MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA
ÁREAS DE RISCO
ESPUMA E RESFRIAMENTO
O
abafamento e o resfriamento são métodos de extinção de incêndio que atuam
diretamente na eliminação de um ou mais elementos do tetraedro do fogo.
O
abafamento consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material
combustível. Exceção aos materiais que tem oxigênio em sua composição e queimam
sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.
O
resfriamento é um dos métodos de extinção de incêndio mais utilizados, pois a
água utilizada como agente extintor possui grande capacidade de absorver calor.
A
redução de temperatura esta ligada à quantidade e a forma de aplicação do jato
d’ água, de modo, que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de
produzir.
Conceitos e definições
Sistema
de Espuma é o conjunto de equipamentos que associados ao sistema de água
especifico para combate a incêndios são capazes de produzir espuma e aplicar
sobre líquidos inflamáveis em chamas , visando a extinção do fogo.
Sistema
de Resfriamento é o conjunto de equipamentos que associados ao
sistema
de água especifico para combate a incêndios são empregados para resfriar
superfícies aquecidas, visando à extinção do fogo e evitando sua propagação.
Seguem algumas definições:
a) bacia de contenção: Área
constituída por uma depressão, pela topografia do terreno ou ainda limitada por
dique, destinada a conter eventuais vazamentos de produtos;
b) neblina de água: Jato de pequenas
partículas d’água, produzido por esguichos especiais;
c) tanque: Reservatório cilíndrico
para armazenar líquidos combustíveis ou inflamáveis;
d) tanque de teto cônico: Reservatório
com teto soldado na parte superior do costado;
e) tanque de teto flutuante:
Reservatório cujo teto será diretamente apoiado na superfície do líquido no
qual flutua;
f) tanque horizontal: Tanque com eixo
horizontal que pode ser construído e instalado para operar: acima do nível, no
nível ou abaixo do nível do solo;
g) tanque vertical: Reservatório de
base apoiada sobre o solo.
Aspectos
operacionais A espuma é um agente extintor condutor de eletricidade e,
normalmente, não deve ser aplicada na presença de equipamentos elétricos com
tensão, salvo aplicações específicas.
Cuidado
especial deve se ter na aplicação de espuma em líquidos inflamáveis que se
encontram ou podem alcançar uma temperatura superior a ponto de ebulição da
água; evitando-se a projeção do líquido durante o combate.
Os
esguichos lançadores de espuma são recomendados para combate em tanques de até
6m de altura.
Para
tanques com altura acima de 6m deverá ser utilizado o sistema de canhão
lançador de espuma.
Caso
seja necessário aproximar-se de um tanque em chamas fazê-lo através da proteção
de linha manual com jato d’ água na forma de neblina, para evitar riscos
desnecessários.
Caso
a edificação possua sistemas fixos de resfriamento como canhão monitor e
aspersores, deverá ser dado preferência para combate através destes tipos de
sistemas, assim, evita-se exposição a riscos desnecessários.
Nos
locais onde há um parque de tanques com produtos inflamáveis poderão ser
encontrados sistemas manuais e/ou sistemas fixos de combate a incêndio com
espuma, onde serão encontradas mangueiras, esguichos lançadores de espuma e
proporcionadores de espuma, bombonas de extrato formador de espuma no caso de
sistema portátil, canhões monitores e rede específica com extrato formador de
espuma para
combate a incêndio em tanques com grandes volumes.
O
sistema de espuma e resfriamento por apresentar alta pressão de trabalho e
grandes vazões, deve-se ter o cuidado em manusear o sistema existente da
edificação para ocorrer acidentes com os lances de mangueiras e esguichos.
Deve-se
ao chegar nos locais onde há parque de tanques solicitar o máximo de
informações da brigada do local quanto à reserva de água existente para o
sistema de espuma e resfriamento, o tipo de sistema instalado (manual ou fixo),
pressão e vazão do sistema.
Para o dimensionamento do
sistema de espuma e resfriamento devemos considerar o cenário mais crítico do
parque de tanques. Este cenário é definido por duas premissas:
1. Dimensionamento pelo maior risco;
2. Não simultaneidade de eventos.
O
dimensionamento pelo maior risco deve considerar o tanque que exigirá a maior
quantidade de espuma para a extinção de incêndio, devendo ser levado em conta a
área de superfície líquida deste tanque, tipo de produto armazenado
(hidrocarboneto ou solvente polar), ponto de fulgor, taxa de aplicação (3% ou
6%), se serão empregados sistemas de combate fixo (câmaras de espuma) ou móveis
(linhas manuais ou canhões monitores).
Durante
o combate ao incêndio em um tanque a guarnição de bombeiros deve atender a
seguinte estratégia: aplicação de espuma no tanque em chamas através de
sistemas fixos (câmaras de espuma) ou sistemas móveis (linhas manuais ou
canhões), aplicação de espuma no dique de contenção através de sistemas fixos
ou móveis, resfriamento nos tanques vizinhos através de sistemas fixos (anel de
nebulizadores) ou sistemas móveis (linhas manuais com esguicho regulável ou
canhão monitor).
Quando
se empregam sistemas móveis (linhas manuais ou canhões) é fundamental se
verificar se existe um número suficiente de brigadistas para a montagem de
linhas de espuma e resfriamento, devendo ser lembrado que haverá a necessidade
de rendição das equipes de combate (equipes em reserva).
Os
sistemas fixos podem ser operados por uma única pessoa bem treinada.
Portanto
antes de se optar por uma estratégica é importante observar a logística
disponível em relação aos recursos humanos.
Com
o emprego de sistemas móveis, também é necessário observar durante as operações
de combate a incêndios a direção dos ventos que dependendo da intensidade não
permitirá o lançamento do jato de espuma dentro do tanque em chamas.
Por
isso é importante ao projetista do sistema de proteção que localize pontos de
tomada de água (hidrantes) em posições contrárias em relação aos tanques,
possibilitando o combate
por duas frentes distintas.
Outra
verificação importante no uso de sistemas móveis é o ponto de cisalhamento do
tanque, uma vez que é neste ponto que os brigadistas usarão para a aplicação da
espuma. Apesar de raro, poderá ocorrer a não ruptura do teto de tanques
verticais fragilizados em chamas, situação esta que impede a aplicação do jato
de espuma.
Outro
fator a ser observado durante as operações é a topografia do terreno.
A
aplicação da espuma se torna mais fácil se o jato d´água for lançado acima do
tanque, num morro por exemplo.
Para
tanques contendo petróleo cru a atenção deverá ser redobrada com relação à
distância de segurança, prevenindo-se o fenômeno conhecido como Boil Over que
poderá ocasionar lesões às equipes de combate.
Uma
lembrança importante ao iniciar as operações é que a quantidade necessária de
espuma para o combate ao tanque em chamas deve ser disponível de imediato, pois
não poderá haver interrupção na aplicação da solução de espuma sob pena de
haver reignição das chamas.
Como calcular a rede para Câmara de Espuma em dois tanques verticais de 6,5 metros de altura armazenando diesel.
ResponderExcluirBom dia ô das Trevas...
ExcluirPreocupe-se em construir o muro de contensão de vazamentos e um hidrante próximo ao tanques, pois à partir daí vc com um proporcionador de espuma e um esguicho lançador de espuma estará preparado para combater um talvez "incêndio" tendo em vista que o ponto de auto-ignição do diesel está acima de 200°C. Quem te preocupou, nada entende de Prevenção, muito menos, de Incêndio.
Abração e obrigado pela visita, e vê se deixa a escuridão (anonimato) e vem pra luz...