TÍTULO
X
HEPATITE
A VÍRUS A - HVA CID – 070.1
CODAR
– HB. AHA/CODAR 23.210
1.
Caracterização
O início normalmente é
súbito com febre, mal-estar, perda do apetite (anorexia), náuseas e desconforto
abdominal, seguidos de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).
Normalmente, apresenta-se
como uma doença leve, que cura espontaneamente em 1 a 2 semanas (icterícia
catarral) mais raramente, especialmente em pacientes idosos ou em alcoólatras.
Pode apresentar-se como uma doença grave e debilitante, com vários meses de
duração.
A convalescença é
prolongada. Muitas infecções, especialmente em crianças, são assintomáticas,
leves e sem icterícia e só são identificadas por intermédio de testes
sorológicos. A mortalidade é inferior a 0,1% e tende a ocorrer em pacientes
idos os.
O diagnóstico é suspeitado
em função do quadro clínico e dos dados epidemiológicos.
É confirmado por testes
sorológicos, que confirmam a existência dos antígenos e dos anticorpos,
mediante provas de rádioimunoensaio.
A confirmação dos antígenos
de superfície Ag – HAS – ocorre a partir do período invasivo. A confirmação de
anticorpos plasmáticos contra os antígenos de superfície – Anti HAS – ocorre
desde os primeiros dias de infecção e contra os antígenos centrais – Anti HAC –
ocorre mais tardiamente.
2.
Dados Epidemiológicos
a)
Agente Infeccioso e Mecanismo de Transmissão
O vírus A da hepatite
apresenta características de um enterovírus e é transmitido pelo contato de
indivíduo a indivíduo, através do circuito intestino-oral.
O agente infeccioso atinge
níveis máximos nas fezes, uma a duas semanas após o início da infecção e
declinam rapidamente quando caracterizada a disfunção hepática (icterícia), com
a aparição dos anticorpos circulantes.
O veículo da infecção
costuma ser a água e os alimentos contaminados, incluindo o leite, as saladas,
ostras e mariscos insuficientemente cozidos e carnes em fatia, quando
conservados à temperatura ambiental.
b)
Reservatório, Período de Incubação e Período de Transmissibilidade
O homem é o reservatório
de importância epidemiológica, embora a doença já tenha sido diagnosticada em
chimpanzés cativos. A incubação varia entre 10 e 50 dias, com médias de 30
dias. A transmissão ocorre, com o máximo de efetividade, durante a segunda
metade do período de incubação e decresce com o aparecimento da icterícia.
c)
Distribuição
A hepatite a vírus A é a
mais contagiosa e a menos grave dentre todas as hepatites.
Aproximadamente 95% da
população brasileira adulta apresenta anticorpos contra este tipo de hepatite –
Anti HAS e Anti HAC.
O que demonstra que muitos foram infectados e apresentaram
quadros inaparentes, sendo freqüentes os casos benignos e anictéricos entre os
latentes e pré-escolares.
A imunidade homóloga,
subseqüente ao primeiro acontecimento, costuma ser permanente.
3.
Métodos de Controle
· A vacina anti – VHA pode
ser aplicada a partir dos dois anos de idade.
· A educação sanitária
relacionada com a higiene pessoal, o asseio corporal, a lavagem meticulosa das
mãos, a remoção sanitária das fezes e o suprimento de água potável é
fundamental.
· A vigilância sanitária e
a educação sanitária do pessoal que trabalha em creches e hospitais-dia são de
capital importância.
· O pessoal de enfermagem
e os funcionários de creche com testes sorológicos negativos para antígenos
Anti HAS e Anti HAC devem ser vacinados com a vacina anti – VHA.
4.
Medidas de Controle dos Pacientes, Contatos e Meio Ambiente
· As precauções entéricas devem se iniciar a
partir dos primeiros sintomas e persistem durante a primeira semana de
icterícia.
· A desinfecção concorrente e terminal, com
remoção das fezes, da urina e do sangue, de acordo com os preceitos sanitários
é indispensável.
· O uso de seringas e agulhas descartáveis deve
ser uma medida sanitária considerada como fundamental.
· Os contatos que apresentarem testes
sorológicos negativos devem ser vacinados.
Nos casos de epidemia,
esta medida cresce de importância.
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