A queixa
Quando eu era menino - oh mãe - não te deixava;
Então nunca sem mim conseguiste sair:
Tivestes de ir à rua, e embirrando eu chorava;
e ralhavas: "eu volto" e eu: leva-me! quero
ir!
Pois se eras o meu sol.. Tua ausência enoitava,
e a noite era terror... Como à noite sorrir?
Mas ante a minha teimosia infantil justa e brava
fugia-te, sem mim, o ânimo de partir.
Porque naquela vez - na última somente
foste só - sem me ver, num protesto veemente
chorar como em criança ou com maior pesar?
- Mãe! é longe aonde vais? Oh leva-me contigo...
Leva... Quero ir lá longe... ir também ao Jazigo...
E lá foste a sorrir sem querer me levar!
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