Operações de resgate
Uma vez que toda a preparação foi feita, o processo de remoção de
vítimas da instalação subterrânea deve começar. Essa fase de operação envolve a
entrada no local para o bom desempenho do sistema de salvamento planejado.
Contagem do pessoal:
Esse sistema garante que somente entre na instalação quem estiver
autorizado e equipado apropriadamente. Sua localização, seu moral e
conhecimento servem também para o controle do tempo de ar respirável (EPR) com
cilindro. Um profissional deve ser designado para controlar essas tarefas.
Busca:
A menos que a localização da vítima seja óbvia, a guarnição de socorristas
deve proceder à busca na instalação subterrânea, a qual deve ser sistemática e
em seqüência lógica. Algumas vezes, o progresso das pesquisas é lento, mas as
guarnições devem se manter juntas como um time e evitar dispersões. Na busca
por trechos ou áreas, um bombeiro deve ficar em posição fixa enquanto os outros
vasculham o local.
O profissional estacionário fica próximo à parede e mantém a conversação
e a atenção no caminho. Deve-se, de vez em quando, manter o silêncio no sentido
de ouvir ruídos, sons ou vozes.
Quando a vítima é encontrada, ela será examinada pelo técnico em
emergências médicas. Se a vítima estiver consciente será boa fonte de
informação para o comandante da operação. Se houver problema respiratório, o
oxigênio será ministrado, para que o estado de choque e os efeitos prolongados
do calor ou frio sejam evitados.
Remoção da vítima:
Após estabilização e liberação da instalação subterrânea, a vítima será
envolta em cobertores na maca ou passará por um processo de descontaminação
antes de seguir para o pronto socorro. A remoção deve ser feita em viatura UR
que, após a remoção da vítima, sofrerá descontaminação de seus equipamentos e
instrumentos.
Considerações finais
A finalização do salvamento em instalações subterrâneas envolve elementos
óbvios para todo o pessoal e resgate de equipamentos usados na operação,
todavia, envolve também a investigação das causas da ocorrência e o comentário
sobre atividades operacionais das guarnições.
A coleta e identificação de pedaços de equipamentos, encontrados no
local de emergência devem ser claramente marcados e empacotados, evitando a
contaminação de pessoas, viaturas e equipamentos.
O abandono da instalação subterrânea é, às vezes, necessário devido à
presença de produtos perigosos não identificados ou riscos iminentes.
Na investigação do sinistro, pode haver a participação da Polícia Civil
Técnica Científica que, aliada às operações dos bombeiros, pode esclarecer a
ocorrência.
Após o encerramento das atividades, é liberado o local para a presença de repórteres (mídia) ou marcar um
encontro com todos os repórteres em entrevista coletiva para informar os passos
operacionais adotados, suas justificativas e recomendações.
Uma reunião com todos os que trabalharam na ocorrência é importante a fim de comentar a execução das tarefas de resgate e salvamento,
isso é necessário e útil podendo começar no local sinistrado (posto de comando)
longe do público e completar-se no quartel ou na publicação de boletins
informativos para toda a Corporação.
Os componentes das guarnições que participaram efetivamente da
ocorrência em instalações subterrâneas, ou que estejam sujeitos a possíveis
infecções, contágios e intoxicações, devem se apresentar ao serviço médico para
inspeção de saúde, a fim de garantir as suas integridades físicas como
profissionais do CBMDF.
As viaturas e equipamentos contaminados devem passar por etapas de descontaminação
e limpeza geral.
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