02 fevereiro 2013

RCP X DEA - Respiração boca a boca reduz chances de sobrevivência...


RCP

Diretrizes excluem procedimento da ressuscitação cardíaca e mantêm somente compressão no peito.

Antes preconizada como parte importante da ressuscitação cardiopulmonar, a respiração boca a boca prejudica o procedimento e reduz as chances de sobrevivência do paciente com parada cardíaca.

Estudos apontam uma taxa de sobrevivência três vezes maior em pessoas submetidas apenas às compressões contínuas no peito até a chegada de socorro. Por esse motivo, a Ilcor (Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação, na sigla em inglês), entidade que reúne as principais associações de cardiologia, mudará a partir de 2010 as diretrizes para procedimentos de emergência em parada cardíaca. De acordo com a nova orientação, somente a massagem cardíaca deverá ser aplicada pelo leigo. “É simples entender por quê. Quando o coração para, o mais importante é manter o fluxo sanguíneo com a compressão.

A respiração boca a boca é uma das causas que levam a diminuição do fluxo,” afirma o cardiologista Sérgio Timerman, do InCor (Instituto do Coração).

O consenso será publicado nos principais periódicos internacionais de cardiologia, mas já vem sendo discutido em vários países, incluindo o Brasil. 

O voluntário deve ficar ao lado do paciente e iniciar as compressões, pressionando a região entre os mamilos 4 cm para baixo e retornando à posição inicial até a ajuda chegar.

“O leigo deve esquecer a respiração boca a boca e aplicar somente compressão a partir de agora. 

Essa é uma das maiores descobertas da emergência cardiovascular dos últimos tempos. 

Para médicos, a orientação é que a massagem deve ser prioridade, antes de se preocuparem com choque, medicamentos etc.”, afirma o cardiologista Manoel Canesin, coordenador do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia.


DEA

Haverá mudanças também com relação ao uso do desfibrilador. 

A aplicação de choque pode ocorrer antes da massagem somente até cerca de quatro minutos após a parada do coração. 

Depois desse tempo, a compressão deve preceder o uso de desfibrilador. Isso porque, após esse período, há alterações metabólicas no organismo e o coração precisa ser preparado com a compressão antes de receber o choque.


Bombeiroswaldo...

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