22 maio 2020

TÍTULO XI - POLIOMIELITE - ( Paralisia Infantil ) CID – 045 - CODAR HB.APO/CODAR 23.211 - Caracterização - quadro clássico da poliomielite - Dados Epidemiológicos - Dados Epidemiológicos - Medidas em Casos de Riscos de Epidemia


TÍTULO XI

POLIOMIELITE (Paralisia Infantil) CID – 045

CODAR HB.APO/CODAR 23.211


1. Caracterização

A poliomielite é uma infecção viral aguda erradicada em todo o Brasil, a partir da 1990, em conseqüência de muito bem conduzidas campanhas de vacinação oral, com o vírus atenuado, que atingem anualmente a quase totalidade da população infantil do País, com menos de 6 (seis anos).

O Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC coopera com o Sistema Único de Saúde – SUS no apoio a estas campanhas.

Nos países que ainda não erradicaram a doença, a infecção viral pode apresentar níveis de gravidade, que variam desde uma infecção inaparente, passando por uma doença febril atípica, por um quadro de meningite asséptica, até uma doença paralítica que, nos casos extremos, pode ser mortal.


O quadro clássico da poliomielite caracteriza-se por:

·  febre, mal-estar generalizado e dor-de-cabeça (cefaléia) intensa;

·  náuseas e vômitos;

·  rigidez de nuca, com intensificação da cefaléia, tipificando a síndrome de meningite;

·  paralisia flácida, normalmente assimétrica.


A poliomielite não paralítica pode se exteriorizar sob a forma de uma meningite asséptica. 

O vírus que se instalou inicialmente na faringe e no tubo digestivo se multiplica e, após uma fase de viremia, que coincide com o ataque febril, pode atingir o sistema nervoso central, ultrapassando a barreira das meninges.

No sistema nervoso central, compromete seletivamente as células nervosas (neurônios) motoras, provocando paralisia flácida, normalmente dos membros inferiores. 

A paralisia é caracteristicamente assimétrica e sua localização depende dos neurônios corticais e medulares, que foram danificados pelo vírus.

Em casos raríssimos, ocorre paralisia nos músculos respiratórios e o paciente corre o risco de vida.

A incidência de infecção inaparente ou de menor gravidade é, pelo menos, 100 vezes maior que a dos casos paralíticos e a taxa de mortalidade, nos casos paralíticos, varia entre 2 e 10%, tendendo a aumentar com a idade do paciente.


2. Dados Epidemiológicos

·  o agente Infeccioso é um Polivírus com sorotipos 1, 2 e 3.

·  o reservatório principal é o próprio ser humano e, em especial, as crianças com infecções inaparentes.

·  mecanismo de transmissão.


A poliomielite é uma doença de contaminação fecal, que ocorre com mais intensidade em áreas onde o saneamento básico é deficiente. Durante os surtos epidêmicos, a disseminação por via faríngea cresce de importância.

A distribuição, que anteriormente era mundial, vem sendo drasticamente reduzida, em função dos programas anuais de vacinação, preconizada pela Organização Mundial de Saúde - OMS.

Normalmente, a incubação varia entre 7 a 14 dias, podendo, em casos extremos, variar entre 3 e 35 dias.

O vírus pode ser demonstrado na faringe, a partir de 36 horas do contágio e nas fezes, a partir de 72 horas.

A sustentabilidade é geral. No entanto, a afecção, mesmo inaparente, e a vacinação oral, com o vírus trivalente atenuado conferem imunidade sistêmica e intestinal contra o vírus causador da doença.


3. Dados Epidemiológicos

A prevenção depende da vacinação contra a enfermidade. No Brasil, a vacina utilizada é a vacina oral trivalente com o vírus vivo e atenuado.

A vacinação inicia-se a partir da 6ª (sexta) semana de vida e se repete anualmente, durante as campanhas de vacinação, até que a criança atinja a idade escolar.

As campanhas de vacinação em massa, além de garantirem a imunização das crianças vacinadas, permitem que as mesmas passem a eliminar vírus atenuados, aumentando a cobertura vacinal.

A vacinação de adultos só se recomenda quando os mesmos estão se preparando para viajar para áreas endêmicas, sendo que, nestes casos, a vacina injetável de vírus inativo pelo formol, aplicada em 3 doses, com intervalos de 4 semanas, é a mais recomendável.


4. Medidas em Casos de Riscos de Epidemia

·  Ativação da Vigilância Epidemiológica.

·  Vacinação em massa ou em todas as crianças moradoras da área vulnerável.

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