2.3.2 Objetivos
Operacionais da Segurança contra Incêndio em Edificações
De
forma mais prática e específica para o projeto e execução da segurança contra
incêndio nas edificações, existem objetivos operacionais que norteiam a
implantação e a funcionalidade das medidas de proteção para o cumprimento dos
objetivos gerais.
Os objetivos operacionais
já estão elencados nas mais recentes regulamentações de segurança contra
incêndio no Brasil. Abrantes e Castro (2009) de forma mais didática citam assim,
na perspectiva do Estado, as medidas de segurança contra incêndio num edifício
ou instalação industrial visam, no mínimo, garantir os seguintes objetivos:
a.
Reduzir os riscos de eclosão do incêndio;
b.
Promover a evacuação rápida e segura de todos os ocupantes;
c.
Limitar a propagação do fogo, fumo e gases de combustão;
d.
Facilitar a intervenção dos bombeiros, em segurança.
Os
objetivos operacionais são atrelados ao estágio de desenvolvimento do incêndio,
ou seja, à medida que o incêndio se propaga, é necessário um rol de medidas de
proteção específicas para o controle do sinistro.
O
primeiro objetivo é evitar que o incêndio ocorra, fundamentado na prevenção.
Para tanto, as ações de conscientização e treinamento junto aos usuários
das edificações são imprescindíveis para o estabelecimento uma cultura
comportamental favorável à segurança, bem como a manutenção das instalações
prediais gerais e as de proteção contra incêndio devem ser realizadas para
garantir boas condições funcionais.
Caso
o incêndio ocorra, os próximos objetivos a serem cumpridos são proporcionar o
alerta aos usuários e aos bombeiros e o abandono da edificação com segurança,
concomitante com ações de controle ao princípio de incêndio.
As
medidas que cumprem esses objetivos são as saídas de emergência, controle de
fumaça, detecção e alarme, sinalização e iluminação de emergência, chuveiros
automáticos, extintores de incêndio, hidrantes e mangotinhos, controle dos
materiais de revestimento e sistemas especiais de resfriamento e supressão de
ambiente em riscos especiais (combate automático). Está incluída nesta etapa a
presença de pessoal treinado, brigadistas de incêndio ou bombeiros profissionais
civis, para organizarem a saída das pessoas, as ações de extinção do fogo, e a
execução dos planos de emergência.
Com
o crescimento do incêndio, faz-se necessário serviço especializado de extinção,
assim como a edificação deve possuir meios para cumprir os objetivos de limitar
a propagação do fogo para as salas adjacentes e as edificações vizinhas, e de
fornecer meios para a extinção do fogo facilitando as ações dos bombeiros. Desta
forma, torna-se importante o acesso de viaturas à edificação, hidrantes
disponíveis, bem como a compartimentação deve ser eficiente.
Após
o desenvolvimento pleno do incêndio, a segurança estrutural em situação de
incêndio é acrescida a estes objetivos para redução dos danos e contribuição às
ações de extinção.
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