristão e era administrador militar da
província de Nórica. Viveu boa parte da vida na cidade de Mantém, próxima a
Kems, na atual Alemanha. Seu oficial superior era Aquilino, comandante da legião
romana no vale do rio Danúbio, onde existiam muitos soldados. O mais antigo
registro histórico sobre São Floriano foi encontrado num documento de doação de
terras que data do século VIII, onde o presbítero Reginolfo oferecia para a
Igreja Católica algumas propriedades de terras, entre elas, "as do lugar
aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".
A igreja cristã em seus primórdios se espalhou rapidamente
pelo Império Romano em especial por suas vias de circulação e também por seus
soldados. O fato de ficarem estacionados em regiões distantes de Roma devido às
conquistas fazia com que os ensinamentos cristãos chegassem aos confins remotos
do império. Muitos mártires cristãos foram do exército romano.
No século III, o imperador Diocleciano, um governante de
grande energia, inteligência e habilidade, tornou-se super seguidor dos
cristãos. Com o auxílio do genro Galério, ele iniciou prisões, torturas e
expediu um decreto que proibia qualquer culto cristão e exigindo que qualquer
livro religioso fosse destruído. A perseguição foi estendida também para as
legiões, onde os soldados não podiam professar sua fé, sendo obrigados a jurar
fidelidade ao imperador e aos seus ídolos sob pena de morte. No entanto, muitos
militares foram executados por não terem acatado às ordens de Diocleciono,
inclusive Floriano, que, junto com quarenta companheiros, foi sentenciado à
morte por Aquilino. Os soldados tinham se apresentado ao comandante para
comunicar que eram cristãos e que não poderiam mais servir ao imperador, o que os
levou à prisão. Nenhum dos quarenta presos, nem Floriano, renunciou a fé
cristã. Por conta disso, todos eles foram sentenciados à morte, com uma pedra
amarrada no pescoço e atirados ao rio Enns, tendo sido executados em 4 de maio
de 304. Seu corpo acabou sendo resgatados por cristãos mais abaixo no rio.
Sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo
Martirológio Romano no século VIII, que manteve esta data para a festa
litúrgica. No local da sua sepultura construíram um convento da Ordem dos Beneditinos.
Mais tarde, passou para as mãos da Ordem dos Agostinianos, que difundiram a sua
memória e a de seus companheiros. Seu culto se popularizou rapidamente na
Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção em
especial contra as inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do
tempo São Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos
bombeiros.
Diz-se que devido aos constantes incêndios que sempre
assolaram as modestas construções, Floriano teria criado um pequeno
destacamento de legionários para permanentemente lutar contra o fogo. O nome
deste grupamento de homens ficou conhecido como combatentes do fogo. Há uma
lenda que diz que uma noite um grande incêndio destruía parte da vila que
administrava e que ao rogar ajuda a Deus, com um único balde, ele teria acabado
com o fogo.
Em 1138, seus restos mortais foram enviados de Roma pelo
Papa Lúcio III para o rei Cassimiro da Polônia e para o bispo de Cracóvia, já
que São Floriano tinha sido indicado como padroeiro da Polônia e de Linz, no
norte de Áustria.
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