a.4 – Gases tóxicos
Todo Bombeiro deve se lembrar de que um incêndio significa
exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele não pode prever,
antecipadamente, quais serão essas substâncias. A inalação da combinação de
substâncias, sejam tóxicas ou irritantes, pode ter efeitos mais graves do que
quando inaladas separadamente. A inalação de gases tóxicos pode determinar
vários efeitos no corpo humano. Alguns dos gases causam danos diretamente aos
tecidos dos pulmões, mas quando entram na corrente sangüínea inibem a
capacidade dos glóbulos vermelhos de transportarem O2.
Os
gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:
• Natureza do combustível;
• Taxa de aquecimento;
• Temperatura dos gases envolvidos;
• Concentração do oxigênio.
O monóxido de carbono (CO) destaca-se entre os gases
tóxicos. A maioria das mortes em incêndios ocorre por causa do monóxido de
carbono (CO). Este gás sem cor e sem odor está presente em todo incêndio, e a
queima incompleta é responsável pela formação de grande quantidade de CO. Como
regra, pode-se entender que fumaça escura significa altos níveis de CO. A
hemoglobina existente no sangue é responsável pela troca gasosa. O CO
combina-se coma hemoglobina de forma irreversível, inutilizando-a. Quando
grande parte da hemoglobina do sangue se combina com CO, pode-se morrer por
falta de oxigênio. Num ambiente, a concentração de 0,05% de monóxido de carbono
no ar já é perigosa. Ainda que a concentração de CO no ambiente seja maior que
1%, não ocorrem sinais que permitam a fuga do local em tempo hábil. Em baixos
níveis de concentração de CO ocorrem dor de cabeça e tontura, (que são avisos
antecipados) antes da incapacitação.
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