20 maio 2020

TÍTULO V – SARAMPO - CODAR – HB.ISA/CODAR 23.305 - Caracterização - Estudo da Fase Invasiva - Estudo da Fase Eruptiva


TÍTULO V

SARAMPO

CODAR – HB.ISA/CODAR 23.305

1. Caracterização

O sarampo é uma virose aguda extremamente contagiosa, que ocorre mais freqüentemente na infância e cujos sinais preliminares são febre, conjuntivite, catarros nasais (coriza), tosse persistente, com o aparecimento das típicas manchas de koplik na face interna das bochechas e gengivas, seguidas de um exantema muito característico, que se inicia na face e depois se generaliza.


O quadro clínico do sarampo manifesta-se em duas fases muito típicas:

·  Invasiva;

·  Eruptiva.


Estudo da Fase Invasiva

Esta fase se inicia com febre alta, irritação, sonolência, dor de cabeça e dor lombar, sinais e sintomas comuns a muitas infecções virais.

Normalmente, após 24 horas, inicia-se a subfase catarral, com o comprometimento das vias aéreas superiores e que se caracteriza por espirros freqüentes, tosse rouca e persistente, inicialmente não seguida de expectoração, acompanhados de lacrimejamento e conjuntivite.

A inspeção permite confirmar reação inflamatória da faringe e o surgimento de um exantema, causado pela vasodilatação das arteríolas que irrigam as mucosas da boca (palato) e da faringe. O aparecimento de manchas de Koplik, no interior das bochechas, define e carimba o quadro de sarampo.

As manchas de Koplik são mais fáceis de distinguir, quando examinadas à luz do dia, e se apresentam como pequenas áreas de tonalidade clara e azulada, rodeadas de uma auréola inflamatória vermelho intenso.

Inicialmente, aparecem umas poucas manchas de Klopik no interior das bochechas, nas proximidades do primeiro molar. 

Após 24 horas, elas tornam-se numerosas, aparecendo nas gengivas e na face interna dos lábios. Com o surgimento do exantema, as manchas empalidecem e desaparecem gradualmente.

Normalmente, as crianças se sentem enfermas e espontaneamente procuram permanecer deitadas em ambiente tranqüilo.

O comprometimento do estado geral, nesta fase, é bastante variável e o quadro pode evoluir de forma branda ou grave e, às vezes, de forma mortal.


Estudo da Fase Eruptiva

Iniciada a erupção cutânea, a febre retorna em níveis mais elevados do que no período invasivo e ocorre uma reativação e intensificação dos sintomas catarrais.

O quadro eruptivo aparece entre o segundo e o quarto dia de iniciada a doença.

Inicialmente, o Shunt eruptivo surge no rosto, no pescoço e atrás das orelhas, propaga-se para o peito e se generaliza em 36 horas.

É normal que a criança se queixe de coceira (prurido) e tente se coçar.

O exantema inicia-se com o surgimento de pequenas manchas avermelhadas e elevadas (pápulas), que crescem e confluem formando máculas de forma e tamanho irregulares, separadas por espaços de pele íntegra.

Quando o exantema está plenamente desenvolvido, as máculas confluem e recobrem toda a face e todo o peito.

Normalmente, o exantema exterioriza um estado de congestão da circulação superficial, sem extravasamentos de sangue. No entanto, nos casos muito graves, o exantema é francamente hemorrágico.

O estudo do exantema é feito pressionando a superfície da pele com uma placa de vidro transparente. Se a pele subjacente empalidecer, sob o efeito da vitropressão, existe congestão, sem extravasamento de sangue.


Nesta fase, ocorre um grande comprometimento do estado geral:

·  o pequeno paciente se sente muito enfermo;

·  a tosse e os sintomas catarrais se agravam, caracterizando um quadro de tráqueobronquite, com abundantes roncos e sibilos (estertores respiratórios);

·  o rosto apresenta-se inchado, a conjuntivite e o lacrimejamento agravam-se.


Após dois a três dias de iniciado o exantema, o quadro clínico começa a melhorar:

·  a temperatura cai e normaliza;

·  melhoram os sintomas catarrais;

·  inicia-se a descamação das crostas, e os lençóis parecem “cheios de farinha”.


Normalmente, o diagnóstico é confirmado laboratorialmente mediante técnicas de imunofluorescência, do antígeno vírico, obtido por aspiração das secreções nasofaríngeas.

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