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12 outubro 2014

Sistema de Detecção de Incêndio - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - detecção de fumaça e/ou elevação de temperatura - supervisão de acionadores manuais de incêndio - sinalização audiovisual de situações de alarme - supervisão do sistema de combate por hidrantes (se existente) - supervisão e comando do sistema de combate por chuveiros automáticos (se existente) - comando de door-holders e fechaduras eletromagnéticas de portas corta-fogo - comando de desligamento do sistema de condicionamento de ar - comando do sistema de pressurização de escadas (se existente) - comando do sistema de controle de fumaça (se existente) - comando de registros corta-fogo (dampers) - disparo de agentes extintores para supressão de incêndio (se existentes)


Sistema de Detecção de Incêndio

Resta evidentemente que a detecção precoce de um “princípio” de incêndio e o adequado alarme para o início de combate e eventual abandono da edificação atingida agilizam as medidas de contenção e maximiza as condições de fuga segura dos usuários e visitantes, minimizando todo tipo de prejuízos humano e/ou material.

De maneira análoga, pode-se verificar que o impacto na habitabilidade ou nas diversas funcionalidades da edificação e, por conseguinte, nos negócios desenvolvidos nessas, é sensivelmente menor, maximizando a continuidade das operações fundamentais dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.

O sistema de detecção de incêndio é um sistema de processamento centralizado, contemplando um conjunto de dispositivos de inicialização automática de alarme de incêndio, distribuídos no Estabelecimento Assistencial de Saúde, adequadamente interligados entre si e a um Painel Central de Alarme de Incêndio (equipamento de Controle e Indicação, microprocessado, “stand- alone”, devidamente certificado para esse fim. Vide informações complementares no Item 7 do Capítulo VII desse documento), por linhas de comunicação apropriadas (circuitos de detecção).

Esse Painel Central de Alarme de Incêndio também integra os dispositivos de manuais de alarme de incêndio (acionadores) e assim, por sua vez, estará interligado através de outro tipo de linhas de comunicação (circuitos de comando) a avisadores audiovisuais dispostos estrategicamente na edificação, bem como a outros equipamentos a serem comandados. O sistema de detecção e alarme de incêndio é normalmente responsável pelas seguintes tarefas:

• detecção de fumaça e/ou elevação de temperatura;

• supervisão de acionadores manuais de incêndio;

• sinalização audiovisual de situações de alarme;

• supervisão do sistema de combate por hidrantes (se existente);

• supervisão e comando do sistema de combate por chuveiros automáticos (se existente);

• comando de door-holders e fechaduras eletromagnéticas de portas corta-fogo;

• comando de desligamento do sistema de condicionamento de ar;

• comando do sistema de pressurização de escadas (se existente);

• comando do sistema de controle de fumaça (se existente);

• comando de registros corta-fogo (dampers);

• disparo de agentes extintores para supressão de incêndio (se existentes).


Os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo “convencional” apresentam os eventos e/ou alarmes por áreas (zonas) dentro da edificação, ou seja, não existe a localização precisa do ambiente de origem e sim de uma área protegida por diversos detectores. Normalmente as zonas de alarme são atribuídas a andares e/ou compartimentos inteiros. Esses sistemas convencionais são mais econômicos e assim, aplicados em EAS de menor porte.

Já os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo “endereçável” apresentam os eventos e/ou alarmes com a localização precisa do ambiente de origem, ou seja, tem-se a localização específica dentro da área, como um quarto em um determinado pavimento. Os sistemas endereçáveis são recomendados para aplicações em EAS de grande porte.

Recomenda-se a preferência pela instalação de sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo analógico endereçável, indicando com precisão, a presença de fumaça ou de altas temperaturas em áreas específicas sensoriadas através de detectores automáticos localizados nessas áreas.

Existem diversos tipos de tecnologia de detecção automática de incêndio: detectores de temperatura (fixa), detectores de gradiente de temperatura (variação no tempo), detectores de fumaça e detectores de chama. A seleção do tipo de detecção a ser utilizada e da tecnologia empregada, bem como a melhor localização para instalação dos detectores automáticos deve ser fundamentalmente efetuada, com base nas características da carga incêndio da área a ser protegida, levando também em consideração as condicionantes de instalação.

A área de cobertura (ou área de atuação) de cada tipo de detector é dada em função de diversos fatores característicos do ambiente a ser supervisionado, como: forma do piso ou teto, temperatura, umidade, velocidade do ar, volume de ar trocado nesse ambiente e mais.

Assim sendo, a área de cobertura de cada detector em caso de mudança de leiaute de arquitetura e/ou readequação do sistema de climatização deve ser adequadamente redimensionada respeitando imposições normativas, as características técnicas de funcionamento determinadas pelos fabricantes, tomando por base as características microclimáticas da área a ser monitorada, com atenção especial à velocidade, movimentação de ar e trocas de ar/hora determinadas pelo sistema de condicionamento de ar que atua na respectiva área.

O projeto deve ainda considerar que os detectores de fumaça deverão manter afastamento mínimo de 1,00 metro de distância de difusores de ar-condicionado, conforme prescrito na ABNT NBR 17.240, objetivando minimizar o tempo de resposta no caso de sinistro e resguardar a eficiência em situações de severa movimentação de ar.

De maneira análoga, ressalta-se que a localização de detectores de fumaça deve considerar o afastamento mínimo de 0,40 m (quarenta centímetros) de luminárias, minimizando a possibilidade de interferências eletromagnéticas provocadas pelos reatores de lâmpadas fluorescentes ou de descarga.

Devem ser adotados cuidados especiais na implementação de detecção de fumaça em ambientes com grande movimentação de ar, especialmente em salas cirúrgicas ou salas de exames invasivos com fluxo laminar. Além do(s) detector(es) pontual(is) no ambiente, recomenda-se que sejam instalados detectores de fumaça nos dutos de retorno do sistema de condicionamento de ar.

Recomenda-se implementar integração entre o sistema de detecção e alarme de incêndio e o eventual sistema de controle de acessos do Estabelecimento Assistencial de Saúde, no sentido de propiciar a liberação automática de todas as portas controladas da edificação em caso de sinistro, possibilitando tanto a rápida evasão dos ocupantes como a entrada das equipes de intervenção, não comprometendo assim as condições de segurança dos ocupantes.

Sugere-se também implementar integração entre o sistema de detecção e alarme de incêndio e o eventual sistema de automação e supervisão predial do EAS, viabilizando o comando automático de desligamento dos condicionadores de ar distribuídos na edificação quando de um alarme de incêndio, contribuindo para minimizar a velocidade de crescimento e propagação de eventual sinistro.

O sistema de detecção e alarme de incêndio pode também ser utilizado para acionar diretamente os membros da Brigada de Incêndio do Estabelecimento Assistencial de Saúde através de integração com um sistema de telefonia digital, minimizando o tempo de resposta em situações de emergência.

Se o primeiro sinal de alarme por detecção de fumaça não for reconhecido manualmente no painel central de alarme de incêndio em até 120 segundos, o Painel Central de Alarme de Incêndio deve “presumir” que o sistema encontra-se erroneamente desassistido e, assim, proceder automaticamente ao alarme geral para abandono.

Sugere-se o desenvolvimento de um “Plano de Manutenção” para esse sistema de detecção e alarme de incêndio, verificando semestralmente e documentando as condições normais de operação de todos os dispositivos de inicialização de alarme, bem como o funcionamento adequado dos avisadores audiovisuais e da Central de Detecção e Alarme, realizando teste completo de acionamento real desse sistema.


Novamente cabe lembrar que é de todo conveniente, que o teste de acionamento real do sistema de detecção e alarme de incêndio seja precedido de uma eficiente campanha de comunicação interna e externa. 

Um comentário:

  1. Prezado, tenho uma dúvida.
    Quando há uma área em "L" ela é considerada pela NBR 17240 como irregular? Ou posso subdividi-la em 2 retângulos de menor área para distribuição dos detectores? Ou devo distribui-los para áreas irregulares?

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