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17 julho 2014

Nós autoblocantes - Machard com uma alça - Machard com duas alças - Sistema autoblocante com mosquetão (Bachimann) - Sistema autoblocante com mosquetão e cordelete simples - Sistema autoblocante trançado (Valdostano) - Nó Valdostano (Penberthy) - Nó Belunês (nó Italiano) - Nó Taut-lani - Nó de Mula - Nó de segurança Lorenzi (volta) - Nó para tensão (recurso improvisado)


Nós autoblocantes

Esses nós também conhecidos, vulgarmente, como nó “prusik” por ser o nome do autoblocante mais conhecido. São confeccionados com cordeletes, cordas ou fitas auxiliares, que se colocam em volta de uma corda principal. Ao serem submetido a cargas, pressionam e se bloqueiam, para aliviá-los se faz necessário eliminar a tensão e movê-los com a mão.

Sua realização consiste em envolver a corda principal mediante várias voltas ou estrangulamentos, de modo que procurem a fricção e sujeição necessárias. Em todos esses nós, as voltas deverão ser colocadas paralelas para o seu correto funcionamento.

A capacidade de bloqueio desses nós está em função de vários fatores: o nó utilizado, a diferença de diâmetro entre as cordas, a flexibilidade do cordelete que servirá de autoblocante, a textura da capa das cordas, o número de voltas do nó e se estão bem encaixados e, por último, se as cordas estão secas, molhadas ou oleadas.

São mais utilizados remontados em cordas fixas, para autosegurança em atividades de rapel e manobras. São, portanto, nós imprescindíveis para realizar qualquer manobra de salvamento.

Para suavizar um cordelete, pode-se optar por fazê-lo mais flexível para que funcione de forma eficiente como autoblocante.

Podemos anular uma alma que soma um total de 20% (arregaçar a capa, cortar a alma e voltar à capa envolvendo o restante da alma), não se esquecendo de manter intacta a capa.

Com esse truque, pode-se utilizar cordas de até 9 mm. Com alguns nós, se consegue um perfeito rendimento.

O diâmetro mínimo dos cordeletes para fazer esses nós é de 6 mm. Cordeletes mais finos não devem (não deveriam) ser utilizados por sua debilidade de resistência e o perigo de ruptura, em caso de deslizamento, é bem maior, em razão de seu diâmetro e de sua resistência serem menores.

Portanto, todas as manobras poderiam ser feitas em condições normais, com só um ou dois nós desse tipo, porém, é necessário saber algo mais para dinamizar o rendimento e segurança das manobras.

Sofre com as diversas aplicações, como a qualidade ou quantidade do material disponível, o estado das cordas, das condições climáticas, etc.

Existem muitos nós autoblocantes, porém, pelas suas características particulares, cada um apresenta uma boa aplicação, no entanto, diferentes.

Vejamos alguns desses nós:


Machard com uma alça

Esse nó se bloqueia em uma só direção e funciona muito bem inclusive sobre cordas molhadas ou oleadas. A resistência do cordelete só se aproveita, em média, 50%. O nó superior funciona como uma polia, e o inferior deve descer com a alça curta para melhor bloquear.

Esse nó deverá ter entre 6 e 7 voltas. É prático para ascensão em cordas fixas, auto-segurança em rapel e manobras de resgate.




Machard com duas alças

Variante bidirecional do nó anterior (trabalha nos dois sentidos) se afrouxa muito bem quando não está com sobrecarga; aproveita a resistência do cordelete em 100%.

As alças que se engancham, no mosquetão, deverão ser as mais curtas possíveis, para que o nó não se estire (se abra) sobre a corda e bloqueie corretamente. É recomendado com 7 voltas; nó muito prático e importante para auto-segurança em rapel, ascensor para cordas fixas e todo tipo de manobras, recomendado também para ser empregado em sistema de polias em cordas fixas.




Sistema autoblocante com mosquetão (Bachimann)

Nó unidirecional que se desbloqueia e se desfaz com muita facilidade tirando o mosquetão. É prático para ascender por cordas fixas, porém para outros usos como auto-segurança em rapel é deficiente, já que, instintivamente, tende a se agarrar ao mosquetão anulando sua capacidade de bloqueio.




Sistema autoblocante com mosquetões e com cordelete simples

Nó unidirecional similar ao anterior, porém realizado com um cordelete simples, que funciona sobre qualquer diâmetro de corda.

Muito importante quando dispomos apenas dos extremos (chicotes) de nossa corda.





Sistema autoblocante trançado (Valdostano)

Esse autoblocante unidirecional é sempre eficaz e afrouxa com facilidade. É necessário conhecê-lo, já que, eventualmente, alguns desses nós podem funcionar com fitas e sua capacidade de bloqueio depende muito do tipo de fita ou da corda que se coloca sobre a que atua. Para realizá-lo, primeiro é necessário dar duas voltas simples (não vai fazer diferença se as cordas empregadas forem duplas), em seguida é só trançar o resto, alternando a passagem da corda uma sobre a outra, até completar umas 7 voltas. Pode ser realizado com cordeletes. Esse nó bloqueia cordas molhadas e de igual diâmetro.



Nó Valdostano (Penberthy)

Nó bidirecional que poderá ser feito com uma ponta de uma corda ou com uma alça. Afrouxa-se com facilidade e é muito prático para manobras de cordas. Deverá ser confeccionado com, no mínimo, 7 voltas.




Nó Belunês (nó italiano)

Nó unidirecional muito interessante já que bloqueia bem cordas de igual diâmetro. É feito com uma extremidade de corda e com pouca distância. É útil quando o único meio disponível é a própria corda, podendo ser utilizado também um cordelete mais grosso.

Sua confecção é de sentido contrário em voltas, tornando o chicote e prendendo o cabo principal do nó, como mostram as figuras 718, 719 e 720. Pode-se fazer mais ou menos voltas, dependendo da capacidade de bloqueio que se deseja. Esse nó poderá deslizar sobre cordas muito novas ou estáticas.

O chicote de introdução nas voltas deve ser passado entre o cabo principal e essas voltas, observando que o chicote deverá ultrapassar 50% das voltas dadas.



Nó Taut-lani

Nó unidirecional, autoblocante, empregado para bloquear uma corda à outra de mesma bitola. A base da sua confecção é o nó volta do fiel, bastando apenas o acréscimo de uma volta a mais nos dois sentidos da sua execução. Observar que, na extremidade (chicote), deverá ser confeccionado um nó de arremate.




Nó de mula

É um nó de trava básica, que pode ser realizado sobre qualquer sistema de freio ou, direcionalmente, sobre qualquer mosquetão principalmente quando se emprega o nó dinâmico como disposto nas figuras abaixo. Pode ser realizado em qualquer sentido, pois se desbloqueia com facilidade. Deve-se ter atenção, pois ele poderá desfazer-se acidentalmente. Observar a existência do cote no nó.




Nó de segurança Lorenzi (volta)

É uma variante do nó UIAA, visto no sistema anterior, tem a mesma aplicação; sem a presença de um dos mosquetões poderá ter ação diferente, podendo ser bloqueado de baixo e deve-se estar atento ao desbloqueio, já que não existe freio algum por ação sozinho. Na sua aplicação, a vigilância deverá ser redobrada.




Nó para tensão (recurso improvisado)

Utilizado para se conseguir tencionar, de forma sensível, uma corda sem emprego de material auxiliar. Também utilizado para fazer tensão entre as ancoragens, cordas fixas, tirolesas, etc. É chamado de passabloc (passagem de bloqueio automático). Sua tensão se desfaz facilmente, simplesmente manipulando-o sem desfazer nenhum dos nós.

Também chamado de sistema fechado de bloqueio e tensão.


2 comentários:

  1. Fala, amigo !


    Estes 5 últimos eu só vi em escalada de alta montanha.
    Legal o post.

    Continue firme.

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  2. Boa noite Cesar.
    Todas postagens são direcionadas à vocês que praticam ou não o esporte, pois sabedoria nunca é demais, e em caso emergencial ajuda que só vendo. Abraços e obrigado pela visita...

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