Técnicas empregadas nos sistemas de tirolesas
inclinadas
As armações de cabos de sustentação no plano inclinado são
conhecidas como sistemas de tirolesas, utilizadas dentro dos procedimentos de salvamento
para remoções rápidas diante de uma situação de emergência. O que deverá sempre
ser observado, nessas operações de resgate, é que o importante não é a
velocidade empregada pela guarnição, pois as falhas poderão aparecer no decorrer
das operações, mas a agilidade e o zelo que a guarnição tem ao desenvolver os
procedimentos básicos de segurança adotados diante de situações de emergências.
Esses são os principais aspectos a serem observados.
Procedimentos básicos que devem ser avaliados
1) Verifique o grau de inclinação (deve variar entre 25º a
30º), o qual também poderá atingir uma inclinação bem maior, às vezes, atingindo
42º, porém, o cuidado deverá ser extremo, pois vários são os fatores que
influenciarão no sistema: distância, altura entre um ponto e outro, preparação
dos materiais e dos pontos de fixação, técnicas que serão empregadas etc.
2) Saiba identificar, por meio de uma inspeção prévia, que
a distância a ser percorrida em um sistema no plano inclinado não poderá ser
superior a 70 (setenta) metros para uma altura média de 30 (trinta) metros,
razão pela qual teremos de observar: velocidade, atrito e desgaste do material
empregado, sistema de freio ineficiente em função do ângulo de visão.
3) Todo sistema inclinado deverá ter um sistema de
segurança partindo sempre do ponto superior, para impedir a velocidade excessiva,
pois se deve manter sempre uma velocidade lenta e constante e, principalmente,
isenta de trancos durante todo o percurso (figura 248).
4) Na utilização do cinto de salvamento, a segurança da
vítima será colocada presa ao cabo de sustentação, ou seja, atrás do sistema montado para desenvolver a operação (atrás do
cinto e da alça de sustentação dependendo da situação) (figuras 248 e 250).
5) O sistema de freio (cabo guia = freio superior) será
feito por dois integrantes da guarnição ou, quando realizado por apenas um deles,
tem de ser aplicado um sistema redutor (figura 252).
6) Quando trabalhar apenas com mosquetão, use sempre dois,
colocados no cabo de sustentação (travados, invertidos e contrários ao atrito
do cabo com eles) (figura 247).
7) O cabo guia (pelo seu mosquetão) estará enganchado nos mosquetões
e na argola do cinto de salvamento ou na alça menor da alça de sustentação e,
quando nas atividades com maca, prenderá também as alças formadas pelos nós de
azelha que regulam as suas alças, evitando que o cabo guia atrite com o cabo de
sustentação (figura 247).
8) Dependendo da distância, coloque o mosquetão no cabo
guia preso ao cabo de sustentação, para evitar a formação de um grande seio e
peso excessivo no cabo guia.
9) Dependendo da inclinação e da distância, sempre
coloque, por medida de segurança, um cabo com um mosquetão clipado no cabo de sustentação
ou, simplesmente, execute um nó prussik a uma altura ideal em que a vítima ou
até mesmo o socorrista não toque o solo.
10) Esteja sempre atento aos mosquetões para que não permaneçam
destravados durante a operação, pois, em decorrência do atrito deles com o cabo
de sustentação, podem destravar por si sós.
11) Atente para a saída das vítimas, para que não ralem em
cantos ou quinas vivas e venham a sofrer escoriações.
12) Na evacuação dos socorristas, eles deverão empunhar o cabo
de sustentação com as palmas das mãos voltadas para cima (por baixo do cabo) e
manter os braços abertos; se caso for necessário freiar, fazendo com a mão que estiver atrás
(sentido da direção da descida), pois evitará que a mão que se encontra à
frente venha de encontro com o mosquetão e cause uma lesão grave.
Técnicas de armação dos sistemas no plano inclinado
parabéns pelo seu blog muito bem explicado e completo... ótimo profissional
ResponderExcluirBoa noite Art...
ExcluirFico por demais grato pelo elogio.
Abração e obrigado pela visita...