04 setembro 2013

Curiosidades sobre o Parto - Expulsão da criança, placenta e membranas - Parto Normal - Dilatação, expulsão e dequitadura - Dilatação do colo - Duração do parto normal, gestante primíparas - Período de dilatação - Abertura do colo - Dilatação completa - Diâmetro do canal - Rotação interna da cabeça - Rolha de Schoeder - Intervalos entre contrações - Bolsa das águas ou saco amniótico (caso raríssimo, parto sem o rompimento da bolsa) - Canal pélvico - Alimentação e repouso durante o trabalho de parto - Alívio das dores durante o parto - Auscutação do batimento cardíaco da criança durante o parto - Início da respiração da criança - Episiotomia - Parto provocado - Parto com Fórceps e Extrator a vácuo - posição da mulher durante o trabalho de parto - Cadeira obstétricas

Parto

O parto normal é aquele em que, concluída a gestação, o organismo da mulher processa espontaneamente a expulsão da criança e do conteúdo uterino anexo (placenta e membranas) depois que o feto atinge condições de sobreviver, (antes disso o processo é abortamento ou aborto, não parto).

É considerado parto normal quando a gestante encontra-se entre a 37ª e a 41ª semana de gestação onde a apresentação da criança na posição cefálica (cabeça) ou podálica (pés) permite a expulsão pelas vias naturais, e a duração do trabalho de parto não ultrapassa o limite previsível entre 10-12 horas para o primeiro filho e de 3-6 horas para os sucessivos.

O parto normal decorre em três fases: dilatação, expulsão e dequitadura.

A dilatação abrange toda a progressiva abertura do canal do colo do útero, que aumenta em cerca de cem vezes o diâmetro da sua passagem.







O período expulsivo começa convencionalmente com a dilatação máxima do canal cervical e termina depois que todo o corpo da criança já está fora do corpo da mãe.




A dequitadura, ou período placentário, marca o descolamento da placenta e termina ao cessar o sangramento dos vasos que a ligavam ao útero.

A duração de um parto normal varia conforme a história obstétrica da mulher. O período de dilatação nas que estão a passar por um parto pela primeira vez (primíparas) dura em média 13-14 horas, progressivamente menos quanto maior o número de partos anteriores (no quarto ou quinto parto a dilatação pode durar até menos de uma hora).

A fase expulsiva dura cerca de uma hora, se a criança nascer de cabeça (apresentação de vértice), a dequitação placentária decorre em questão de minutos ou excepcionalmente, até cerca de uma hora.
 
 
A) No período de dilatação de um parto normal, com a criança em apresentação cefálica, as contrações uterinas forçam a cabeça dele contra o orifício do colo do útero.




B) A abertura do colo vai dando continuidade ao canal do parto por onde o feto passará.




C) O período de dilatação está completo




D) Quando o diâmetro do canal permite a insinuação da cabeça do feto. Quando esta emerge, começa tecnicamente o período expulsivo do parto.




E) Depois que a cabeça transpõe a abertura da vagina, o pescoço da criança, que estava torcida durante a rotação interna da cabeça, retoma a sua posição normal.




F) A esta altura, normalmente o esforço expulsivo da mãe é auxiliado pelo médico, que traciona delicadamente o corpo da criança.


 
 
 
 
 Início do parto

Normalmente o início do parto é precedido de pelo menos um de três sinais: dores, eliminação da rolha de Schroeder e rotura da "bolsa das águas".




As dores são as que acompanham o início da dilatação do colo, percebidas na parte das costas ou no alto do abdomen, de onde se irradiam para baixo.

A princípio a dor de cada contração dura pouco mais de meio minuto e ocorre em intervalos irregulares de 20-30 minutos ou mais.

Esse intervalo vai diminuindo, ao mesmo tempo em que a duração e a intensidade das dores aumentam. No fim do período de dilatação, cada "cólica" pode ocorrer em intervalos de três minutos.

A rolha de Schroeder é um tampão muito pouco espesso, que veda o canal do útero durante a gravidez. Quando começa a dilatação, a rolha se desprende e é eliminada pela vagina.

A "bolsa das águas", ou saco amniótico, é o invólucro cheio de líquido, dentro do qual a criança flutua. Quando esta se rompe, a mulher elimina pela vagina cerca de um litro de fluido.


Caso raríssimo, parto sem rompimento da bolsa

Depois do aparecimento de qualquer desses sinais, a mulher deve ultimar preparativos e abster-se de alimento.

Quando começa o trabalho de parto, as contrações dos músculos do útero obrigam a cabeça da criança a descer através da pelve da mãe. Ao descer, a cabeça exerce pressão sobre os músculos do pavimento pélvico que permitem a rotação da cabeça de forma que o seu maior diâmetro fique alinhado com o maior diâmetro da pelve da mãe. Para facilitar a expulsão, a cabeça da criança flete-se sobre o tórax, de modo a apresentar ao canal pélvico o menor diâmetro possível. Se os músculos uterinos não se contraírem convenientemente ou a cabeça da criança não fletir totalmente contra o tórax, o trabalho de parto poderá prolongar-se. Contudo, a maioria das crianças roda a cabeça e desce o canal pélvico sem dificuldade.
     

                          


A alimentação e o repouso durante o trabalho de parto
 
Durante o trabalho de parto a parturiente não deve comer alimentos sólidos nem tomar líquidos em grandes quantidades.

Com efeito, os alimentos ingeridos não saem do estômago, e assim, se for necessário fazer uma anestesia geral nas últimas fases do trabalho de parto, será perigoso se houver alimentos retidos no estômago. Por este motivo, não é conveniente alimentar as parturientes, e em geral apenas se lhes permite sorverem pequenas quantidades de líquidos ou se lhes administram líquidos por via intravenosa em certas condições.

O trabalho de parto é fatigante. No caso de se prolongar pela noite e o parto não estiver iminente, poderá administrar-se à parturiente um sedativo ligeiro para a que ela possa dormir e mais tarde acordar fresca para retomar aquele trabalho.
 
 
Alívio das dores durante o parto

O parto é um processo doloroso para a maioria das mulheres, existem no entanto várias modos de os aliviar. O mais simples dos quais consiste numa injeção de um analgésico como a petidina na primeira fase do trabalho de parto. Dado que a petidina demora cerca de 20 a 30 minutos a produzir efeito, deve ser administrada antes que as dores se tornarem intensas. A parteira poderá fazê-lo sem pedir autorização médica, não existindo qualquer perigo em administrar várias injeções.

Outro método, mais potente, de alívio da dor é a denominada anestesia epidural, em que se injeta um anestésico na zona da medula espinal a partir da qual se destacam os nervos que se dirigem para o útero. Trata-se de uma anestesia de baixo risco que bloqueia a dor com origem, mas que tem a desvantagem de, por vezes, tornar necessária a utilização de um fórceps para retirar a criança, já que o anestésico também elimina outras sensações que na fase da expulsão indicam à parturiente o momento de fazer força. O obstetra é consultado antes de ser administrada esta anestesia.




O terceiro método normalmente utilizado para alívio da dor consiste na inalação de monóxido de azoto e oxigênio. Constitui um bom método de alívio de dor na segunda fase do trabalho de parto, mas menos eficaz na primeira fase. É administrado pela própria parturiente, devendo esta aprender a usar a máscara nas aulas de preparação para o parto.

Se a parturiente tiver aprendido um método de relaxamento muscular, deve dizê-lo ao pessoal que assiste ao parto. Estes métodos resultam bem para algumas mulheres, mas se assim não acontecer, a parturiente deverá estar preparada para outros métodos de alívio da dor que possam eventualmente ter de ser usados.
 
 
Auscultação do batimento cardíaco da criança durante o parto




O parto é o período de maior risco para a criança, já que as contrações do útero interrompem temporariamente o fornecimento de sangue que transporta oxigênio. Assim, a parteira ausculta periodicamente o batimento cardíaco da criança para verificar se há sinais que revelem os efeitos da falta de oxigênio.

Grande número de hospitais possui equipamento que permite seguir continuamente a atividade cardíaca da criança se houver alguma dúvida sobre o seu estado. Um dos processos consiste em registrar os movimentos do sangue na aorta da criança com o auxílio de um aparelho de ultra-sons; outro, em colocar diretamente na cabeça da criança um elétrodo introduzido através da vagina. O segundo método é o mais frequentemente utilizado.




A avaliação do estado da criança pelo registro contínuo da atividade cardíaca pode ser completamente mediante o exame de uma amostra de sangue colhida na sua cabeça. Este exame permite determinar o teor de oxigênio sangue, pelo que, se a criança estivar em perigo, se poderá proceder a uma cesariana.
 
 
Início da respiração da criança

Logo após o nascimento, a criança já não pode depender da placenta para receber oxigênio, pois os vasos sanguíneos do cordão umbilical que liga a criança à placenta arrefecem em contato com o ar exterior, contraindo-se, e a placenta separou-se da parede uterina.

A maioria das crianças começa a respirara nos segundos imediatamente a seguir ao nascimento. O diafragma do recém-nascido desce e ar é aspirado para dentro dos pulmões.

Embora após o nascimento, e durante alguns minutos ainda, se sinta uma pulsação (com origem no coração da criança) ao nível do cordão umbilical, tal não significa que e recém-nascido esteja a receber oxigênio através da placenta, agora inútil; assim, não há qualquer razão para demorar a laqueação e corte do cordão umbilical após a criança ter nascido.
 

Episiotomia

Durante a expulsão, os tecidos da vagina são consideravelmente distendidos pela cabeça da criança, cujo diâmetro menor é, frequentemente de cerca de 10 cm.

Consequentemente, estes tecidos podem romper e muitos obstetras consideram preferível fazer um corte retilíneo (denominado episiotomia) na região perineal, pois é mais fácil de suturar e a sua cicatrização resulta melhor do que a de uma rasgadura espontânea.

A maioria dos médicos e parteiras aguardam até que se verifiquem tensão nos tecidos inferiores da vagina. Se a dilatação dos tecidos permitir que se faça a expulsão da cabeça da criança, não será necessário tomar qualquer medida, caso contrário executa-se a episiotomia. Após o nascimento da criança. o corte é suturado com fio absorvível, que não necessita de ser removido.
 


Parto Provocado

Quarto quintos das mulheres iniciam espontaneamente o trabalho de parto na altura prevista. Em relação às restantes, o obstetra poderá achar aconselhável provocar o parto, seja porque a grávida apresenta um aumento da tensão arterial, seja porque o médico considera que foi ultrapassada a data prevista para o parto.

Existem diversas formas de provocar o início do parto. Uma consiste em romper o saco amniótico, outra, na administração de um hormônio (semelhante à que é produzida pela própria mulher) em comprimidos ou por infusão endovenosa para desencadear as contrações uterinas, uma vez iniciada, um parto provocado processa-se da mesma forma que em parte espontâneo.

Em países do norte da Europa, uma alternativa para o Fórceps é o extrator a vácuo. Uma concha metálica é delicadamente aplicada ao crânio da criança. Uma mangueira liga a concha a um aspirador pneumático que, posto em funcionamento, faz a concha aderir à cabeça do feto. Por esse meio o obstetra pode efetuar alguma tração que suplementa o trabalho expulsivo do útero. Em geral a deformação craniana resultante desaparece algumas horas após o parto.



 

O parto com fórceps

Se no decorrer da segunda fase do trabalho de parto se verificar, por exemplo, uma alteração no batimento cardíaco, o obstetra poderá achar conveniente fazê-la nascer rapidamente. Para tal, utiliza um fórceps são aplicadas à cabeça da criança para retirar para fora. Os fórceps estão concebidos de modo não a magoarem.
 

 

Posição da mulher durante o trabalho de parto

Estudos antropológicos já inventariaram cerca de quarenta diferentes posições. Na maioria delas as mulheres parecem preferir manter-se com o tronco mais ou menos ereto, não deitada de costas, tais posições eram as mais comuns em 52 entre as 76 sociedades pesquisadas.

Estão nessa categoria as posições de cócoras, ajoelhada e até a em pé, todas elas preferivelmente com apoio a uma parede ou a uma árvore. A posição deitada de costas assim como a de bruços e "de quatro" (ajoelhada, com o tronco apoiado nas palmas das mãos), apareciam como preferidas nas outras 24 sociedades pesquisadas.

A posição usual na sociedade moderna, com a parturiente deitada de costas, parece ter tido origem na França do século XVI, quando os médicos começaram a substituir as parteiras. é uma posição que facilita o atendimento, mas que obviamente não favorece o parto em que a mulher conta principalmente consigo mesmo.

A parturiente pode manter uma única posição em todas as fases do parto ou variá-las. A posição mais comum no mundo é a dorsal (a mulher deitada de costas, as pernas dobradas com os joelhos para cima e separados). Na posição litotômica ou cistotômica, a mulher fica deitada de costas, encolhe as pernas, afasta os joelhos e seus pés são mantidos suspensos por alças especiais.

É comum, porém, que na fase de dilatação a mulher assume posição meio sentada, com as costas reclinadas contra travesseiros, ou também que ela deite de lado. Os médicos acham que essas posições favorecem a circulação do sangue na região do útero, o que mantém o feto mais bem oxigenado.

Na fase expulsiva muitas mulheres preferem ficar agachadas ou sentadas em cadeiras obstétricas de desenho especial, mas muitos médicos e parteiras discordam, por achar que a posição dorsal lhes facilita o trabalho assistencial.



Bombeiroswaldo...





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