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22 janeiro 2014

Incêndio no Memorial da América Latina, Auditório Simon Bolívar - Alvará de funcionamento, que deve ser renovado anualmente, está vencido desde 1993.


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Hoje, 29/11/2013, o Memorial da América Latina (São Paulo-SP), onde o auditório Simon Bolívar pegou fogo. O alvará de funcionamento estava vencido há 20 anos. A informação é da Secretaria Municipal de Licenciamento da Prefeitura de São Paulo. Em nota, a Secretaria de Licenciamento informou que foi aberto um processo para emissão de um novo alvará para todo o Memorial, mas "não foram apresentados os documentos e os atestados assinados por profissionais responsáveis pelas condições de segurança". O presidente da Fundação Memorial da América Latina, João Batista de Andrade, afirma que um novo alvará já foi aprovado pela Prefeitura, mas ainda não foi expedido.

Andrade, que esteve no Memorial no início desta tarde, afirmou que o pedido de alvará de funcionamento para todo o complexo já havia sido deferido após reunião, com a presença do gerente técnico do Memorial, com a Secretaria de Licenciamento em outubro. No entanto, o documento ainda não foi expedido. Ele disse que o auditório tinha uma autorização especial para funcionamento do antigo Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis) .

- Não estávamos parados. Fomos ao fundo para buscar o alvará. Tanto é que fizemos reunião com a Prefeitura e até realizamos algumas modificações técnicas solicitadas. Liguei para a secretaria. Estamos esperando o documento. Disseram para esperar, que seria enviado pela internet e publicado no Diário Oficial - disse Andrade.

A Secretaria de Licenciamento confirma que o processo de tramitação para que o Memorial obtivesse um novo alvará está em andamento, mas que não foram entregues todos os documentos necessários para a expedição. Segundo a nota da Secretaria de Licenciamento, em maio deste ano, foi realizada uma vistoria referente a um evento temporário que ocorreu em um dos auditórios do local. Na vistoria, foram constatadas irregularidades relacionadas, por exemplo, à "instalação elétrica e acúmulo de matérias inservíveis".
Uma intimação para sanar as irregularidades foi apresentada pela Secretaria ao Memorial e todos os problemas foram corrigidos, o que permitiu a realização do evento, em maio, e da apresentação das propostas do Arco Tietê, em setembro. O Memorial não foi multado nem houve necessidade de interdição do auditório, já que as condições do prédio apresentavam segurança. Mas o alvará de funcionamento, que deve ser renovado anualmente, está vencido desde 1993, confirma a secretaria de Licenciamento.

Quando um estabelecimento está em processo de regularização, segundo a Prefeitura, não há necessidade de fiscalização, exceto em casos de denúncia. As fiscalizações são realizadas por fiscais das subprefeituras.


Rescaldo

O trabalho de rescaldo no Memorial durou toda a madrugada e terminou neste sábado. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, mais de 30 homens trabalharam neste sábado para evitar que as chamas recomeçassem. O local está interditado. O fogo foi controlado apenas na madrugada, por volta de 1 hora.

Segundo o major do Corpo de Bombeiro Wagner Lechner, 90% do prédio foram destruídos. Uma equipe dos bombeiros realizou a ventilação do auditório. Segundo o major, o prédio tinha laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, que é válido até o fim de 2014.

Materiais altamente inflamáveis como espumas, tecidos e madeira, que existiam no interior do auditório, explicam porque o trabalho dos bombeiros foi complicado para extinguir as chamas. Na laterais do prédio, as estruturas de ferro ficaram totalmente retorcidas. Em alguns trechos, elas chegaram a derreter por causa da alta temperatura. Peritos da Defesa Civil de São Paulo realizaram uma vistoria neste sábado para avaliar se a estrutura do prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi danificada pelo fogo.

Balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros, informa que 25 soldados foram atendidos com intoxicação, após inalarem muita fumaça. Alguns tiveram queimaduras internas. Desses, vinte foram atendidos e liberados. Cinco ainda estão internados, sendo quatro deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

— O local tem um pé direito muito alto. Houve um acúmulo excessivo de gases inflamáveis no teto do auditório e uma queima lenta pelo pouco oxigênio no ambiente. Quando os bombeiros entraram, esse gás, quente, encontra o oxigênio e acontece o que chamamos de flash over, comum em alguns incêndios — disse o major Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros.

Segundo o presidente da Fundação Memorial da América Latina, somente após os laudos da Polícia Técnico-Científica e da Defesa Civil será possível avaliar o impacto do incêndio na estrutura do auditório. - E apenas depois disso vão tomar as providências para a restauração. - Se precisar demolir, lamentavelmente terá de ser feito. Se a segurança exigir, vamos demolir - declarou ele.


Incêndio teria sido causado por curto-circuito

Segundo João Batista de Andrade, o incêndio começou na ala B do auditório Simón Bolívar, com capacidade para 1.679 pessoas, e se espalhou por todo o prédio. Neste auditório, entre as alas B (que pegou fogo) e A.

O incêndio começou por volta das 15h e foi provavelmente causado por um curto-circuito das lâmpadas de emergência do teto da platéia B. Teria havido uma queda de energia antes do fogo começar. Mas, segundo João Batista, as causas reais do incêndio só serão conhecidas após a realização de perícia.

— Houve um problema de queda de energia e um gerador foi ligado. Houve algo relacionado a isso — disse João Batista.

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