2.
Dados Epidemiológicos
O agente infeccioso é o
meningococo da espécie Neisseria meningitidis, que se caracteriza
microscopicamente como um diplococo intracelular que, corado pelo método de
Gram, caracteriza-se como grau-negativo.
Os tipos sorológicos mais
freqüentes nos surtos epidêmicos são os dos grupos A, B e C. O único
reservatório de importância epidemiológica é o homem.
O mecanismo de transmissão
mais freqüente é a inalação de gotículas de secreções nasofaríngeas de pessoas
infectadas, especialmente de portadores inaparentes. Na maioria das vezes, a
infecção causa uma nasofaringite aguda ou uma infecção subclínica das mucosas.
Uma invasão suficiente
para provocar uma doença sistêmica é comparativamente rara.
Durante surtos
epidemiológicos, em quartéis, pode-se comprovar que mais de 50% dos efetivos
são portadores assintomáticos de meningococos, sem apresentarem sintomas clínicos.
O período de incubação
varia entre 2 e 10 dias, com maior prevalência entre 3 e 4 dias. A
transmissibilidade se mantém enquanto os meningococos estiverem presentes nas
secreções nasofaríngeas e desaparecem após 24 horas de tratamento com
sulfonamidas.
A suscetibilidade às
doenças clínicas é relativamente baixa e parece estar relacionada a
deficiências na formação do complemento.
A distribuição das
meningites endêmicas e epidêmicas é geral e ocorre no mundo inteiro, tanto em
áreas urbanas, como em áreas rurais.
Embora a infecção subclínica ocorra
principalmente em crianças pequenas, os quadros clássicos ocorrem
preferentemente entre crianças maiores e adultos jovens do sexo masculino. Os
surtos em quartéis não são infreqüentes.
No Brasil, os principais
surtos, a partir de 1974, foram provocados pelos tipos A e C.
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