HEMORRAGIA
É
o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos ou das cavidades do coração,
podendo provocar estado de choque e óbito. A hemorragia pode ser externa ou
interna.
Classificação
clínica
Hemorragia
externa: ocorre devido a ferimentos abertos, onde o sangue é eliminado para o
exterior do organismo.
Sinais
e sintomas de hemorragia externa:
-
agitação;
-
palidez;
-
sudorese;
-
pele fria;
-
pulso acelerado e fraco (acima de 100 bpm);
-
hipotensão;
-
sede;
-
fraqueza;
-
alteração do nível de consciência;
-
estado de choque.
Hemorragia
interna: ocorre quando há lesão de um órgão interno e o sangue se acumula em
uma cavidade do organismo, como: peritônio, pleura, pericárdio, meninges ou se
difunde nos interstícios dos tecidos. Geralmente não é visível.
Sinais
e sintomas de hemorragia interna
Podem
ser os mesmos encontrados na hemorragia externa, e, ainda:
-
contusões;
-
dor abdominal;
-
rigidez ou flacidez dos músculos abdominais;
-
eliminação de sangue através dos órgãos que se comunicam com o exterior, como:
nariz e/ou pavilhão auditivo, vias urinárias, vômito ou tosse com presença de
sangue.
Classificação
anatômica
-
Arterial: quando o vaso atingido é uma artéria, caracteriza-se por hemorragia
que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo; a perda de sangue é
rápida e abundante.
-
Venosa: quando o vaso atingido é uma veia, caracteriza-se por hemorragia na
qual o sangue sai de forma contínua, na cor vermelho escuro, podendo ser
abundante.
-
Capilar: quando o vaso atingido é um capilar, o sangue escoa lentamente,
normalmente numa cor menos viva que o sangue arterial.
Técnicas
utilizadas no controle de hemorragias
1.
Pressão direta sobre o ferimento.
2.
Elevação de membro.
3.
Compressão dos pontos arteriais.
Observação:
em casos de amputação traumática, esmagamento de membro e hemorragia em vaso
arterial de grande calibre, devemos empregar a combinação das técnicas de controle
de hemorragia.
Pressão
direta sobre o ferimento
Coloque
sua mão enluvada diretamente sobre o ferimento e aplique pressão apertando o
ponto de hemorragia; a pressão da mão poderá ser substituída por um curativo
(atadura e gaze), que manterá a pressão na área do ferimento. A interrupção
precoce da pressão direta ou retirada do curativo, removerá o coágulo
semi-formado, reiniciando a hemorragia.
Elevação
de membro
Eleve
o membro de modo que o ferimento fique acima do nível do coração. Essa técnica pode
ser usada em conjunto com a pressão direta nas hemorragias de membro superior
ou inferior.
Os
efeitos da gravidade vão ajudar a diminuir a pressão do sangue, auxiliando no
controle da hemorragia. Essa técnica não deve ser empregada quando houver
suspeita de fratura, entorse ou luxação.
Compressão
dos pontos arteriais Comprima a artéria que passe rente a uma superfície do
corpo próximo a uma estrutura óssea .
O
fluxo de sangue será diminuído, facilitando a contenção da hemorragia
(hemostasia). Essa técnica deverá ser utilizada após a pressão direta ou quando
a pressão direta com elevação do membro tenham falhado.
No
membro superior, o ponto de compressão é a artéria braquial (próxima ao
bíceps), conforme figura; e no membro inferior é a artéria femural (próxima à
virilha).
Tratamento
pré-hospitalar:
-
exponha o local do ferimento;
-
efetue hemostasia;
-
afrouxe roupas;
-
previna a perda de calor corporal;
-
não dê nada para o paciente comer ou beber;
-
ministre oxigênio suplementar, se necessário;
-
estabilize e transporte o paciente.
Observação:
a primeira técnica a ser empregada em hemorragias visíveis é pressão direta
sobre o ferimento.
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