03 junho 2021

Vasos de Pressão - O cilindro deve possuir - Cilindro de CO2 - Sistema de armazenamento baixa pressão de CO2 - Dimensões do cilindro de CO2 - Projetos de Sistema Fixos de Combate a Incêndios - Estudo de Sistema Fixo de Combate a Incêndio por Agente Gasoso

5.1.2 – Vasos de Pressão

O dióxido de carbono deve ser armazenado em um vaso de pressão vertical de aço, recarregável e fabricado de acordo com as exigências da norma ABNT 12639 de 2005.

 

O cilindro deve possuir:

válvula de descarga;

tubo sifão;

- dispositivo de segurança do tipo disco de ruptura projetado para romper a uma pressão entre 16,5 Mpa e 20,7 Mpa;

tampa de proteção para válvula de descarga.

 

Cada cilindro deve ter um suporte de maneira que possa ser pesado isoladamente. (ABNT 12232, 2005)

No sistema de combate a alta pressão o cilindro, conforme a Figura 5.3, deve ser projetado para armazenar dióxido de carbono em forma de gás liquefeito com pressão em torno de 5860 kPa à temperatura ambiente de 21°C.


Figura 5.3 – Cilindro de CO2 (FIKE MANUAL CO2, 2008)


A massa armazenada no cilindro segue a necessidade do projeto. Os fabricantes possuem cilindros com capacidades mássicas diferentes. A Tabela 5.1 apresenta os cilindros disponibilizados por um fabricante de acordo com a capacidade mássica de CO2. A massa total do cilindro é a massa da estrutura metálica do vaso de pressão com a massa do gás armazenado.

Há também o sistema de combate a baixa pressão (2068 kPa) onde o gás é armazenado com uma unidade autônoma de refrigeração à temperatura de –18°C (Figura 5.4) (NFPA 12, 2011).


Figura 5.4 – Sistema de armazenamento baixa pressão de CO2 (GIFEL ENGENHARIA DE INCÊNDIOS, 2014)

 

O dióxido de carbono é armazenado na forma líquida e os vasos devem permanecer a uma temperatura ambiente entre o máximo de 54°C e mínimo de –18°C.

Os cilindros de armazenamento do gás devem ser aprovados em um teste hidrostático a cada 5 (cinco) anos, tendo vida útil de 12 anos (NFPA 12, 2011).

 



Tabela 5.1 – Dimensões do cilindro de CO2 (FIKE MANUAL CO2, 2008)

 

Há algumas exigências quanto à qualidade do gás carbônico a ser utilizado. Este deve ser isento de agentes contaminantes corrosivos. O gás deve apresentar no mínimo 99,5% de dióxido de carbono, na fase gasosa. O teor de água na fase líquida não deve ser maior que 100 ppm em massa, enquanto o teor de óleo não deve ser maior que 10 ppm em massa. Recomenda–se instalar um odorizador de CO2 no coletor das baterias, para ocorrer percepção do gás via olfato no caso de um possível vazamento (NFPA 12, 2011).

O sistema deve possui cilindro piloto de dióxido de carbono com as mesmas características dos outros cilindros do conjunto. Esse cilindro piloto tem o objetivo de acionar o sistema através da inserção do gás o coletor da linha de tubulações. As baterias que possuam mais de 3 cilindros devem ter no mínimo 2 cilindros pilotos. O sistema deve ter uma válvula de descarga no cilindro piloto que é acionada por um dispositivo de comando destinado a estabelecer o fluxo inicial do gás, com a finalidade de ocorrer a descarga dos demais cilindros através do diferencial de pressão (NFPA 12, 2011).

Em caso de utilização de cilindros reservas, eles devem possuir as mesmas características e capacidades dos cilindros principais. Todas os cilindros devem estar conectados ao mesmo sistema para fácil comutação (NFPA 12, 2011).

As baterias de cilindros devem estar localizadas o mais próximo possível dos equipamentos a serem protegidos, porém, em caso de incêndio, não podem ficar expostas ao fogo ou explosão. A localização das baterias também deve considerar que as mesmas não podem ficar expostas a intempéries, danos mecânicos e agentes químicos (NFPA 12, 2011).

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