27 junho 2015

Estrutura da Brigada - Programa de Segurança - MANUAL DE TREINAMENTO PRÁTICO DE BRIGADA DE INCÊNDIO


Estrutura da Brigada

Define a materialização do corpo da brigada e deve:

a)    criar um fluxograma de organização básica, para facilitar designação de funções;

b)    estabelecer limite de responsabilidade, para seus deveres;

c)    definir turno que a brigada deverá cumprir;

d) definir tipo, quantia e freqüência do treino a ser realizado;

e)    definir número de brigadistas a ser treinado.


Programa de Segurança

Este programa prevê os requisitos básicos, que visam preservar a integridade física dos brigadistas, devendo conter:

a)    a forma de delegação desta função a um membro da brigada;

b) registros e gerenciamento de informações;

c)    contato através de reuniões entre gerenciadores de política de segurança do trabalho, pessoal de logística, operadores de equipamentos, encarregados de segurança local ou corporativa, departamento médico e de saúde ocupacional;

d)    desenvolvimento e manutenção de procedimentos operacionais padrão;

e) metas de prevenção de incidentes;

f)    especificação de equipamentos da brigada e sua manutenção;

g) previsão de investigação de acidentes;

h) plano de segurança para as possíveis cenas de incidentes;

i)     necessidade de treinamento e de formação adequada de brigadistas;

j) os treinamentos, formação e atuação em casos reais, devem ter registros e estar disponíveis para auditoria.


Deve haver uma política de gerenciamento local ou corporativo, nas empresas que operarem uma brigada, com o objetivo de proporcionar para seus integrantes, os níveis mais altos de segurança e saúde, enquanto exercerem os seus deveres de resposta, fixados na declaração organizacional.

A escolha do funcionário para ser brigadista, será feita pela administração e implicará a ele uma tarefa a ser executada esporadicamente, em algum turno ou em tempo integral. Essa determinação vai depender do tamanho e da estrutura da brigada, do nível de risco da atividade, do ambiente de trabalho, do histórico de sinistros, danos, doenças profissionais, mortes e exposições a fatores adversos.

As brigadas são freqüentemente organizadas, de tal maneira que seus integrantes se dirigem à cena de uma emergência, reunindo-se na entrada do edifício ou área, sendo o passo inicial a identificação de cada brigadista que chega à cena de emergência após o alarme e a sua inserção em grupos de atuação, tudo com supervisão apropriada. Um sistema prioritário a ser implementado é o padrão de assunção automático de funções dentro da brigada, para tornar a operação organizada e mais rápida, isso se consegue com treinamentos e simulados de aferição para cada risco delimitado no planejamento operacional.

Os perigos especiais e seus locais específicos devem ser identificados e relacionados para a brigada, junto com uma explicação detalhada do risco envolvido, esses perigos especiais podem consistir em situações reais, de pouca probabilidade ou com histórico inédito. As operações em locais que podem receber uma descarga de um agente de extinção especial, do sistema fixo automático ou não de combate à incêndios sobre equipamentos e processos, também podem representar um perigo aos brigadistas, áreas de teste de máquinas, tanques de pintura, silos de armazenamento, sistemas de nebulização, tanques com líquidos inflamáveis em para uso privado, óleo de tempera, equipamento elétrico energizado, materiais perigosos e pós combustível, representam todos um perigo que deve ser considerado.

Quando os brigadistas atuarem em uma estrutura em chamas, devem ser usados rádios para comunicação no teatro de operações, porém, eles não podem ser a ferramenta exclusiva para se localizar um brigadista, no interior de uma estrutura.

Os indivíduos localizados fora da zona quente serão nomeados a um papel adicional, como brigadista de segurança dos bombeiros que atuam, esse indivíduo pode executar outras atividades de salvamento de terceiros, sem se aventurar e comprometer a segurança ou saúde de qualquer brigadista que trabalha e pelo qual é responsável.

Nem sempre são requeridos dois ou mais times de segurança separados, fora da estrutura, para cada equipe que opera no interior de uma grande estrutura com várias entradas.


Esse procedimento muda se uma estrutura de dimensão fora da média, cuja responsabilidade de segurança não pode ser mantida por um único ponto de entrada, o que dificultaria o salvamento rápido, por isso, equipes de segurança adicionais de pelo menos 02 (dois) brigadistas devem ser nomeadas, para cuidar de mais divisões ou setores, conforme o sistema de administração de incidente para o local, feito no planejamento operacional.


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