6.
Controle das Infecções Respiratórias Agudas e Redução da Morbimortalidade
Infantil
As altas taxas de
mortalidade infantil, que ainda ocorrem no Brasil, são totalmente inaceitáveis,
por serem de causas evitáveis e dependerem de medidas extremamente simples de
saúde pública.
As Infecções Respiratórias
Agudas, especialmente em crianças hiponutridas, com menos de 4 anos,
contribuem, de forma significativa, para incrementar as taxas de mortalidade e
agravar este desastre social.
A redução da mortalidade
de crianças e de idosos, provocada por infecções respiratórias agudas, é um
fator preponderante para reduzir as taxas de mortalidade geral e infantil e
para aumentar as médias de expectativa de vida da população.
Um
programa de redução da mortalidade relacionada com infecções respiratórias
agudas depende das seguintes atividades gerais:
- Educação sanitária das
mães e dos pais sobre higiene infantil, higiene da habitação, economia
doméstica e nutrição infantil;
- Difusão de informações
sobre infecções respiratórias agudas, riscos relacionados com as mesmas,
mecanismos de transmissão e cuidados básicos a serem dispensados aos enfermos;
- Incentivo ao aleitamento
materno, até a idade mínima de 6 meses de idade;
- Controle do
desenvolvimento (peso e altura) e das condições nutricionais das crianças,
aconselhamento nutricional e suplementação alimentar, quando necessário;
- Verticalização da
assistência à saúde , por intermédio de ações de treinamento e de educação
continuada, adestramento em serviço e aconselhamento dos agentes de saúde e dos
médicos generalistas;
- Atividades de
transferência de hospitalização, referenciação e contrareferenciação, que
embora previstas, são, na grande maioria das vezes, desnecessárias;
- Interação das atividades
de controle das infecções respiratórias agudas, com os seguintes programas de
saúde pública:
- Assistência Médica
Domiciliar, por intermédio de agentes de saúde visitadores, apoiados por
enfermeiros e médicos generalistas;
- Universalização da
assistência médica primária, por intermédio de médicos generalistas bem
adestrados e competentes e de alta capacidade resolutiva;
- Programas de Proteção à
Maternidade e à Infância;
- Programas de Assistência
a Idosos.
No que diz respeito aos
idosos, é muito importante registrar que capacidade pulmonar não se desenvolve
na velhice e sim, ao longo de toda uma vida dedicada ao fortalecimento da
capacidade cardiorrespiratória.
Os idosos devem ser bem
nutridos, mas não obesos. O fumo prejudica a capacidade respiratória e
predispõe o organismo para infecções respiratórias.
Programas de proteção à
maternidade e à infância são simples, viáveis e não dependem de obras
faraônicas.
O Serviço Civil Alternativo contribuirá para garantir uma grande
mobilização de recursos humanos para estes e outros programas. Da mesma forma
que o Serviço Militar, o Serviço Alternativo deve ser encarado como um direito
e um dever da cidadania para com o país.
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