A
termodinâmica inseriu o conceito de eficiência, em que as máquinas deveriam
ser projetadas para obterem seu rendimento máximo, ou seja, realizarem mais
trabalho com menor dispêndio de energia.
Quanto
à cibernética, durante a Segunda Guerra Mundial, esta introduziu através dos
projetos do matemático Norbert Wiener, a busca constante pelo equilíbrio dos
sistemas (homeostase), como um ciclo permanente de funcionamento e
aperfeiçoamento, em que a autorregulação permitia correções automáticas de tiro
a partir de informações sobre as movimentações do salvos. Estava surgindo o
conceito de feedback ou retroalimentação para correção ou atualização do
sistema. Todos esses conceitos são similarmente abordados no modelo de gestão
para melhoria contínua.
Traçando
um paralelo, veremos que a segurança contra incêndio em edificações
possui interdependência entre fatores que devem estar em perfeita harmonia
evolutiva para o aprimoramento contínuo e eficiência. Esta pesquisa apesar de
ter seu foco nas regulamentações, pretende elucidar que para serem prescritos
ditames técnicos aplicáveis, outros componentes do sistema de gestão da SCIE
devem ser aperfeiçoados concomitantemente.
Realmente
imprescindível, a segurança contra incêndio está comumente afeta às
engenharia se à arquitetura devido aos riscos existentes nas edificações, quer
sejam por sua atividade desenvolvida ou pela concentração de pessoas, bem como
ao seu produto final concretizar-se visualmente na implantação dos sistemas passivos
e ativos. Contudo, na maior parte da literatura existente, a segurança contra
incêndio em edificações é enfatizada somente como evolução tecnológica dos
sistemas construtivos e equipamentos, ou ainda, como gerenciamento de manutenção
e ações de socorro locais (medidas de autoproteção, acesso das viaturas e
equipes, disponibilidade de água, brigadas de incêndio, recarga e instrução
para uso de extintores, planos de emergência, entre outros), e que as
atualizações normativas e regulamentadoras promoverão a sensação de que o local
está seguro. Da mesma maneira, difunde-se costumeiramente à população e aos
profissionais que o inquestionável cumprimento normativo produzirá invulnerável
salvaguarda contra os sinistros.
É
de bom senso considerar que as normas sejam bons padrões estabelecidos a fim de
instituir parâmetros de exigências para aprovação dos planos ou projetos de
segurança contra incêndio, e que estes garantam um nível adequado de proteção.
No entanto, no momento atual existe uma grande preocupação profissional em
seguir as regulamentações como fator condicionante para o licenciamento
edilício, sem questionar viabilidades alternativas e os objetivos precípuos de
sua implantação (STEFFENS, 2009).
Como
veremos, a segurança contra incêndio tem maior dimensão, está inserida no
âmbito da segurança pública, exercida para o provimento da cidadania, e
garantidora da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Estes e outros direitos
sociais estão teorizados na Constituição da República Federativa do Brasil,
cabendo à gestão pública conduzir os recursos ao encontro do interesse coletivo
através de seus atos administrativos, que por sua vez, possui princípios gerais
norteadores, dentre eles a eficiência. Então, o gestor público e o
profissional (engenheiros e arquitetos e urbanistas) devem entender as normas
para o seu emprego correto e melhoria contínua da proteção contra incêndios
(PEREIRA, 2009).
Também,
de acordo com Fernandes (2009), para que o Estado seja eficiente, seu
modelo organizacional de administração pública deve ser capaz de adaptar-se aos
efeitos da economia e do mercado global, mas não deixando de assegurar o
interesse público e de cumprir suas tarefas. Isto certamente exige um
aperfeiçoamento e uma regulação contínua dos setores envolvidos. Desta forma,
devemos considerar em adotar para a SCIE um modelo sistêmico, dito por Ackoff
(1999 apud SOUZA; RODRIGUES, 2008) como um conjunto de elementos dinamicamente
relacionados que interagem entre si para funcionar em totalidade, formando um
bloco unitário com um propósito a ser satisfeito, onde cada elemento afeta
o desempenho deste sistema, devendo estes evoluírem em mesma escala.
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