22 maio 2020

TÍTULO X - HEPATITE A VÍRUS A - HVA CID – 070.1 - CODAR – HB. AHA/CODAR 23.210 - Caracterização - Dados Epidemiológicos - Agente Infeccioso e Mecanismo de Transmissão - Período de Incubação e Período de Transmissibilidade - Distribuição - Métodos de Controle - Medidas de Controle dos Pacientes, Contatos e Meio Ambiente


TÍTULO X

HEPATITE A VÍRUS A - HVA CID – 070.1

CODAR – HB. AHA/CODAR 23.210


1. Caracterização

O início normalmente é súbito com febre, mal-estar, perda do apetite (anorexia), náuseas e desconforto abdominal, seguidos de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).

Normalmente, apresenta-se como uma doença leve, que cura espontaneamente em 1 a 2 semanas (icterícia catarral) mais raramente, especialmente em pacientes idosos ou em alcoólatras. Pode apresentar-se como uma doença grave e debilitante, com vários meses de duração.

A convalescença é prolongada. Muitas infecções, especialmente em crianças, são assintomáticas, leves e sem icterícia e só são identificadas por intermédio de testes sorológicos. A mortalidade é inferior a 0,1% e tende a ocorrer em pacientes idos os.

O diagnóstico é suspeitado em função do quadro clínico e dos dados epidemiológicos.

É confirmado por testes sorológicos, que confirmam a existência dos antígenos e dos anticorpos, mediante provas de rádioimunoensaio.

A confirmação dos antígenos de superfície Ag – HAS – ocorre a partir do período invasivo. A confirmação de anticorpos plasmáticos contra os antígenos de superfície – Anti HAS – ocorre desde os primeiros dias de infecção e contra os antígenos centrais – Anti HAC – ocorre mais tardiamente.



2. Dados Epidemiológicos


a) Agente Infeccioso e Mecanismo de Transmissão

O vírus A da hepatite apresenta características de um enterovírus e é transmitido pelo contato de indivíduo a indivíduo, através do circuito intestino-oral.

O agente infeccioso atinge níveis máximos nas fezes, uma a duas semanas após o início da infecção e declinam rapidamente quando caracterizada a disfunção hepática (icterícia), com a aparição dos anticorpos circulantes.

O veículo da infecção costuma ser a água e os alimentos contaminados, incluindo o leite, as saladas, ostras e mariscos insuficientemente cozidos e carnes em fatia, quando conservados à temperatura ambiental.


b) Reservatório, Período de Incubação e Período de Transmissibilidade

O homem é o reservatório de importância epidemiológica, embora a doença já tenha sido diagnosticada em chimpanzés cativos. A incubação varia entre 10 e 50 dias, com médias de 30 dias. A transmissão ocorre, com o máximo de efetividade, durante a segunda metade do período de incubação e decresce com o aparecimento da icterícia.


c) Distribuição

A hepatite a vírus A é a mais contagiosa e a menos grave dentre todas as hepatites.

Aproximadamente 95% da população brasileira adulta apresenta anticorpos contra este tipo de hepatite – Anti HAS e Anti HAC. 

O que demonstra que muitos foram infectados e apresentaram quadros inaparentes, sendo freqüentes os casos benignos e anictéricos entre os latentes e pré-escolares.
A imunidade homóloga, subseqüente ao primeiro acontecimento, costuma ser permanente.


3. Métodos de Controle

· A vacina anti – VHA pode ser aplicada a partir dos dois anos de idade.

· A educação sanitária relacionada com a higiene pessoal, o asseio corporal, a lavagem meticulosa das mãos, a remoção sanitária das fezes e o suprimento de água potável é fundamental.

· A vigilância sanitária e a educação sanitária do pessoal que trabalha em creches e hospitais-dia são de capital importância.

· O pessoal de enfermagem e os funcionários de creche com testes sorológicos negativos para antígenos Anti HAS e Anti HAC devem ser vacinados com a vacina anti – VHA.


4. Medidas de Controle dos Pacientes, Contatos e Meio Ambiente

·  As precauções entéricas devem se iniciar a partir dos primeiros sintomas e persistem durante a primeira semana de icterícia.

·  A desinfecção concorrente e terminal, com remoção das fezes, da urina e do sangue, de acordo com os preceitos sanitários é indispensável.

·  O uso de seringas e agulhas descartáveis deve ser uma medida sanitária considerada como fundamental.

·  Os contatos que apresentarem testes sorológicos negativos devem ser vacinados.

Nos casos de epidemia, esta medida cresce de importância.

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