TÉCNICA DE RETIRADA DO CAPACETE:
Geralmente as vítimas conscientes
não se encontram com capacete na cena do acidente por três razões:
. Uso inadequado do capacete por
não usar a jugular ou tamanho inadequado;
. A vítima consciente retira o
mesmo por causa do incomodo;
. As pessoas leigas na cena do
acidente com intenção de ajudar retiram o capacete da vítima.
A técnica consiste em retirar o
capacete de um motociclista no local do acidente. Para tanto temos que
considerar a posição que a vítima se encontra. A vítima pode estar, de uma
maneira geral, em duas posições: decúbito dorsal e decúbito ventral. Nos
tópicos seguintes serão abordadas as técnicas para as duas situações.
CONDUTA DE RETIRADA DO CAPACETE:
1 - Priorizar a segurança;
2 - Realizar o XABCDE observando
a cinemática do trauma;
3 - Socorrista 1 : Usar quatro
pontos de apoio com os cotovelos apoiados na coxa;
4 - Socorrista 1 : Estabilizar a
cervical. Segurando no capacete utilizando os antebraços e a curvatura da mão.
Com os dedos segure a mandíbula da vítima para que a cabeça não oscile muito
durante a movimentação e neutralização. Procurar manter os cotovelos apoiados
na coxa ou no chão;
5 - Socorrista 2 : Deverá soltar
ou cortar o tirante do capacete, enquanto o Socorrista 1 mantém a estabilização;
6 - Socorrista 2 : Fazer a
“pegada do colar” e falar “A estabilização é minha” quando estiver pronto a
estabilização da cabeça da vítima. A pegada do colar é feita pelas mãos
imitando o formato do colar cervical. Deve-se colocar o polegar e o indicador
de uma das mãos segurando a mandíbula e com a outra na parte posterior do
pescoço, usando também o polegar e o dedo indicador da região do occipital,
fixando a coluna cervical;
7 - Socorrista 1 : Retirar o
capacete. Abrir o capacete nas laterais com as mãos e em movimentos
oscilatórios puxar em direção ao corpo do próprio socorrista até passar pelo
nariz, depois retira-lo totalmente;
8 - Socorrista 1 : Assumir a
estabilização falando “A estabilização é minha”. Segurando a cabeça por trás,
apoiar os cotovelos na coxa e/ou no chão.
9 - Socorrista 2 : Colocar o
colar cervical. Abrir o colar com os dedos médio e as duas partes do colar se
encaixa de forma única. Se preferir, coloque a parte posterior primeiro em
vítimas deitadas ou sentadas;
10 - Socorrista 3 : Trazer a
prancha longa e auxiliar nas manobras de rolamento em bloco;
11 - Continuar com as
movimentações da vítima na prancha para centralizar a mesma;
12 - Continuar com o atendimento
e avaliação durante o transporte.
Nota 1: A retirada do capacete deve ser feita o mais rápido
possível.
Nota 2: Retirar o capacete da vítima antes da movimentação na
prancha, exceto em vítimas em decúbito ventral que necessita primeiro do
rolamento passando-a para decúbito dorsal.
Nota 3: A retirada do capacete só será feita na posição de decúbito
dorsal, exceto quando a mesma estiver presa em algum lugar que não dê para
colocá-la nesta posição.
Nota 4: Não retirar o capacete se houver objeto transfixado.
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