Novamente referenciando a
competência técnica dos bombeiros para a atividade atinente à SCIE, Aquino (2005
apud DIAS, 2006) contextualiza que a formação do bombeiro militar caracteriza-se
por natureza multidisciplinar e reforça a grande responsabilidade em
limitar direitos dos cidadãos aprovando ou não trabalhos realizados por
projetistas habilitados para o exercício desta profissão, prosseguindo:
-
O profissional precisa de bons fundamentos não apenas nas ciências básicas (física, matemática
e química), mas também em tecnologia;
- O ciclo profissional apresenta afinidade com
diversas áreas da engenharia, como as engenharias química, mecânica, elétrica e
civil.
Em
comum com a engenharia civil, por exemplo, o conhecimento dos materiais de
construção e estrutura das edificações, bem como de suas instalações,
principalmente nos aspectos relacionados à proteção contra incêndio.[...]
Dias
(2006) defende a imperiosa necessidade de especialização dos oficiais que
exercem as atividades de análise dos projetos, comparando de forma análoga a
existência dos Quadros de Oficiais de Saúde, os quais são plenamente adaptados
às exigências dos Conselhos Federais e Regionais de Medicina, com a possibilidade
da existência de oficiais que possuam a competência técnica compatível com o
exercício das engenharias que são relacionadas com o desempenho da SCIE. É fato
que os bombeiros atualmente exigem comumente os ditames existentes nos
regulamentos técnicos, no que somente estiver escrito, porém cabe a dúvida se há
a competência técnica para analisar e decidir alternativas sobre edificações
"especiais e complexas" que comprovadamente não possuam condições de
atender as normas elaboradas.
Existem
poucos trabalhos que avaliam quantitativamente o nível de abordagem da
segurança contra incêndio em edificações dentro dos currículos universitários
das graduações e pós-graduações afins, mas consuetudinariamente, muitos
profissionais atuantes na área referenciam em suas publicações esta deficiência,
como também apontam o seu desenvolvimento como sendo essencial conjuntamente com
a gestão e a regulamentação para a evolução da ESI.
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